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Crítica

Boa expectativa em torno deste trabalho capitaneado pela atriz Clarisse Baptista em parceria com o boliviano Teatro de los Andes, no contexto do VII Festival Nacional de Teatro do Acre (Festac). De Clarisse lembramos a passagem pelo Festival de Curitiba há já uns bons anos. Sua memorável atuação em Stela do Patrocínio, uma personagem tão lírica quanto visceral, deixou boquiabertos jornalistas, críticos e o publicão que a descobriu em cena no meio da turba babilônica que ainda hoje é a cara do festival. Leia mais

Crítica

O VII Festac – Festival Nacional de Teatro do Acre apresentou em uma mesma sequência dois espetáculos de mamulengo que além de deliciosas horas de gargalhadas renderam exemplos de como a cena popular pode ser/é exemplar quando se pensa em formas para a teatralidade viva (o que supõe que haja um teatro morto, e há mesmo). Enraizado no mundo ordinário para saltar para além dele, o mamulengo não tem – e não quer ter – outra saída senão essa mesma, a de explorar por meio da animação de bonecos o acidente e o burlesco da vida através de uma filosofia chã, absolutamente material, em que os objetos postos à reflexão são reconhecidos imediatamente porque inspirados nos tipos humanos e nas formas da sociabilidade que conhecemos bem. Como dizia Hermilo Borba Filho no seu fundamental Fisionomia e espírito do mamulengo, “é a nossa exclusiva forma de espetáculo total, onde o boneco é o personagem integral e o público um elemento atuante”. Leia mais

Artigo

Mesmo com o recorte curatorial razoavelmente preciso, amparado nos eixos que foram propostos para a MIT 2015, que por um momento recaem sobre temas, assuntos e em outros sobre meios implicados na criação, é uma evidência que o diverso se impõe porque em qualquer caso os contornos desse campo anunciado se alargam na mesma medida em que os temas se transformam em questões de pensamento nem sempre pacíficas e os jogos com a linguagem se renovam a cada um dos trabalhos apresentados na Mostra. Mas, se o diverso é uma evidência é preciso então investigar as suas nuances. Porque uma crítica que se conforma à constatação da diversidade ou à sua mera descrição é uma crítica natimorta. Exije-se, pois, para sair fora dessa condição, certo espírito de uma aventura possível de pensamento. Leia mais

Nota

O problema dos “ativistas” que foram ontem ao Teatro Cacilda Becker dispostos a sacrificar o trabalho da Angélica Liddell é que enxergam menos que o cavalo que dizem defender. Cheios dos legalismos, perderam a razão da causa já no primeiro momento, porque não queriam esclarecer nada, queriam tão somente fazer reféns, como inimigas, as cerca de duzentas pessoas que estavam ali. Um negócio autoritário, um roteiro de dramaturgia paupérrima, apoiado em meia dúzia de cartazes com frases-clichê escritas em péssimo português – o que não deixa de ser uma segunda forma de agressão ao trabalho (da maior contundência poética. Mas, a “tchurma” não era capaz de entender essas delicadezas). Leia mais