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“Antônio de Alcântara Machado"

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Crítica

A alegria crítica

12.7.2018  |  por Kil Abreu

O rei da vela é, como as pessoas do teatro costumam tratá-la, uma peça avançada para os anos 30 do século passado, se o ponto de vista for o da invenção estética. Nela Oswald de Andrade costura de maneira inusual para os modelos dramatúrgicos da época, em traços grossos e em dialética carnavalesca, o momento de passagem dos lugares de poder, da tradicional família rural brasileira, já falida, para as dinâmicas do capital financeiro então nascente, em termos de hegemonia econômica. É o teatro politico e experimental de um autor atento à necessidade de traduzir em forma nova uma realidade em profundo processo de mudança.  Leia mais

Crítica Militante

Parte I – Esboço histórico

A contemplação da perda de uma força civilizatória não deixa de ser civilizatória a seu modo. Durante muito tempo tendemos a ver a inorganicidade, e a hipótese de sua superação, como um destino particular do Brasil. Agora ela e o naufrágio da hipótese superadora aparecem como o destino da maior parte da humanidade contemporânea, não sendo, nesse sentido, uma experiência secundária.[1]

Um fenômeno interessante e recorrente na história da crítica teatral no Brasil é a ideia de um esperado ou renovado surgimento do “verdadeiro” teatro brasileiro[2]. De José de Alencar a Décio de Almeida Prado, passando pelo projeto iniciado por Alcântara Machado nos anos 20 e 30, a crítica esteve sempre a atestar, de acordo com a visão em voga em cada época, o nascimento de um caminho novo e promissor Leia mais