Num plano mais evidente, o monólogo Eu não dava praquilo, atualmente em cartaz no Teatro I do Centro Cultural Banco do Brasil, é uma homenagem à atriz Myrian Muniz, lembrada por sua trajetória teatral: a formação na Escola de Arte Dramática, o contato com o cenógrafo Flávio Império, o acúmulo de experiências no Teatro de Arena, o ingresso na companhia de Dulcina de Moraes, a fundação do Teatro Escola Macunaíma, a direção do show Falso brilhante, da cantora Elis Regina. Entretanto, Muniz é trazida à tona como símbolo do sentido genuíno do ofício do ator, sintetizado numa passagem: “No teatro, você vê que pode fazer o outro. Quando você percebe o outro, se percebe também. Quando descobre o outro, se descobre também”. Talvez seja o momento em que mais sobressaia o comprometimento de Scapin não “só” com Muniz, mas com a sua profissão. Leia mais