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A volta do teatro de sombras

27.7.2012  |  por Valmir Santos

Foto de capa: admin

Dois anos depois, voltamos à capital da Colômbia para cinco noites, seis espetáculos (o festival aconteceu de 23/3 a 8/4). Além da companhia peça do libanês Wajdi Mouawadpolonesa Teatro KTO (Los ciegos, ção do romance Ensaio sobre a cegueira, de mago); da mexicana Tapioca Inn.

A companhia foi criada em 2000 e seu quarto espetáculo, 32 rue Vanden-branden (2009), talvez seja o que melhor traduza losóca e cenica-mente o seu nome: Peeping Tom. Segundo a lenda britânica de Lady Godiva, do século XXI, a mulher do administrador de uma cidade pedia a ele para baixar os impostos dos camponeses e o marido só o fez sob a seguinte condição: se deslasse nua sobre um cavalo. Abraçada à causa, lá foi ela. Calhou de Peeping Tom ser o único par de olhos masculino a mirar aquele corpo, ainda que sob as frestas de uma janela, e por isso perdeu a visão. A condição de voyeur é trabalhada no palco sem o automático enquadramento temáticoe formal do cinema, mas fazendo uso dessa linguagem em sua transcendência pelas imagens, pela atmosfera etérea, con-duzindo o espectador a uma viagem original em procedimentos da dança e do teatro rumo à ascese.O roteiro de ações físicas é inspirado no lme japonês A balada de Naraiama (1983), de Shohei Imamura, aquele de imagens dilacerantes, como a do lho carregando a mãe nas costas, abraçados pelo vento, subindo a montanha para pousá-la no cume até a morte, como reza a tradição local de que todo septuagenário deve ter igual destino. No mesmo vilarejo do nal do século XIX, pais costumavam vender bebês para sobreviver. Essas misérias material e espiritual não aportam literais no palco. Antes, são essencialidades que tornam o espetáculo um fabuloso poema visual escrito no e com o corpo e o espaço cenográco. A música também é celebrada à altura, com instantes como a suíte O pássaro de fogo, de Stravinski, e a canção Shine on you crazy diamond, da banda Pink Floyd.

A companhia foi criada em 2000 e seu quarto espetáculo, 32 rue Vanden-branden (2009), talvez seja o que melhor traduza losóca e cenica-mente o seu nome: Peeping Tom. Segundo a lenda britânica de Lady Godiva, do século XXI, a mulher do administrador de uma cidade pedia a ele para baixar os impostos dos camponeses e o marido só o fez sob a seguinte condição: se deslasse nua sobre um cavalo. Abraçada à causa, lá foi ela. Calhou de Peeping Tom ser o único par de olhos masculino a mirar aquele corpo, ainda que sob as frestas de uma janela, e por isso perdeu a visão. A condição de voyeur é trabalhada no palco sem o automático enquadramento temáticoe formal do cinema, mas fazendo uso dessa linguagem em sua transcendência pelas imagens, pela atmosfera etérea, con-duzindo o espectador a uma viagem original em procedimentos da dança e do teatro rumo à ascese.O roteiro de ações físicas é inspirado no lme japonês A balada de Naraiama (1983), de Shohei Imamura, aquele de imagens dilacerantes, como a do lho carregando a mãe nas costas, abraçados pelo vento, subindo a montanha para pousá-la no cume até a morte, como reza a tradição local de que todo septuagenário deve ter igual destino. No mesmo vilarejo do nal do século XIX, pais costumavam vender bebês para sobreviver. Essas misérias material e espiritual não aportam literais no palco. Antes, são essencialidades que tornam o espetáculo um fabuloso poema visual escrito no e com o corpo e o espaço cenográco. A música também é celebrada à altura, com instantes como a suíte O pássaro de fogo, de Stravinski, e a canção Shine on you crazy diamond, da banda Pink Floyd.

A companhia foi criada em 2000 e seu quarto espetáculo, 32 rue Vanden-branden (2009), talvez seja o que melhor traduza losóca e cenica-mente o seu nome: Peeping Tom. Segundo a lenda britânica de Lady Godiva, do século XXI, a mulher do administrador de uma cidade pedia a ele para baixar os impostos dos camponeses e o marido só o fez sob a seguinte condição: se deslasse nua sobre um cavalo. Abraçada à causa, lá foi ela. Calhou de Peeping Tom ser o único par de olhos masculino a mirar aquele corpo, ainda que sob as frestas de uma janela, e por isso perdeu a visão. A condição de voyeur é trabalhada no palco sem o automático enquadramento temáticoe formal do cinema, mas fazendo uso dessa linguagem em sua transcendência pelas imagens, pela atmosfera etérea, con-duzindo o espectador a uma viagem original em procedimentos da dança e do teatro rumo à ascese.O roteiro de ações físicas é inspirado no lme japonês A balada de Naraiama (1983), de Shohei Imamura, aquele de imagens dilacerantes, como a do lho carregando a mãe nas costas, abraçados pelo vento, subindo a montanha para pousá-la no cume até a morte, como reza a tradição local de que todo septuagenário deve ter igual destino. No mesmo vilarejo do nal do século XIX, pais costumavam vender bebês para sobreviver. Essas misérias material e espiritual não aportam literais no palco. Antes, são essencialidades que tornam o espetáculo um fabuloso poema visual escrito no e com o corpo e o espaço cenográco. A música também é celebrada à altura, com instantes como a suíte O pássaro de fogo, de Stravinski, e a canção Shine on you crazy diamond, da banda Pink Floyd.

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Jornalista e crítico fundador do site Teatrojornal – Leituras de Cena, que edita desde 2010. Escreveu em publicações como Folha de S.Paulo, Valor Econômico, Bravo! e O Diário, de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Autor de livros ou capítulos afeitos ao campo, além de colaborador em curadorias ou consultorias para mostras, festivais ou enciclopédias. Cursa doutorado em artes cênicas pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, onde fez mestrado na mesma área.