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Folha de S.Paulo

Tusp recebe produções mais recentes da ECA

20.4.2006  |  por Valmir Santos

São Paulo, quinta-feira, 20 de abril de 2006

TEATRO 

VALMIR SANTOS

Da Reportagem Local 

O que vai pela cabeça de quem se forma em artes cênicas pela USP? Algumas pistas vêm sendo lançadas em “Novíssimos Diretores e Atores – Onde Está o Autor?”, projeto que entra em sua terceira semana no Tusp.

É um breve panorama da produção recente do departamento de artes cênicas da Escola de Comunicação e Artes (ECA). Hoje, estréia “Um Homem Bateu em Minha Porta”, criação do grupo Teatro do Óbvio em torno da violência doméstica contra a mulher.

A atriz Maria Julia Martins, 23, propôs aos demais colegas um espetáculo baseado na criação colaborativa, mas sem a figura do diretor. Resultou na trajetória de três mulheres definidas pelos arquétipos de Perfeita, Passiva e Vingativa. Elas se cruzam, se fundem ou se separam em universos distintos: o conto de fadas, a televisão e a realidade do lar.

“Apesar de pesquisarmos depoimentos de pessoas reais e estatísticas policiais, o espetáculo trabalha com o registro da tragicomédia”, diz Martins. “Não é panfletário.”

Nesta segunda edição, a mostra idealizada pelo diretor do Tusp, Abílio Tavares, quer investigar a influência do dramaturgo na concepção do espetáculo. Desde março, foram apresentados “Natália, Nathália”, de Antônio Duran, Ellen Amaral e Reinaldo Yamada; “A Espera da Morte”, de Daniela Carmona, do grupo Traüme Bizarre; e agora “Um Homem Bateu em Minha Porta”.

No dia 26/4 acontecerá o ensaio aberto de “Inciso 4º do Parágrafo 3º”, com a cia. de Teatro em Quadrinhos. A cada grupo do projeto cabe ainda a realização de um workshop gratuito.



Um Homem Bateu em Minha Porta
Quando: estréia hoje, às 21h; qui. a sáb., às 21h; dom., às 20h; até 30/4
Onde: Tusp (r. Maria Antônia, 294, tel. 0/ xx/11/3255-7182, ramal 42)
Quanto: R$ 10 

Jornalista e crítico fundador do site Teatrojornal – Leituras de Cena, que edita desde 2010. Escreveu em publicações como Folha de S.Paulo, Valor Econômico, Bravo! e O Diário, de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Autor de livros ou capítulos afeitos ao campo, além de colaborador em curadorias ou consultorias para mostras, festivais ou enciclopédias. Cursa doutorado em artes cênicas pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, onde fez mestrado na mesma área.

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