São Paulo, sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
TEATRO
Jogo de situações tem mais força que os diálogos em “O Mala”, avalia diretor
VALMIR SANTOS
Da Reportagem Local
Morto num acidente aéreo, em 1985, o autor norte-americano Larry Shue torna-se mais conhecido em palcos brasileiros nestes anos 2000. Depois de “O Estrangeiro” (2006), é a vez de São Paulo conhecer outra comédia deste dramaturgo e ator que tocava sua própria companhia: “O Mala”, com direção de Isser Korik.
Os dois textos têm em comum a súbita chegada de um visitante que põe a vida dos anfitriões de ponta-cabeça.
Em “O Mala” (“The Nerd”, 1981), é José Rubens Chachá quem encarna o dito cujo. Rick chega à casa do arquiteto Willum (Otávio Martins) em plena festa dos 34 anos do rapaz que lhe é tributário de uma grata dívida. A visita resulta em temporada. O enredo expõe o desespero do aniversariante e dos seus amigos para tentar livrar-se do indesejado.
Segundo Korik, 46, as peças de Shue são o que ele chama de comédias bem-estruturadas, em que o jogo de situações diz mais ao espectador do que o mero diálogo. “O público ri não do que é dito, mas do que vai acontecer”, afirma.
O ator Eduardo Leão substitui Olayr Coan, morto em acidente automobilístico no final do ano, no elenco da peça.