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Publicações com a tag:

“Festivale"

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“Festivale"

Crítica

A mensuração do tempo na experiência do teatro vive pregando peças. O calendário gregoriano tanto pode operar a favor como atravancar o caminho de um espetáculo. Fatos avassaladores muitas vezes concorrem com episódios ficcionais. Basta lembrar de criações que estrearam antes ou pouco após 2013, quando o Brasil urbano foi ocupado por protestos difusos. As Jornadas de Junho provocaram ressignificações para o bem e para o mal. Daqui de 2019, não é difícil constatar as deformações moral e institucional, na esfera do país; ou de caráter, levando-se em conta os ódios profundos arrancados dos armários do brasileiro mais abjeto. No caso de Zabobrim, o rei vagabundo, de 2015, a apresentação no contexto do Festivale, em São José dos Campos, comprovou o quanto a obra de quatro anos atrás é atualizada em tópicos e lampejos, por mais que a disputa com a realidade tenha se tornado cada vez mais acirrada, às vezes por um nariz. O grupo campineiro Barracão Teatro, diga-se, jamais deixou de roçá-la em 21 anos de estrada.

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Crítica

Não há saída para a humanidade fora da solidariedade. É dessa perspectiva que o espetáculo Circo da Cuesta traz uma contribuição singular às artes da cena ao fundir as linguagens circense e teatral à cultura caipira paulista sem nivelá-las por baixo. Ao contrário, a Cia. Beira Serra de Circo e Teatro, de Botucatu, promove bons achados nessa triangulação formalmente incomum.

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Crítica

A imaginação no poder

13.1.2017  |  por Valmir Santos

Segundo sábado de propaganda gratuita no rádio e na televisão, aquecimento da campanha para as eleições municipais de 2016. Na feira do Jardim Colonial, na zona sul de São José dos Campos, carros de som e cabos eleitorais (em sua maioria contratados) aproveitam a manhã movimentada para vender seu peixe. Foi ali que o Grupo Pombas Urbanas (SP) ligou a parabólica do teatro de rua para pensar a democracia à luz da realidade. Em sua premissa fabular, Era uma vez um rei destila crítica sobre os projetos de poder – um pleonasmo à esquerda, à direita ou ao centro de qualquer sistema de governo, mas também no nível interpessoal de todo cidadão. Leia mais

Crítica

Evoé, Marçal de Souza

7.1.2017  |  por Valmir Santos

Num poema que costuma acompanhar as edições da peça Rasga coração (1974), intitulado Somos todos profissionais, Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha, riscou o chão: “(…) viemos aqui cumprir nossa missão/ a de artistas/ não a de juízes de nosso tempo/ a de investigadores, a de descobridores/ ligar a natureza humana à natureza histórica”. O grupo Teatro Imaginário Maracangalha, de Campo Grande (MS), pratica esta filosofia com precisão no espetáculo de rua Tekoha – Ritual de vida e morte do Deus Pequeno (2010). Leia mais

Crítica

Quando da primeira edição, em 1605, O engenhoso fidalgo Dom Quixote de la Mancha era mais ouvido que lido. O romance alcançava grandes auditórios em vez do cume calmo dos olhos. Afinal, a maioria dos cidadãos era analfabeta. Uma voz mediava o imaginário segundo as páginas de Miguel de Cervantes. A alusão ao contexto barroco da prosa do século XVII vem do prazer em fruir a inteligência cômica popular impressa no solo O incansável Dom Quixote, parceria do ator Maksin Oliveira com o diretor Reynaldo Dutra, numa produção da Magnífica Trupe de Variedades (RJ). Leia mais

Crítica

Em junho de 2013, centenas de cidadãos tomaram as ruas para protestar contra cortes no orçamento da saúde e da educação e ainda contra a alta taxa de desemprego que já obrigara 200 mil pessoas, 5% da população, a deixar o país em busca de trabalho. A forte recessão tinha origem nas medidas econômicas do governo que assumira o poder há dois anos, e cujo ato primeiro havia sido a extinção do Ministério da Cultura, antes mesmo de tomar posse, em 2011. Leia mais

Crítica

Misantropia ciberpoética

12.9.2015  |  por Kil Abreu

Num ser tão no futuro que
Seu enigma estará
Inscrito
Num anel de prata.
Por uma feiticeira, a data.

(Cassiano Ricardo, Sortilégio, em Os sobreviventes)

Em São José dos Campos

O espetáculo de Rodrigo Fischer é um desconcerto. Leia mais

Crítica

A grande perversão que se encena em ‘Big Brother Brasil’ não é sexual. É a perversão da concorrência sem leis, espelho do estágio do capitalismo decadente em que vive o país

(Maria Rita Kehl em entrevista sobre o seu livro Videologias, Revista Trópico) Leia mais

Crítica

Sob todas as nossas peles

6.9.2015  |  por Kil Abreu

Em São José dos Campos

4 Na Rua É 8, o nome da trupe de Jacareí que trouxe Má pele ao Festivale, diz muito sobre os modos como este delicado trabalho ganha a cena. Vindos da sempre boa escola que é o teatro de rua Leia mais