Folha de S.Paulo
14.4.2007 | por Valmir Santos
São Paulo, sábado, 14 de abril de 2007
TEATRO
VALMIR SANTOS
Da Reportagem Local
Acostumado a levar romances inteiros à cena, o diretor Aderbal Freire-Filho sente-se à vontade em “O Continente Negro”, que estréia hoje na Faap.
O drama realista do chileno Marco Antonio De La Parra não é um livro, mas o fluxo narrativo lembra bastante o virar de páginas em que tempo, espaço e pessoas vão e vêm.
A peça dispõe 12 personagens na paleta por meio de três atores, que imprimem tonalidades diversas sobre a impossibilidade amorosa entre homens e mulheres. Freire-Filho, 65, diz que o diálogo com as rubricas do autor foi “utilíssimo”, a começar pela teatralidade mínima, que não despreza silêncios e centra o foco nos atores.
Os intérpretes Ângelo Antônio, Débora Falabella e Yara de Novaes integram o Grupo 3. Freire-Filho assistiu às peças anteriores do núcleo (“A Serpente” e “Noites Brancas”) e topou assinar a terceira.
Jornalista e crítico fundador do site Teatrojornal – Leituras de Cena, que edita desde 2010. Escreveu em publicações como Folha de S.Paulo, Valor Econômico, Bravo! e O Diário, de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Autor de livros ou capítulos afeitos ao campo, além de colaborador em curadorias ou consultorias para mostras, festivais ou enciclopédias. Cursa doutorado em artes cênicas pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, onde fez mestrado na mesma área.