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“Ana Marinho"

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Esparrela (2009), atuação, direção e texto de Fernando Teixeira, artista paraibano que lança a autobiografia ‘Trás ontonte’

Resenha

Tatiana – Você não é muito exigente, eu sei. Mas o que é que há de interessante aqui?

Teteriev – As pessoas ajustando suas vidas. Eu adoro ouvir os músicos no teatro afinando os violinos, os sopros.

Máximo Gorki, Pequenos burgueses

As tantas vezes em que Fernando Teixeira assistiu ao espetáculo Pequenos burgueses, trinta e seis, me conduzem nessa tentativa de apresentar sua autobiografia, um texto escrito por um ator e encenador de teatro paraibano que viveu e vive mais de 60 anos com as gentes do teatro, com as gentes das artes e da cultura, com as gentes que vivem no risco, que visitam lugares de trauma, seus, nossos, de tanta gente, mas, principalmente, lugares de encontro. São encontros, mais do que desencontros que aparecem na narrativa de Fernando e são eles que importam. Lugares em que o humor e a alegria de um homem que olha para trás, para o trás ontonte, nos ensinam sobre os processos de autoconhecimento. E digo lugares porque os lugares são sempre políticos, estão nos caminhos cotidianos da conquista, da ocupação, da luta. Fernando lutou a vida inteira, e luta ainda, por lugares nos quais as vidas importem, as viventes e os viventes possam olhar para trás e fazer, como ele, um percurso de aprendizagem. Fernando não ensina, aprende, apreende, numa narrativa autobiográfica que não segue modelos, deslisa por gêneros de escrita de si, de escritos sobre si, sobre nós, sobre a gente.

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Artigo

Coimbra – Era 1989 e eu chegava à cidade de João Pessoa para concluir o ensino médio, vinda de Patos, no sertão da Paraíba. Aprendia a falar, a ouvir, mesmo sabendo desses sentidos que não se ensinam, em espaços de troca e nos processos do teatro, nas aulas do curso de formação de atores (e atrizes) da Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego, coordenado por Roberto Cartaxo e com a presença, silenciosa sempre, de Luiz Carlos Cândido.

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Artigo

Tudo sabe a teatro

20.12.2021  |  por Ana Marinho

Mala

Um convite para escrever sobre teatro e um medo danado. Medo de ir até ali e nem saber o que dizer. Nem sei se meu certificado de vacinação vai valer aqui em Portugal. Ir ao teatro, que antes poderia ser uma coisa simples, agora é mesmo uma viagem. O plano é sair de Coimbra logo cedo, rumo a Lisboa. Será que essas minhas duas doses de vacina, feitas na Índia, vão valer para esse trajeto?

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Crítica

Os quatro amigos escudeiros do cachaceiro-pai da ralé assumem o leme do narrador da novela A morte e a morte de Quincas berro d´água, de Jorge Amado, esgarçando ainda mais as contradições entre o homem de passado burguês e aquele que gozava a malandragem em grande estilo. Adaptado e dirigido por Daniel Porpino, o espetáculo Quincas (2012), do Grupo de Teatro Osfodidário, de João Pessoa, emerge aspectos arquetípicos do subúrbio soteropolitano e receptivos no imaginário nacional. Leia mais