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“Cibele Forjaz"

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“Cibele Forjaz"

Artigo

“Monólogo dançado”, “show-depoimento”, “dança teatral”, “balé-teatro”, enfim, são múltiplas as leituras. Para abordar a trajetória de Maria Helena Ansaldi, em arte Marilena Ansaldi, é preciso ter em mente as diversas tentativas de classificação que a sua obra sofreu desde meados da década de 1970 até 9 de fevereiro de 2021, quando ela morreu aos 86 anos. Se tais termos dão conta de nomear o trabalho em sua totalidade, ou não, de todo modo conjugam alguns dos principais elementos recorrentes na lida dessa artista paulista: normalmente, trata-se de um trabalho solo, com características de depoimento pessoal, realizado em parceria com as linguagens do teatro e da dança. Além disso, eminentemente autoral. Feito sem concessões e, muitas vezes, a despeito do total descaso com que as políticas culturais frequentemente são tratadas no país.

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Encontro com Espectadores

Fruto da parceria da Cia. Livre e da Cia. Oito Nova Dança, sediadas em São Paulo, o espetáculo Os um e os outros (2019) abarcou a luta dos povos ameríndios em território brasileiro e suas estratégias para resistir. Trata-se de livre recriação de Os Horário e os Curiácios (1933), uma das peças didáticas de Bertolt Brecht que investiga modos de resistência da chamada “época da contrarrevolução”, instaurada com a ascensão e consolidação da nazismo na Alemanha.

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Crítica

Urgente e ancestral, a causa indígena desponta como eixo em Os um e os outros, parceria da Cia. Livre e da Cia. Oito Nova Dança. É a arte confrontando séculos de arbitrariedade e opressão, lidando com o legado das culturas imemoriais dos habitantes originários do Brasil e demais extensões do continente americano. Os estados de presença de uma mulher, de uma criança e de homens do povo Guarani M’Bya amplificam a experiência do público, como se conformassem um bioma cênico na dignidade manifestada através do olhar e da postura. Mais em tupi do que em português, eles se expressavam através de corpo, voz, canto e instrumentos artesanais. A relação com atores, bailarinos e músicos se dá de maneira a reconhecer diferenças e a delinear saberes da floresta. Uma modulação poética microscópica que toca com magnitude no cerne das ameaças ambientais e ainda tem a ver com a noção de espiritualidade (nela contida a ritualidade).

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Encontro com Espectadores

A atriz Denise Fraga participou da 14ª edição do Encontro com o Espectador que reuniu no dia 25 de setembro de 2017, no Ágora Teatro, espectadores da peça A visita da velha senhora – então em temporada no Teatro do Sesi – para uma conversa mediada pelas jornalistas e críticas Beth Néspoli e Maria Eugênia de Menezes. No diálogo, além de temas como justiça e ética intrínsecos à peça do suíço Friedrich Dürrenmatt (1921-1990), também foram abordadas questões como o viés sociopolítico que orienta escolhas na trajetória da atriz, a relação entre arte teatral e público espectador e os problemas que envolvem a definição da categoria teatro popular. Leia mais

Reportagem

Denise Fraga gosta de ficar à porta do teatro para receber o público. E saber quem vem lhe assistir a cada noite. Aos domingos, reparou, é dia das mulheres ‘arrastarem’ os maridos. “Uns tipos bonachões, que chegam entediados”, conta a atriz. Leia mais

Crítica

O diretor Andriy Zholdak parece querer abraçar o mundo em Woyzeck, encenação do texto de Georg Büchner. Esta impressão decorre da utilização assumidamente excessiva dos recursos da teatralidade e, ao mesmo tempo, de um aparente desejo de questionar – e extrapolar – os limites do próprio teatro. Leia mais

Artigo

Aniversários cercam nos próximos meses o drama Woyzeck, do alemão Georg Büchner (1813-1837), convidando a falar sobre a breve e sugestiva peça, que encerra qualidades poéticas e políticas ainda hoje eloquentes. Escrito em 1836, o texto, que permaneceria inconcluso, foi publicado em 1879 e chegou ao palco somente em 1913, em Munique. Os 100 anos desde a primeira montagem de Woyzeck se completam em novembro [de 2013]. Leia mais

Artigo

Leia a seguir prefácio do livro Zé – Peça em um ato,  de Fernando Marques. Professor do Departamento de Artes Cênicas da UnB, o jornalista, escritor e compositor adapta em verso e canções a peça Woyzeck, de Georg Büchner. A segunda edição teve o texto revisto e surge dez anos depois pelas mãos da É Realizações Editora, dentro da coleção Autores Nacionais. Mais informações deste lançamento, do texto de quarta capa assinado pela pesquisadora e professora da USP Maria Sílvia Betti e do ensaio adicional de Marques em que comenta a curta e esmerada obra do escritor alemão, aqui. Leia mais

Artigo

A crítica de teatro vive dias aflitivos no jornalismo cultural do país. E ela não está só, não é de agora. As razões são deveras sistêmicas. Passam pela fusão das redações com a web, pela clássica redução de espaço editorial, queda no número de assinantes e na receita publicitária, chegando até à obsolescência da educação nos dias de hoje, isso tudo para ficar na seara do jornal impresso. É doloroso constatar refluxo justo na fase em que a ascensão do teatro de grupo trouxe novo alento ao diálogo inventivo com o espectador e com a cidade. Leia mais

Reportagem

Cibele Forjaz, 43, anda dormindo pouco. Não mais do que quatro horas por noite. A maratona diária, ela conta, não poupa fins de semana, começa logo de manhã e costuma se estender pela madrugada. São ensaios de atores, testes de luz, ajustes de cenário, 30 pessoas trabalhando sem parar para deixar tudo pronto para a estreia de “O Idiota”, uma versão da obra de Dostoiévski que a diretora apresenta a partir de hoje, no Sesc Pompeia.

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