17.7.2014 | por Fábio Prikladnicki
Se você nunca ouviu falar do dramaturgo grego contemporâneo Dimítris Dimitriádis, não deve se sentir culpado. Ele é relativamente pouco conhecido fora do país natal e da França, onde teve sua primeira peça, O preço da revolta no mercado negro, encenada pelo então jovem Patrice Chéreau (1944 – 2013) em 1968. Em 1971, a obra foi montada em São Paulo pelo diretor Celso Nunes. Mais recentemente, em 2013, a Cia. Kiwi (SP) levou à cena seu texto Morro como um país, que valeu à atriz Fernanda Azevedo um Prêmio Shell. Leia mais
20.5.2014 | por Maria Eugênia de Menezes
As celebrações pelos 450 anos de Shakespeare continuam a reverberar na agenda dos festivais brasileiros. No FIT – Festival Internacional de Teatro de Palco e Rua de Belo Horizonte, a tônica se manteve. A encenação de Hamlet, pela histórica cia. Berliner Ensemble, sinalizou o ponto máximo da programação. Leia mais
14.4.2014 | por Fernando Marques
O lançamento de Hamlet: poema ilimitado (editora Objetiva, 2004), ensaio do crítico norte-americano Harold Bloom sobre a tragédia Hamlet, de Shakespeare, sugere que se fale dos temas temporais e intemporais em literatura e teatro. Convido o leitor a um breve passeio em torno do assunto; há questões nada fúteis a explorar. Vamos lá? Leia mais
5.4.2014 | por Fábio Prikladnicki
Se você tivesse que assistir a apenas um espetáculo internacional do Festival de Curitiba, teria que ser esse. Foi com essa divulgação que The rape of Lucrece [A violação de Lucrécia] chegou à capital paranaense para sessões na sexta e neste sábado, no Teatro da Reitoria da UFPR. O trabalho da cantora e atriz Camille O’Sullivan e do pianista Feargal Murray é produzido pela prestigiada Royal Shakespeare Company. A espera era justificada pelas críticas positivas que o trabalho dirigido por Elizabeth Freestone obteve no Festival de Edimburgo, em 2012. Leia mais
5.4.2014 | por Helena Carnieri
A apresentação de The rape of Lucrece (A violação de Lucrécia) na sexta-feira à noite no Teatro da Reitoria trouxe a oportunidade de conhecer mais da incrível capacidade de construção de personagens de Shakespeare. Ainda há ingressos para a sessão deste sábado, às 21 horas. Leia mais
16.3.2014 | por admin
Hamlet, da companhia lituana OKT, principia com uma pergunta: “Quem é você?”, variação do encenador Oskaras Koršunovas para a frase da peça de William Shakespeare “Who’s there?”. O questionamento é feito pelos nove atores da trupe que, de costas para a plateia, se miram no espelho. Vão do sussurro ao grito, num crescendo. O público também está refletido. O cenário é um camarim com bancadas móveis que se transfigura no reino da Dinamarca. O sistema de espelhos compõe ângulos reveladores, como o do pai de Hamlet fantasma (Dainius Gavenonis) que se olha e vê Claudius (que ele matou) dentro de si, numa alusão ao fratricídio Caim e Abel. Leia mais
23.2.2014 | por Helena Carnieri
Uma linguagem teatral em alta mundo afora ganhou representantes na mostra oficial do Festival de Curitiba: os bonecos utilizados em peças adultas. E as peças não só ultrapassam a tradicional ligação com o universo infantil, mas também propõem um tom sensual às histórias que contam. Leia mais
10.2.2014 | por Miguel Anunciação
Para quem ainda não sabe, Roland Barthes projetou importante presença na cena intelectual brasileira, sobretudo entre os anos 80 e 90. Suas considerações subsidiaram inclusive algumas montagens teatrais. Ulisses Cruz dirigiu em São Paulo, com Antonio Fagundes à frente do elenco, uma adaptação de Fragmentos de um discurso amoroso, talvez o mais lido dos muitos trabalhos que o filósofo e escritor francês pôde ver publicado ainda em vida. O livro também inspira Talvez seja amor, atração da 40a Campanha de Popularização do Teatro e da Danças, em Belo Horizonte, entre terças e quintas, às 20h30, no Teatro Sesi Holcim. Até 27/2. Leia mais
5.11.2013 | por Valmir Santos
A liberdade como base. A igualdade como meio. A fraternidade como objetivo. Para a diretora Ariane Mnouchkine, à luz do século 21, o ideal seria substituir a terceira perna por “humanidade” no lema da República Francesa sobrevindo da revolução de 1789 e tornado patrimônio nacional, quiçá, universal. O pensamento humanista permeia a prática e a atitude da mítica companhia que ela ajudou a criar há quase 50 anos, o Théâtre du Soleil. A efeméride será em maio próximo, mas a exibição esta semana, em São Paulo, do filme em que a diretora transpõe seu espetáculo mais recente para a tela sintetiza exemplarmente os faróis ideológicos e poéticos que a orientam em 74 anos de vida. Leia mais
22.8.2013 | por Valmir Santos
A arte do teatro pensada com a cabeça no cinema é um axioma possível para adentrar o universo de Discurso do coração infartado. A parceria da atriz Silvana Stein com o diretor Ricardo Alves Jr. pipoca textos visuais, sonoros e corporais numa dramaturgia porosa esculpida em cena limpa, de poucos objetos e preponderância do vazio. A paisagem em preto e branco condiz com a alma cinzenta da figura do velho comediante enclausurado entre quatro paredes e ainda assim atravessado pelo mundo de fora que lhe captura os gestos, a fisionomia, a memória, o devaneio. Leia mais