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“José Fernando Peixoto de Azevedo"

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Uma temporada no Congo, texto de Aimé Césaire e direção de Christian Schiaretti junto ao Teatro Nacional Popular, o TNP, de Paris, em 2013 [ator Marc Zinga é o líder político Lumumba, ao centro]

Artigo

Césaire 1

O ano de 1960, “glorioso”, como já o chamaram, marca a independência de 16 países africanos dos colonizadores europeus. Entre esses países, estava a atual República Democrática do Congo, que se emanciparia dos belgas a 30 de junho. No centro dos eventos, a figura do político e poeta Patrice Lumumba (1925-1961), um dos líderes do movimento de independência, que sai da prisão para o cargo de primeiro-ministro da nação recém-criada.

O dramaturgo, poeta, ensaísta e político martinicano Aimé Césaire (1913-2008) percebeu em Lumumba e no Movimento Nacional Congolês, fundado por este, pontos de partida exemplares para uma peça teatral sobre a luta anticolonialista – e o fez com os acontecimentos ainda quentes, em pleno curso. A peça Uma temporada no Congo, escrita em 1966, foi publicada pela Temporal em 2022 (e lançada em Brasília e São Paulo). É uma das quatro obras teatrais de Césaire. 

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Encontro com Espectadores

O espetáculo Navalha na carne negra alia a dramaturgia de Plínio Marcos (1935-1999) – sua alteridade sociopolítica de largada, sua potência de linguagem a quem se dispõe a ir fundo na teatralidade – com a recente geração de artistas acostumada a trabalhar em coletivos e a bordo da relevante e atual produção do teatro negro ou teatro preto em cidades como Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Leia mais

Crítica

Navalha na nossa carne?

28.9.2018  |  por Kil Abreu

A lógica do processo social permite supor que as personagens de Plínio Marcos em Navalha na carne podem ser negras. No entanto, as representações mais conhecidas do texto têm contado majoritariamente com atrizes e atores não negros. Quando Lucelia Sergio, interpretando Neusa Sueli, entra em cena na montagem em análise tirando a peruca loira isso nos remete a algo acidental, a uma personagem se desfazendo da outra com a qual ganha a vida. O “desfazer-se” remete também a uma possível resposta à maneira como no teatro brasileiro a distinção racial se afirmou. A tentativa de desnaturalização deste imaginário é, entre outras coisas, o que Navalha na carne negra nos oferece. Somos levados a pensar aquelas personagens por fora das representações já inscritas, em que atrizes blonde como Tônia Carrero e Vera Fischer viveram a prostituta no palco ou no cinema. Leia mais