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Artigo

De vez em quando, de modo menos comum do que o necessário, algum governador ou prefeito inaugura um grande teatro. Arenas multiuso, auditórios e espaços diversos com capacidade para mil, duas mil pessoas ou mais. A louvável iniciativa de reverter o dinheiro público em espaços culturais, com possibilidade de receber atrações artísticas capazes não apenas de entreter, mas de tornar mais humanos, e às vezes até mais educados os eleitores, geralmente não alcança seus objetivos. Leia mais

Crítica

Em segurança, mas com acesso restrito ao público, as obras do artista e pesquisador Franklin Cascaes (1908-1983) descansam em museus e institutos que mantêm a guarda do acervo. Quanto à memória deste que foi o maior pesquisador da cultura açoriana em Santa Catarina, seu nome permanece limitado a especialistas, historiadores e talvez a curiosos que se perguntem quem foi o homem que dá nome à fundação de cultura de Florianópolis. Nesse contexto, é louvável a iniciativa da Cia. Aérea de Teatro que, com recursos do prêmio Elisabete Anderle 2013, conseguiu abordar em um espetáculo teatral a extensa obra de Cascaes de maneira abrangente e concisa. Leia mais

Crítica

Para funcionar como narrativa a solidão não pode ser apenas um mote, precisa ser uma potência. Um homem solitário é apenas um homem, um homem solitário com uma história por contar já não mais esta só. Isso é uma regra? Não. Mas no espetáculo A luva e a pedra, do grupo Teatro em Trâmite, parece funcionar muito bem. Diretor e ator da montagem, André Francisco soube se apropriar bem da melancólica trama urdida pelo argentino Quique Fernández, em que um atleta frustrado descamba em uma série de equívocos rumo à ruína, não sem antes mergulhar os espectadores no universo personalíssimo e cômico de suas pretensões, incoerências e purezas quase ingênuas, assim como no seu incomum senso de justiça alimentado pela mortífera força de seu orgulho. Leia mais