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Crítica

‘Ele já tem a alma saturada de poesia, soul 
e rock’n’roll
As coisas migram e ele serve de farol’
(Caetano Veloso, O homem velho)

(para ler ao som de Round midnight)

Às  primeiras notas de An old Monk Mário Faustino já sopra, de um lado, ao meu ouvido: “a jusante a maré entrega tudo (…) a montante a maré apaga tudo”. Vou marcando, pé no chão, o andamento variado da cena. Leia mais

Crítica

Em São Luís

Ao assistir ao espetáculo da maranhense Pequena Companhia de Teatro e ao olhar o entorno onde ela se inspira, a impressão imediata é a de que a escolha dos materiais e as operações de linguagem sobre eles como que criam um parangolé dramático talhado à medida pra vesti-los. O conto de Gabriel Garcia Marquez (Um senhor muito velho com suas asas enormes) oferece o tecido, a matéria primeira, mas a montagem é fruto de motivos, modelos e técnicas intuídas pelo próprio grupo, de modo que mesmo estando lá, e bem assimilada, a narrativa original dá lugar a uma obra nova, em boa medida autônoma quanto aos seus argumentos. Leia mais

Crítica

Em São Luís

Pão com ovo – A vingança de Zé Maria, espetáculo que abriu a X Semana de Teatro no Maranhão, é apresentado pela Santa Ignorância Cia. de Artes, de São Luís, como uma ‘comédia de costumes’. Mas, as peripécias vividas por Clarisse, Dijé e Zé Maria não seguem rigorosamente esta filiação, se o ponto de vista for o da estrutura dramatúrgica. Sobretudo porque a unidade de ação experimentada por um Martins Pena ou um Artur Azevedo não dialoga muito de perto com a forma livre da montagem. Leia mais

Crítica

Misantropia ciberpoética

12.9.2015  |  por Kil Abreu

Num ser tão no futuro que
Seu enigma estará
Inscrito
Num anel de prata.
Por uma feiticeira, a data.

(Cassiano Ricardo, Sortilégio, em Os sobreviventes)

Em São José dos Campos

O espetáculo de Rodrigo Fischer é um desconcerto. Leia mais

Crítica

A grande perversão que se encena em ‘Big Brother Brasil’ não é sexual. É a perversão da concorrência sem leis, espelho do estágio do capitalismo decadente em que vive o país

(Maria Rita Kehl em entrevista sobre o seu livro Videologias, Revista Trópico) Leia mais

Crítica

Sob todas as nossas peles

6.9.2015  |  por Kil Abreu

Em São José dos Campos

4 Na Rua É 8, o nome da trupe de Jacareí que trouxe Má pele ao Festivale, diz muito sobre os modos como este delicado trabalho ganha a cena. Vindos da sempre boa escola que é o teatro de rua Leia mais

Crítica

Com efeito: quem ousará negar que o futuro ainda não existe? Contudo, a espera do futuro já está no espírito. E quem poderá contestar que o passado já não existe? Contudo, a lembrança do passado ainda está no espírito.

(Santo Agostinho, As confissões)

O essencial e o que dá sentido à dramaturgia em Tchekhov é a percepção, em chave moderna, a respeito das formas precárias da existência. Leia mais

Crítica

Dançando fronteiras

5.6.2015  |  por Kil Abreu

B-orders, o trabalho da dupla palestina Ashtar Muallem e Fadi Zmorrod (da Escola Palestina de Circo) é, em síntese, uma dança das fronteiras. E não apenas “nas” fronteiras. Os jovens performers mobilizam no espetáculo técnicas de equilibrismo, contorcionismo (de solo e aéreo) e usam aparelhos como o mastro chinês e o tecido. Leia mais

Crítica

Ao assistir Extreme symbiosis as pessoas de teatro certamente vão lembrar que já há um tempo razoável desde que os estudiosos delimitaram um campo teórico para catalogar e explorar as aproximações mais radicais entre arte e vida em termos contemporâneos (pois que, a rigor, essa relação esteve sendo experimentada o tempo todo desde sempre). Leia mais

Crítica

O que de imediato chama a atenção em Febril, espetáculo da companhia carioca Circo no Ato, é o empenho em totalizar na forma mais orgânica possível os muitos e diferentes instrumentos de linguagem que o grupo mobiliza. Leia mais