A forte identificação que o monólogo Aurora boreal estabelece com o espectador constitui seu paradoxo. O autor, diretor e ator Dionízio do Apodi, do grupo potiguar O Pessoal do Tarará, sediado em Mossoró há 11 anos, amarra de tal forma a empatia em torno do relato que chega a abri-lo à intervenção do público, instado a assumir em cena algum testemunho de coragem como aquele empreendido até ali pelo artista (colocando-se sob holofotes) e do personagem (narrando a superação de um dilema existencial). A interação é movediça. As concessões, idem. Leia mais