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Publicações com a tag:

“César Vieira"

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“César Vieira"

Artigo

No intervalo de três meses e meio o teatro nacional se despediu de artistas vitais na fundação de dois de seus grupos há mais tempo em atividade na capital paulista: o Oficina/Uzyna Uzona de José Celso Martinez Corrêa, morto em julho, aos 86 anos, então prestes a completar 65 de trabalho artístico continuado, e o Teatro União e Olho Vivo, o TUOV de César Vieira, que morreu na segunda (23), aos 92 anos e 57 de caminhada coletiva.

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Crítica

O estado de horror implantado pelo bolsonarismo leva artistas a se posicionaram, poeticamente, de forma ainda mais radical. Não poderia ser diferente em arte. E não faltam exemplos nas circunstâncias dos últimos 15 meses de pandemia sobrepostos à guerra cultural instalada desde a posse. Um governo incapaz de tecer uma linha sobre a morte de Nelson Sargento e outros mestres e mestras em diferentes expressões. Que desqualifica o pensamento crítico. Ataca sistematicamente a comunidade artística. Desestrutura instâncias-chave do extinto Ministério da Cultura (MinC). Cientes dessa realidade macabra, os 86 minutos do vídeo-manifesto Liberdade liberdade [revisitada] constituem mais um exemplo de exposição da dor e de seu contraponto, o empenho coletivo para denunciá-la bravamente, purgá-la, a despeito da política pública de extermínio.

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Artigo

Ditirambo pela vacina

12.3.2021  |  por Valmir Santos

Em junho de 2020, coletivo de artistas independentes associados à Cooperativa Paulista de Teatro (CPT) reuniu personalidades da arte e da cultura, a partir de suas casas e celulares, para compor o curta-metragem Viver é urgente!. Um chamado à consciência crítica sobre as desigualdades sociais e a lógica do capitalismo que torna os efeitos da pandemia ainda mais perversos entre os brasileiros, somados à imoralidade do bolsonarismo e seu culto à morte. Oito meses depois, uma segunda criação, Viver é mais que urgente!, nascida sob o mesmo espírito colaborativo, incorpora médicos infectologistas, pneumologistas e sanitaristas para reafirmar, sem vaticínio, o papel da vacina neste momento da história mundial. No primeiro videoclipe, ela sequer era mencionada e o país ultrapassava 51 mil mortos em consequência do novo coronavírus. Ontem, eram 273 mil óbitos por Covid-19, e apenas 2,3% da população havia tomado a segunda dose. Especialistas estimam um teto de 60% a 70% para começar a controlar o microrganismo SARS-CoV-2 e cortar a transmissão.

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Crítica

Em seu espetáculo mais recente, Bom Retiro meu amor – ópera samba, o Teatro União e Olho Vivo fornece respostas poéticas a questões que outros grupos ou companhias também se fizeram ao assumir uma prática artística de ambição popular. Uma passagem pode ilustrar o nível de inquietude movida décadas atrás. No 1º Seminário de Teatro Independente que ajudou a realizar em São Paulo, em 1976, na Fundação Getúlio Vargas, constavam as seguintes provocações:

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Reportagem

Com um dos seis encontros temáticos agendados para a data de aniversário dos 461 anos da cidade, o Seminário São Paulo – Cena Contemporânea convida “o teatro a pensar a metrópole e a metrópole a pensar o teatro”, nas palavras dos organizadores ligados à Escola Superior de Artes Célia Helena (ESCH). Seu palco do bairro da Liberdade abrigará discussões em torno de produção em dramaturgia, atuação dos críticos, formação de atores, políticas públicas de financiamento, ocupação de espaços alternativos e tensão entre especulação imobiliária e constituição de espaços teatrais. Sempre com entrada franca. Leia mais

Reportagem

A segunda e última semana do projeto O imaginário dos 50 anos do golpe segue demarcando criticidade e inventividade artística para pensar os estilhaços da ditadura civil e militar brasileira (1964-1985) no âmbito da programação especial do Centro Cultural São Paulo. Esta instituição municipal – das mais horizontais em termos de acesso ao público de todos os quadrantes – teve sua construção esboçada justamente sob o regime de exceção e inaugurada em 1982, às vésperas da “reabertura”. Emblemática, portanto, a disposição de presentificar seu acervo à luz dos subterrâneos do regime e instigar criadores da música, cinema, artes visuais, dança, teatro e outras linguagens a revolver os meandros dessa história que não acabou. Memória e estalos formais. Leia mais

Nota

Espetáculos, debates, leituras dramatizadas e homenagens a militantes e artistas perseguidos pela ditadura militar brasileira integram a programação da 2ª Mostra Teatral de Direitos Humanos que ocupará durante sete dias, de 24 a 30 de março, o Teatro Studio 184 na Praça Franklin Roosevelt, região central de São Paulo. Leia mais

Artigo

Leia a seguir prefácio do livro Zé – Peça em um ato,  de Fernando Marques. Professor do Departamento de Artes Cênicas da UnB, o jornalista, escritor e compositor adapta em verso e canções a peça Woyzeck, de Georg Büchner. A segunda edição teve o texto revisto e surge dez anos depois pelas mãos da É Realizações Editora, dentro da coleção Autores Nacionais. Mais informações deste lançamento, do texto de quarta capa assinado pela pesquisadora e professora da USP Maria Sílvia Betti e do ensaio adicional de Marques em que comenta a curta e esmerada obra do escritor alemão, aqui. Leia mais

Crítica

Eis quando o título já diz tudo: Corinthians, meu amor – Segundo Brava Companhia, uma homenagem ao Teatro Popular União e Olho Vivo. Mas há muito mais por trás do enunciado. O espetáculo do núcleo artístico da zona sul paulistana revisita o texto que nasceu como roteiro em 1966, jamais foi filmado e terminou convertido em peça publicada em livro no ano seguinte, sempre sob autoria do então estudante de direito César Vieira, que ainda teve o tema musical gravado pela cantora Inezita Barroso em disco de vinil compacto de 1970. Leia mais