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“Solus – Encontro de Solos Verbais e Não Verbais"

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“Solus – Encontro de Solos Verbais e Não Verbais"

Crítica

A arte do teatro pensada com a cabeça no cinema é um axioma possível para adentrar o universo de Discurso do coração infartado. A parceria da atriz Silvana Stein com o diretor Ricardo Alves Jr. pipoca textos visuais, sonoros e corporais numa dramaturgia porosa esculpida em cena limpa, de poucos objetos e preponderância do vazio. A paisagem em preto e branco condiz com a alma cinzenta da figura do velho comediante enclausurado entre quatro paredes e ainda assim atravessado pelo mundo de fora que lhe captura os gestos, a fisionomia, a memória, o devaneio. Leia mais

Crítica

Em sua segunda sessão, ainda como trabalho em processo, Submersa expõe complexidades de conteúdo e abordagem dignos de nota. O solo em dança-teatro apresenta uma intérprete criadora segura, Maria Cloenes, quanto ao que deseja falar. A saber, evocar reminiscências das enchentes na infância. São episódios de calamidade que a marcaram por aprender, desde cedo, a contornar as instabilidades do existir, outrora causadas pelas águas das chuvas que faziam transbordar o rio vizinho e invadiam sua casa. Leia mais

Crítica

A atriz Ana Kfouri tem se dedicado, desde 2007, a projeto artístico singular de exposição da fala com suas lógicas musical e espacial inscritas na carne. Após dois solos com textos do francês Valère Novarina (Animal do tempo e Discurso aos animais), é a vez de radicar cenicamente a prosa do irlandês Samuel Beckett nos espetáculos Primeiro amor, do conto homônimo, e Moi lui, livremente inspirada no romance Molloy. Leia mais

Crítica

As virtudes técnicas, no campo da atuação, e as corrupções morais, seu eixo temático, colidem a favor da arte em Árvores abatidas ou para Luis Melo. Rosana Stavis carrega o piano com recursos vocais e presença radiosa no trânsito muitas vezes frenético entre a narradora e suas figuras. O pensamento crítico tem como fonte o ensaio de Thomas Bernhard, Árvores abatidas: uma provação, sorvido na mesma moeda pelo diretor e adaptador Marcos Damaceno, neste que é possivelmente a sua produção mais solar se levarmos em conta as montagens de peças de Sarah Kane, Jon Fosse e Gabriela Mellão. Leia mais

Crítica

No sertão mítico sugerido como pano de fundo da obra, a intérprete se permite escavar a arqueologia pessoal e estreitar o vínculo com a dolência da personagem octogenária que abraça firmemente em A árvore seca. Como atriz, idealizadora e produtora do projeto, Ester Laccava provocou o mote do texto de Alexandre Sansão, de inspiração cordelista, e confiou a direção à dupla Antonio Vanfill e Leandro Goddinho. Este jovem trio equilibra, substancialmente, as profundezas arcaicas e contemporâneas também conjugadas na atuação que comove e colhe os frutos de três décadas de tablado. Leia mais