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Crítica

Trinta anos separam a morte do argentino Copi e a revisita do Teatro Kunyn à sua vida e obra com a peça Desmesura, que estreou em São Paulo em maio. O ator, diretor, dramaturgo e ilustrador morreu na França, em dezembro de 1987, em decorrência de complicações da Aids, não sem antes transformar a própria doença — àquela época, inevitável caminho da morte — em uma das particularidades e um dos eixos de sua escrita. Leia mais

Crítica

Prefiro não

21.3.2017  |  por Mateus Araújo

Durante esta semana, em cartaz no Itaú Cultural como parte da programação da Mostra Internacional de Teatro de São Paulo (MITsp), a atriz sul-africana Ntando Cele, mulher negra, nos traz vários símbolos ligados ao racismo em seu espetáculo Black off. Mas entre eles prevalece na memória a fala pragmática: “Estou aqui, e sou negra. Mas não estou aqui para ser negra”. Leia mais

Crítica Militante

O corpo transpassado pela experiência humana, posto como suporte político para o discurso sobre identidade de gênero, faz o ator Silvero Pereira se transmutar. No palco, o cearense, um dos fundadores do Coletivo As Travestidas, transita entre ele e seu alter ego, a travesti Gisele Almodóvar. Transita pelas duas identidades que, na verdade, se fundem em uma só, escritas em gestos e ditas em voz amplificadores de um teatro documental e militante. Leia mais

Crítica Militante

No texto de apresentação ao livro Caranguejo overdrive, de Pedro Kosovski – recém-lançado pela editora Cobogó –, o diretor Marco André Nunes se lembra de um dos momentos mais simbólicos do processo de construção da premiada montagem que celebrou 15 anos de Aquela Cia. de Teatro (RJ), em 2015: Leia mais

Crítica Militante

Em oposição à inflamada onda de discursos fundamentalistas e conservadores incoerentes com a modernidade professada nos tempos atuais, pululam nas artes cênicas contemporâneas, cada vez mais, os debates amplos e heterogêneos acerca das questões de gênero e sexualidade. Leia mais

Crítica

Num palco à penumbra, vestido preto e os braços melados de uma tinta amarela, Matheus Nachtergaele rasga-se em verso. Buscou os versos escritos por sua mãe, Maria Cecília, para fazê-los seus. Diz em primeira pessoa. Conta de loucuras, devaneios e amores. Leia mais

Reportagem

Quando Matheus Nachtergaele está no palco, ele reza uma reza só dele. Mas reza em prece com todos que estão ali, cercando-o de olhares, contemplação e entrega. “O que eu amo no teatro não é um autor ou um gênero. O que me interessa e que eu gosto, desde sempre, nas peças que fiz ou nas que vejo, é a percepção de estarmos rezando sem Deus”, diz o ator. Leia mais

Crítica

“E ainda tem gente que pede a volta da ditadura militar. Respeitem quem foi torturado”. A frase de revolta da atriz Hilda Torres, em Soledad, é uma das muitas observações que a pernambucana traz para sua revisitação à história da guerrilheira e militante paraguaia assassinada pela polícia, em 1973, em Pernambuco [Soledad Barret Viedma, da Vanguarda Popular Revolucionária, a VPR, morta ao lado de outros cinco companheiros].

O monólogo épico desponta como um dos poucos trabalhos encenados neste ano, no Recife Leia mais

Crítica

O Carandiru da peça Salmo 91 pode facilmente ser substituído por qualquer outra penitenciária brasileira, uma vez que as mazelas dali são universais e atemporais. Rever as dores das centenas de pessoas que viveram naquele presídio, cenário de uma das maiores barbáries da história do Brasil, é também reforçar a necessidade de questionamentos tão atuais sobre a prisão no País Leia mais

Crítica

Para Augusto Boal (1931-2009), posicionar-se politicamente era mais que necessário, e seu teatro sempre foi de posicionamento a favor do povo, dos esquecidos. Contraposto ao entretenimento vazio, o teatrólogo criador do Teatro do Oprimido fazia dos palcos uma arma poderosa de transformação e conscientização. Uma maneira decisiva de oposição política sempre à esquerda. Leia mais