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“Kurt Weill"

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“Kurt Weill"

Aquele que diz sim / O voo através do oceano, direção musical de Ira Levin e direção cênica de Alexandre Dal Farra, a partir da música de Kurt Weill e texto de Bertolt Brecht (parte do elenco e com Orquestra do Theatro São Pedro)

Crítica

Atravessar o costume

16.5.2023  |  por Artur Kon

A “peça didática” (Lehrstück) tem sido um dos pontos centrais de debate em relação à atualidade, diríamos até contemporaneidade (querendo com isso falar da aproximação possível a algo já compreendido e nomeado como “teatro contemporâneo”), do teatro de Bertolt Brecht (1898-1956) – e, com ele, de toda uma ideia de teatro político. Pois de fato o “didatismo” tem sido uma das qualidades mais execradas em boa parte das produções que se pretendem devedoras dessa tradição, reconhecendo na presunção da parte de muitos artistas de ensinar algo à plateia uma forma de autoritarismo, uma presunção de saber que coloca o espectador como ignorante, além de uma pretensão descabida a ter as respostas para os impasses políticos do presente (quando já não parece possível aceitar sem mais as soluções antes oferecidas por concepções teóricas que, também é verdade, de modo algum perderam o poder de análise crítica da realidade).

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Artigo

Maria Coragem

4.6.2020  |  por Valmir Santos

Na sessão de estreia de Mãe coragem e seus filhos no 11º Festival de Curitiba, em 22 de março de 2002, Maria Alice Vergueiro tropeçou no tablado e caiu na cena final. Era o momento em que a personagem puxa a carroça cenográfica, dessa vez sozinha, pois perdeu os três filhos para a guerra, sendo a caçula morta havia poucos minutos. Pragmática, Anna Fierling segue no encalço do próximo regimento para exercer o seu comércio ambulante de comida e bebida junto aos soldados. Assim que as cortinas do Teatro Guairinha se fecharam, a atriz foi acolhida por pessoas do elenco e da equipe que a acompanharam a um hospital. “Até que ficou bem a Coragem caída naquele momento”, brincou no trajeto. Ela deslocou o ombro direito, sentiu dores, mas não recuou do compromisso da apresentação na noite seguinte.

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Crítica

Em tempos onde o fascismo se disfarça mais uma vez de legalidade arbitrária, lembrar Brecht e a força política de sua poesia é, no mínimo, oportuno. O espetáculo Récita – tudo aquilo que chama a atenção, atrai e prende olhar, com atuação e direção de Bárbara Biscaro, transita entre o recital (como o próprio nome pressupõe) e a bufonaria. Canções de Kurt Weill (1900-1950) e Bertolt Brecht (1898-1956) recebem um tratamento revestido de comicidade burlesca, jogos vocais e interpretação clownesca. Leia mais