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“Jô Bilac"

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“Jô Bilac"

Encontro com Espectadores

O espetáculo Pi – Panorâmica insana ficou em cartaz em junho e julho deste ano em São Paulo. Ocupou o Teatro Novo que abriu as portas sob arquitetura cênica inacabada, no mesmo endereço onde funcionou o Teatro Dias Gomes, na Vila Mariana. O porvir e o presente estão mesmo no centro das inquietudes da diretora Bia Lessa em processo artístico junto aos atores-criadores Cláudia Abreu, Leandra Leal, Luiz Henrique Nogueira e Rodrigo Pandolfo.

No diálogo transcrito abaixo, Bia e Cláudia conversam com a jornalista e crítica Maria Eugênica de Menezes sobre as motivações e pulsações da obra Leia mais

Crítica

Quando desempregado, Karl Marx penhorou seu casaco muitas vezes para sustentar a família. Sobreviver, naquela década de 1850, incluía encontrar meios para seguir sua pesquisa acerca da engrenagem da economia capitalista.  Por ironia, sem essa peça do vestuário – retida intermitentemente por dinheiro –, o filósofo tinha dificuldade de frequentar a venerada sala de leitura do Museu Britânico, onde prospectou material que anos depois subsidiaria O capital.  Andar por aí com um casaco, sobretudo no inverno, implicava status social no reino das aparências, como relata o pesquisador Peter Stallybrass. Esse era um dos panos de fundo de como a teoria da luta de classes foi forjada. Elementar, portanto, que Pi – Panorâmica insana escolha a roupa como signo das transformações da humanidade no amplo painel temático que enseja. Leia mais

Crítica Militante

Já se passou uma década desde sua estreia. Mas Jô Bilac continua a ser apresentado como um jovem e promissor dramaturgo carioca. E, não raras vezes, como herdeiro direto de Nelson Rodrigues, um enfant terrible, a emular o estilo e o humor do autor de Vestido de noiva. Fluxorama, obra atualmente em cartaz no Sesc Ipiranga e que já mereceu montagens anteriores, não vem para negar os rótulos que se colaram à persona de Bilac. Leia mais

Crítica

O desejo de Marco Nanini de se aproximar de Oscar Wilde motivou a criação de Beije minha lápide, em cartaz no Sesc Consolação até domingo. Sem vontade, contudo, de encenar uma das peças deixadas pelo escritor irlandês, Nanini buscou um texto original de Jô Bilac. Leia mais

Crítica

Passional até a medula, o irlandês Oscar Wilde (1854-1900) teria muito a transgredir em relação aos embates sujeito-desejo nas sociedades globalizadas e por vezes tão conservadoras como aquelas surgidas em parte da Europa após a Revolução Industrial no século 19. O desencantamento com o falso moralismo jamais o impediu de viver o amor até as últimas consequencias. Estivesse presente, o autor de romance único (O retrato de Dorian Gray), nove peças e muitos contos e poemas brandiria sua pena diante das reações ainda violentas, arcaicas e caretas no campo das preferências sexuais. Leia mais

Crítica

Natural que, ao longo do ano, as opiniões sobre o que houve de marcante passem a convergir em direção a um número reduzido de obras. Chegado o tempo de olhar para trás e refletir, alguns títulos chamam inevitavelmente a atenção e outros, mesmo que tenham causado impacto no momento, terminam relegados a certo esquecimento. Costuma ser assim. Mas 2014 tem algo de atípico. Ao menos na cena teatral. São raras – se não inexistentes – as unanimidades. Os debates da crítica especializada menos apaixonados. Leia mais

Crítica

Conselho de classe explicita a urgência do seu tema com o mesmo pulso experimental dos melhores momentos da Cia. dos Atores em duas décadas e meia. O espetáculo é cirúrgico nos descaminhos da educação ao projetar o microcosmo de uma escola pública sob a ótica dos seus professores, ponte entre aprendiz e sociedade – se esta assim o desejasse. Do diagnóstico alarmante ao rancor seria um triz. Mas o quadro é mais complexo do que a realidade pinta. É sobre ela, realidade, que os criadores incidem dialeticamente, chamando o espectador à assembleia cidadã sem ungi-lo para tal. Um sistema de linguagem bem urdido dá conta disso justamente a partir das precariedades material e pedagógica expostas. E nos deparamos com o tamanho da resignação no país de Paulo Freire, Darcy Ribeiro ou Milton Santos que tanto se indignaram. Leia mais

Reportagem

Em meio a tantas companhias que acenam com o discurso da busca por uma estética própria, é raro que um grupo como o Luna Lunera admita que cada espetáculo tem uma linguagem diferente. Criado há 13 anos, o coletivo mineiro apresenta quatro de suas seis peças no 9º Festival Palco Giratório Sesc/POA a partir desta quarta-feira (14/5), com Nesta data querida. Na quinta, será a vez de Aqueles dois. Depois, vêm Prazer (sábado e domingo) e Cortiços (20/5). Todas as sessões serão às 19h no Teatro Sesc Centro. Leia mais

Entrevista

Uma das maiores autoridades em Shakespeare no Brasil, tendo traduzido quase todas as suas peças exceto duas, Barbara Heliodora, 90 anos, recebeu a reportagem de Zero Hora em sua casa, no bairro Cosme Velho, no Rio. No final de 2013, a crítica teatral mais respeitada do país anunciou a aposentadoria do ofício que exercia há mais de 50 anos – os últimos 23 anos no jornal O Globo. Agora, passará a escrever críticas apenas ocasionalmente e se dedicará à tradução de textos para teatro. Nesta entrevista, ela fala sobre a recepção no Brasil da obra do grande autor inglês, que teve seus 450 anos de nascimento celebrados em 23 de abril. Leia mais

Reportagem

Em uma época em que todas as histórias já foram contadas, a pretensão de ser original soa como uma utopia vã. Em Popcorn – Qualquer semelhança não é mera coincidência, espetáculo carioca que chega ao Teatro Nair Bello, o dramaturgo Jô Bilac coloca o tema em discussão e vem observar os parâmetros de criatividade no novo século. Leia mais