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Publicações com a tag:

“Magiluth"

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Artigo

Antessala da desmontagem

14.12.2021  |  por Valmir Santos

Uma das artérias do Festival Latino-Americano de Teatro da Bahia desde a gênese do FILTE, em 2008, o encontro do Núcleo de Laboratórios Teatrais do Nordeste, o Nortea, transcorreu de modo virtual em 2021, como toda a programação artística, reflexiva e formativa do evento realizado de 22 a 28 de novembro. Nas primeiras duas tardes, cinco grupos trocaram práticas, criações e pensamentos por plataforma de videochamada aberta ao público. A pauta que principiou orientada pelo conceito de desmontagem resultou contextualizada a partir da constatação, praticamente consensual, de que os vídeos apresentados ficam aquém da exposição rememorativa de uma obra, suas prospecções, tentativas, acasos, descobertas, enfim, e constituem criações autônomas na imbricação das linguagens da cena e do vídeo, a maioria gerada no período da pandemia.

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Crítica

Foi com uma linguagem inventiva e próxima ao ideário do teatro pós-dramático que o Magiluth conquistou seu espaço na cena teatral nacional. Criado no Recife, em 2004, o grupo investia em propostas de criação coletiva, valorizando a desconstrução do texto e uma interpretação muito mais próxima do performativo do que da representação propriamente dita.

Por diferentes motivos pode-se considerar Apenas o fim do mundo como obra que sinaliza maturidade. Para compor o espetáculo, o grupo pernambucano trouxe muito da experiência acumulada em seus 15 anos de existência: o jogo performático permanece a dar o tom e o espectador, figura sempre central em seu trabalho, funciona como aspecto motor – adentrando os limites da encenação e impregnando-lhe o ritmo.

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Crítica Militante

Em sua frase mais célebre, o crítico irlandês Vivian Mercier definiu Esperando Godot, de Beckett, como “uma peça em que nada acontece, duas vezes”, em referência aos dois atos do roteiro. Já O ano em que sonhamos perigosamente, que o grupo pernambucano Magiluth apresentou em setembro último no 23º Porto Alegre Em Cena, é um espetáculo no qual muitas coisas acontecem, mas não sabemos exatamente o quê. Leia mais

Nota

De 12 a 16 de novembro, o encontro Rumos Legado se debruça sobre os acúmulos crítico, estético e político de sete edições do Próximo Ato – Encontro Internacional de Teatro Contemporâneo e da edição única do Rumos Teatro (2010-2012), anterior à conjunção de todas as áreas e formulação global do programa do Itaú Cultural, instituto realizador. A jornada é composta de três espetáculos; sete encontros em que grupos contemporâneos brasileiros compartilham experiências; e duas mesas que aprofundam o debate sobre a relação entre teatro e cidade e sobre modos de direção artística. Todas as atividades são gratuitas. Leia mais

Reportagem

2014 é o ano da Copa do Brasil. E da exposição internacional do teatro brasileiro. “O Brasil e suas artes cênicas se tornaram referência mundial”, diz Octavio Arbelaez, curador do Festival Ibero-americano de Teatro de Bogotá, evento cultural mais importante da Colômbia e um dos maiores festivais de artes cênicas do mundo, cuja 14ª edição, que aconteceu em abril, homenageou o Brasil apresentando um panorama do teatro do país em sua programação. Leia mais

Crítica

Nem é necessário ir até Fortaleza para saber o quanto a capital cearense tornou-se um celeiro incrivelmente fértil de humoristas de tônus popular. Tantos, mas tantos profissionais assim, que muitos transbordaram do extenso mercado local dedicado ao humor para os palcos do país afora. Também prosperou por lá, sobretudo ao longo da última década, um teatro menos circunscrito ao riso. Fenômeno semelhante se registrou em outras grandes cidades nordestinas, onde jovens artistas se estabeleceram em grupos e buscaram viver do que fazem. Exemplos do Piollim, de João Pessoa; do Clowns de Shakespeare, de Natal; do Bagaceira, também de Fortaleza; e do Magiluth, de Recife. Leia mais

Artigo

A filosofia dos grupos

5.5.2014  |  por Valmir Santos

As artes cênicas são, por natureza, gregárias. Sincronizam a respiração no ato ao vivo entre os artistas que ocupam palco, galpão, picadeiro ou espaço público e os espectadores instigados a embarcar nessa nau milenar. Nas tradições orientais e ocidentais, uma das bases da convivência no teatro e na dança diz respeito ao caráter coletivo por trás de cada criação. Em um monólogo dramático ou em um solo coreográfico haverá sempre a interlocução direta ou indireta de uma equipe ancorando as palavras, os gestos, os silêncios e as variantes sensoriais no coração da cena. Leia mais