Nota
4.2.2014 | por Valmir Santos
O Prêmio Molière deve ser reeditado no segundo semestre. No mês passado, o departamento de marketing de um dos maiores bancos do país avaliava a possibilidade de ser um dos patrocinadores. O principal articulador desse projeto redivivo é o diretor artístico da Maison de France no Rio de Janeiro, Cédric Gottesmann, há mais de década sonhando com a volta do prestigioso prêmio. Sua vigência, de 1963 e 1991, foi patrocinada pela Compagnie Nationale Air France. A empresa está disposta a voltar à carga mediante outros parceiros. Os contemplados terão direito a viajar a Paris, como dantes, “ponte aérea” decisiva na formação de alguns diretores e atores. Resta saber se o novo Molière captará o crescimento e a diversidade de ideias e formas da produção brasileira nos últimos anos. E se o tapete vermelho circunscreverá apenas a praça carioca. Durante pelo menos dez anos o ator, cantor e compositor Luiz Carlos Miele foi o apresentador oficial do Molière. Ouça aqui o inspirado esquete que ele protagoniza com Elis Regina durante cerimônia de entrega de 1970, não se sabe exatamente se no Municipal do Rio ou de São Paulo, palcos que revezavam a festa.
Escultura de Jean-Baptiste Poquelin (1622-1673)
Jornalista e crítico fundador do site Teatrojornal – Leituras de Cena, que edita desde 2010. Escreveu em publicações como Folha de S.Paulo, Valor Econômico, Bravo! e O Diário, de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Autor de livros ou capítulos afeitos ao campo, além de colaborador em curadorias ou consultorias para mostras, festivais ou enciclopédias. Cursa doutorado em artes cênicas pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, onde fez mestrado na mesma área.