13.1.2017 | por Valmir Santos
Segundo sábado de propaganda gratuita no rádio e na televisão, aquecimento da campanha para as eleições municipais de 2016. Na feira do Jardim Colonial, na zona sul de São José dos Campos, carros de som e cabos eleitorais (em sua maioria contratados) aproveitam a manhã movimentada para vender seu peixe. Foi ali que o Grupo Pombas Urbanas (SP) ligou a parabólica do teatro de rua para pensar a democracia à luz da realidade. Em sua premissa fabular, Era uma vez um rei destila crítica sobre os projetos de poder – um pleonasmo à esquerda, à direita ou ao centro de qualquer sistema de governo, mas também no nível interpessoal de todo cidadão. Leia mais
16.12.2014 | por Teatrojornal
Após passar pelas sedes do Grupo Tá na Rua, no Rio de Janeiro, e do Grupo do Beco, em Belo Horizonte, o projeto Conexões para uma arte pública chega ao espaço do núcleo Pombas Urbanas, o Centro de Arte em Construção, em São Paulo. A articulação é da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, de Porto Alegre, compreendendo um dezembro de intercâmbios até domingo (21/12). Leia mais
A geração que em 1968 realizou a 1ª Feira Paulista de Opinião sob forte repressão da ditadura militar reencontra coletivos de diferentes idades na 2ª Feira Paulista de Opinião ou 1ª Feira Antropofágica de Opinião, em referência ao encontro dirigido por Augusto Boal. A iniciativa é da Companhia Antropofágica, que propõe a mesma questão da época aos artistas engajados de todos os quadrantes: “O que pensa você do Brasil de hoje?”. Leia mais
3.3.2010 | por Valmir Santos
[Prefácio ao livro Esumbaú, Pombas Urbanas! – 20 anos de uma prática de teatro e vida, da jornalista Neomisia Silvestre. São Paulo: Instituto Pombas Urbanas, 2009, p. 9-13; projeto gráfico Sato > casa da lapa; revisão Dórica Krajan; 144 p.]
Voar? Mas eu não sei voar. O que eu faço é brincar com o vento. (…)
Onde quer que eu caia,uma outra criança irá me colocar no céu,
porque aqui é o meu lugar. Solta a linha!
A personagem Pipa em Ventre de lona, de Lino Rojas
Num piscar de séculos, a aldeia indígena, uma terra boa para a agricultura nas várzeas do Rio Tietê, transformou-se em chão para milhares de migrantes nordestinos que viram o céu coberto pela fumaça amarela do enxofre da fábrica. Crescido às custas da industrialização, o bairro de São Miguel Paulista contava 367 anos de história oficial, pós-colonização e catequese pelos brancos, quando o Grupo Pombas Urbanas bateu asas ali, em 1989, como fruto da perseverança do ator, diretor e dramaturgo Lino Rojas. Filho de mãe descende justamente de índios do planalto peruano, ele vivia no Brasil havia 14 anos quando fora cativado pela disponibilidade nata de jovens da região em seus primeiros passos para jogar com essa arte. De fato, certa ancestralidade atravessa a formação do coletivo e serve de base às abordagens conceituais e temáticas dos seus espetáculos, além de orientar a lida e a vida em comunidade. Trata-se de um projeto artístico singular firmado na pororoca do Teatro de Grupo na cidade, a partir dos anos 1990, em paralelo a outros pares que descentralizaram a geografia cênica e redimensionaram a face social do Teatro em São Paulo e em outras partes do Brasil.
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