Quando escreveu a peça A voz humana (1929), o francês Jean Cocteau rebatia quem o acusasse de instrumentalizar seus textos com “estruturas maquinais”. Pois acabara de testar uma pegada mais essencial com um monólogo. Num quarto desarrumado, uma mulher aguarda a ligação telefônica do amante que recém a abandonou. Coube ao dispositivo mediar a oralidade, a escuta, os silêncios e o sentimento amoroso em pedaços. Virou sua obra mais montada ao redor do planeta. Leia mais