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Entrevista

A vida desconhecida de Claudette Colvin

19.5.2023  |  por Neomisia Silvestre

Foto de capa: Domínio público

Rosa Parks (1931-2005) foi a segunda mulher negra a não ceder seu assento para uma pessoa branca em um ônibus segregado em Montgomery, no Alabama, sul dos Estados Unidos. A primeira foi Claudette Colvin, de 83 anos, na mesma cidade e nove meses antes do feito da ativista estadunidense, expoente da luta por direitos civis e quem a história preservou como pioneira do movimento antissegregacionista.

Na encruzilhada das artes digitais e da performance ao vivo, a instalação em realidade aumentada Noire, la vie méconnue de Claudette Colvin (Negra, a vida desconhecida de Claudette Colvin), em temporada no complexo cultural parisiense Centre Pompidou, imerge o visitante não apenas no episódio ocorrido em 2 de março de 1955, em que a jovem estudante de 15 anos, no trajeto habitual de volta para casa depois da escola, se recusou a levantar para que uma passageira branca ocupasse o seu lugar, mas também na vivência negra sobre como era existir no período da segregação racial imposta pelas leis de Jim Crow, que vigoraram entre 1876 e 1965.

“A história me prendeu no assento. Foram Harriet Tubman e Sojourner Truth [ativistas do século XIX na luta pela abolição da escravatura e pelos direitos das mulheres] que pousaram suas mãos, uma de cada lado, nos meus ombros. Não tive medo. Eu era uma adolescente. Eu tinha pagado minha passagem e aquilo era um direito constitucional”, diz Colvin, direto do Texas, onde vive atualmente, durante a videoconferência aberta ao público realizada no mezanino do Pompidou na véspera da estreia, 21 de abril. Sua irmã mais nova, Gloria Laster, a representou presencialmente no bate-papo mediado pela jornalista camaronesa Hortense Assaga.

Realizada a partir do livro homônimo da jornalista francesa Tania de Montaigne, 51 anos, publicado pelas edições Grasset em 2015 e vencedor do prêmio Simone-Veil, a experiência híbrida foi concebida como extensão complementar ao desejo da autora de difundir a vida e expressar as possíveis razões para o ofuscamento histórico de Colvin, que durante anos evitou falar sobre o assunto, inclusive se recusando a ser entrevistada para a biografia. 

Para isso, foram reconvocados os franceses Stéphane Foenkinos, 54 anos, diretor de elenco, roteirista e ator, e Pierre-Alain Giraud, 40 anos, diretor de intervenções imersivas, documentários e curtas de ficção e animação. Em 2019, o trio já havia elaborado uma versão teatral da obra Noire, em que Montaigne – que não é atriz – aceitou narrar o próprio texto em cena, no Théâtre du Rond-Point, em Paris.

Em setembro de 2021, a peça L’assignation também foi encenada por Foenkinos a partir do livro A convocação, os negros não existem (L’assignation, les noirs n’existe pas, editora Grasset, 2018), apresentada no Théâtre National de Bretagne, em Rennes, noroeste da França. Em paralelo à produção literária e à coluna mensal no jornal de esquerda Libération, Montaigne compõe e canta. Ela também é membro fundadora do Collège Citoyen de France (Colégio Cidadão da França) e intervém regularmente em escolas e presídios.

“Respire fundo. Respire e siga a minha voz, só a minha voz. Agora você é um negro do Alabama dos anos 1950. Saia do seu lugar, passe pelos riachos, pelos rios, pelo oceano, sinta a brisa (…). Ouça a minha voz e siga em frente. Agora sim, agora você é negro. E você é uma mulher, portanto, menos que um homem. E você é negra, portanto, menos que nada. O que vem depois da mulher negra?”. Voz e imagem de Montaigne projetadas no telão servem de fio condutor da história; prática narrativa também desempenhada na escrita do livro.

Giovanni Cittadini Cesi A jornalista francesa Tania de Montaigne em ‘Noire’ (2019), adaptação teatral de seu livro homônimo, de 2015, acerca da estudante de 15 anos que se recusou a levantar para que uma passageira branca ocupasse o seu lugar no ônibus, em 1955, mote da instalação em realidade aumentada ‘Noire, la vie méconnue de Claudette Colvin’ (‘Negra, a vida desconhecida de Claudette Colvin’), em Paris

Acolhidos por um mediador, apenas dez visitantes por vez recebem uma numeração e são convidados a deixarem seus pertences, ao mesmo tempo que ouvem a recomendação para desligarem os celulares. Não é permitido modo avião porque há riscos reais de interferências na sala seguinte, onde acontece a apresentação de 30 minutos. Cada um se posiciona diante do número correspondente e é autorizado a colocar os fones de ouvido de condução óssea (sem contato direto com o ouvido, o som não passa pelos tímpanos, mas pelos ossos do crânio) e a viseira HoloLens 2, projetada pela Microsoft, o que permite que os hologramas apareçam no campo de visão do usuário.

Na sequência, o grupo adentra um espaço pouco iluminado, mas que ainda permite saber onde se pisa e quem está próximo. Assinado pela também parceira dos trabalhos cênicos anteriores Laurence Fontaine, a cenografia minimalista inclui algumas duplas de bancos, um púlpito e uma maquete de casa demarcada por paredes, janelas e porta. O deslocamento é permitido e incentivado, justamente para que o espectador se torne testemunha direta e desfrute dos diversos ângulos em 360°, tanto dos cenários que ganham vida diante dos olhos – como a silhueta do ônibus e da viatura –, quanto dos personagens, que surgem e se desfragmentam em pequenas partículas que lembram constelações.

No telão, imagens conjugam arquivos, documentos, vídeos e fotos de momentos históricos para acompanhar os espectros holográficos dos personagens e das cenas.

Segundo Giraud, cofundador da Novaya, empresa responsável pela criação do dispositivo, a ideia é que o público seja correalizador. Isso porque poderia participar da cena e escolher qualquer ponto de vista da narrativa. Seja o do juiz que condena Claudette Colvin por perturbação da ordem pública, violação da lei de segregação e agressão a um policial, seja ao ficar de pé, ao lado do pastor batista Martin Luther King (1929-1968). À época com 26 anos, King convocou os cidadãos a participarem do boicote político e social aos ônibus de Montgomery. O movimento representado por ele e Parks durou 385 dias e fez com que a Suprema Corte dos Estados Unidos proibisse de vez o sistema separatista vigente no transporte público da cidade.

“Na realidade virtual estamos realmente trancados. É algo que nos isola completamente do mundo real, não vemos o que está além de nós. Na realidade aumentada são utilizadas lentes transparentes que acrescentam hologramas ao espaço. Então, ainda é possível ver as pessoas que estão próximas a você, além dos hologramas. Já a realidade mista usa capacetes de realidade virtual, geralmente com câmeras que registram o entorno e reprojetam no interior do casco. Então, você vê o que está no exterior, mas através de câmeras. Nessa experiência de Noire é a realidade aumentada porque as pessoas estão vendo com os próprios olhos”, explica o diretor, coprodutor de Solastalgia, selecionado no Festival de Sundance em 2020 e colaborador de artistas islandeses como Björk e a banda Sigur Rós.

“O DNA do Centre Pompidou é de um espaço criado para a inovação. Então, é muito coerente poder realizarmos esse trabalho em parceria com ele do início ao fim [dois anos desde a escrita do projeto, iniciada no segundo semestre de 2020]. Essa é uma tecnologia que nós realmente desenvolvemos em paralelo a essa aventura e estamos sempre fazendo ajustes. Esse tipo de dispositivo existe e é usado sobretudo com aplicativos técnicos ou acrescentados às exposições interativas. Mas, para fazermos algo artístico com esse mesmo modelo, tivemos que inventar todo um sistema de streaming e de dados, que é complexo, mas que somos os primeiros a fazer”, afirma Giraud. Inaugurado em 1997 por encomenda do presidente francês Georges Pompidou (1911-1974), é a primeira vez que o local faz uma incursão artística do gênero.

Em coprodução taiwanesa (Flash Forward Entertainment e Patrick Mao Huang), todas as cenas foram gravadas na capital Taipé, incluindo o casting formado por não atores profissionais. A protagonista, por exemplo, é interpretada pela ugandesa Rebecca Naluyange, bolsista de economia da Universidade de Taiwan, notada em uma praça pública enquanto comia um sanduíche. Martin Luther King é vivido pelo estudante haitiano Keril Daniel Elombe.

Doze nacionalidades compõem a equipe. Para a transformação do corpo físico em realidade aumentada, o elenco foi filmado por 58 câmeras em um estúdio especial e, posteriormente, as imagens foram restituídas em outra dimensão, com tamanho e fisionomia reais. É inteiramente executada em câmera lenta a sequência em que Colvin continua sentada e imóvel, em recusa a ceder seu assento: a mulher branca resta de pé ao seu lado, o motorista intervém e dois policiais entram no ônibus e a levam pelos braços, colocando-a na viatura.

Composta pelo islandês Valgeir Sigurðsson, responsável pela produção musical de Dance in the dark (2000), do cineasta dinamarquês Lars von Trier, e pelo engenheiro de som francês Nicolas Becker, Oscar de melhor som pelo filme Sound of metal (2021), a trilha mescla texturas sonoras, arquivos, voz e música original. Assim, estão presentes artistas que desempenharam papel essencial na luta negra estadunidense, como a cantora gospel Mahalia Jackson (1911-1972) e os intérpretes e pianistas Nina Simone (1933-2003) e Ray Charles (1930-2004).

Quando Strange fruit é evocada, a canção de resistência de Billie Holiday (1915-1959), um chamamento sutil se soma à imensa árvore presente na instalação cenográfica. Uma vez que estamos no subsolo, seu tronco literalmente transpassa o teto do local e a árvore só é notada caso o espectador mantenha o olhar fixo e a cabeça inclinada para cima. Momento que abre um campo imaginário possível para não esquecer que, ali, corpos negros – num passado muito recente – foram pendurados e comparados a estranhos frutos dos álamos.

Após Paris, as apresentações seguem para Nova York, Montreal, Taiwan e Shangai. Ainda não existem datas para o Brasil.

Leia a seguir trechos da entrevista com a jornalista e escritora Tania de Montaigne:

Teatrojornal – O que a atraiu na história de Claudette Colvin?

Tania de Montaigne – O dia em que descobri que havia uma garota que nove meses antes de Rosa Parks havia feito a mesma coisa, na mesma cidade e na mesma linha de ônibus, fiquei muito surpresa porque nunca tinha ouvido falar dela. E quando me dei conta de que foi graças a ela, do ponto de vista jurídico, que a segregação nos transportes teve fim, eu disse a mim mesma: ‘É preciso realmente contar essa história. É fundamental’.

Teatrojornal – Seu livro já foi adaptado para o teatro. A intenção e o foco sempre foram Claudette Colvin?

Montaigne – O que é interessante é ver como artisticamente podemos contar essa história utilizando alguns meios. A questão da literatura, de como fazer um livro partindo do real – e apenas o real, porque eu não inventei nada. A peça de teatro, que partiu dessa mesma vontade. A partir da adaptação de Stéphane Foenkinos, a sua maneira de se concentrar sobre a figura de Colvin, de como podemos contar uma trajetória de maneira artística. E é exatamente isso que me interessa, de como a arte vem dizer o real com recursos que cruzam diferentes linguagens: a literatura que é muito presente, as artes cênicas e agora a realidade aumentada. E como tudo isso se cruza e vem produzir a possibilidade do visitante/espectador sentir alguma coisa.

Teatrojornal – Por que Rosa Parks foi escolhida para representar o movimento dos direitos civis e não Claudette Colvin?

Montaigne – É preciso levar em conta que Rosa Parks foi apresentada tardiamente. Em todo o mundo há locais e espaços que levam o seu nome, bibliotecas, ruas. Ela se tornou uma evidência, mas, por muito tempo, ninguém sabia quem era Rosa Parks. Ela se tornou conhecida 15 anos após o seu gesto. E se tornou evidente porque Martin Luther King foi assassinado e houve uma celebração acerca dos 15 anos do movimento do boicote dos ônibus e, então, se lembraram dela. E é também porque existe essa fotografia famosa, que todos nós conhecemos, em que um homem branco [o jornalista Nicholas C. Chriss] está no ônibus sentado atrás dela e diz que talvez fosse bom tirar uma foto também daquela senhora. Então, para que Rosa Parks se tornasse Rosa Parks foi todo um trajeto. E o que me interessou foi justamente mostrar como fabricamos a figura da heroína.

Novaya/Divulgação Imagem extraída da instalação em realidade aumentada ‘Noire’, com a atriz Rebecca Naluyange como Claudette Colvin
Novaya/Divulgação Rebecca Naluyange é Claudette Colvin na experiência imersiva que busca difundir a vida e expressar as possíveis razões para o ofuscamento histórico da cidadã que durante anos evitou falar sobre o assunto, inclusive se recusando a ser entrevistada para a biografia

Meu livro integrou a série Nos héroïne (Nossas heroínas) e, para mim, foi justamente no sentido de poder trabalhar sobre o que é uma heroína e como se fabrica. É provável que se Claudette tivesse feito o seu gesto um ano antes, as coisas seriam completamente diferentes. Mas ela representava muitas problemáticas: tinha 15 anos, estava grávida, era pobre e era retinta. E esses três critérios entrariam no pré-julgamento e pré-conceito do branco racista, que viria reforçar a ideia de que negros são pobres e imorais. E quando chega Rosa Parks, que tinha 40 anos, era casada e costureira, mesmo sendo pobre, mas ela quem fazia as próprias roupas, o que dava a ilusão de que pertencia à classe média. Então, possui qualidades que podem atrair o negro e o branco e, logo, ser a cara do movimento.

Teatrojornal – O termo “realidade aumentada” foi intencional, no sentido de colocar uma lente de aumento na questão racial? Ainda que parta dos Estados Unidos dos anos 1950, como essa mesma questão pode dialogar com o público francês, que mantém as discussões de raça como sendo um tabu?

Montaigne – É o trajeto do livro. E eu quis que ele se chamasse Noire justamente por esse motivo. Frequentemente as pessoas dão voltas para dizer “de cor”, “black”, mas vemos bem que agora a palavra foi racializada. Mesmo que, em todo caso, não dizemos nunca a cor das pessoas. Me interessei por dizer essa cor e o porquê dessa problemática de não dizer. E isso é um assunto no mundo inteiro, e não apenas para o negro. A questão do racismo é uma questão fundamental, e sabemos bem que por todo o mundo há os eleitos sob uma ideia de que há pessoas que são verdadeiros cidadãos e outros meio cidadãos, ou uma estranheza, uma impureza. E essa questão do que é puro ou não, essa invenção do povo que será legítimo e um outro não, para mim, é sobre como não contamos uma história. Enquanto a história não é contada, ela vem de tempos em tempos se expressar em formas de violência e não se resolve enquanto não dissermos todas as palavras. E, para mim, isso reconta toda a discriminação porque é sempre o mesmo princípio: se em algum momento aceitamos que alguém não seja considerado como ele mesmo, abrimos espaço para que um dia a segregação se faça. E a segregação não se faz do dia para a noite.

Queríamos também mostrar que a segregação é a banalidade, ela não é extraordinária. Não posso comprar meus sapatos, tenho que comprar do lado de fora da loja sem o direito de provar. Não posso beber água nessa fonte, é na outra fonte. É sempre assim que se organiza e é sempre assim que fabricamos genocídios, é sempre o mesmo mecanismo. E uma vez que aceitamos essa possibilidade, um dia posso dizer à rádio que vamos matar todos os tutsis. Então, 800 mil pessoas morrem [referência ao genocídio ocorrido em Ruanda, país africano , em 1994]. É sempre essa reedição e, para mim, é sobre o que precisamos falar. E é por isso que na peça eu retiro o direito das pessoas, e quando Claudette faz o seu gesto, o público está em igualdade à ela no ônibus. O que constantemente acontece é que nosso primeiro reflexo é sempre dizer “Ah, coitadinho”. E não, é alguém que não tem os seus direitos respeitados, é a questão de direitos humanos.

Teatrojornal – Depois da pandemia, podemos pensar nas experiências híbridas como inerentes às artes, sobretudo em tempos de inteligência artificial confundindo jurados em concursos de fotografia e de ChatGPT escrevendo livros inteiros?

Montaigne – Eu acredito sempre que são instrumentos. Acho que as pessoas confundem o fim com o meio. Isso é um meio. Para mim é como a pintura, é a destinação, o que fazemos a partir de. Um filme virtual não me interessaria. Não me interessa que as pessoas coloquem um fone de ouvido e vivam algo. O que me interessou é que é a realidade e depois a aumentamos. Na verdade, a relação humana nada mais é do que a realidade aumentada, no sentido de que eu pego a sua história, acrescento à minha e passo a operar de forma diferente. Para mim, é pertinente porque é sobre como podemos recriar coletivos e como o coletivo se fabrica quando eu aceito que a história de um outro alguém é a minha história também.

Serviço

Instalação em realidade aumentada Noire, la vie méconnue de Claudette Colvin

Todos os dias (exceto terça), das 11h às 21h, até 29 de maio

Ingressos esgotados até o fim da temporada (14 euros, inteira, e 10 euros tarifa reduzida para estudantes, idosos e desempregados)

30 minutos

13 anos

Idiomas disponíveis: Inglês, francês e mandarim

UPI A costureira e ativista estadunidense Rosa Parks e o jornalista Nicholas C. Chriss em registro da United Press International em 21 de dezembro de 1956, um ano depois do episódio de 1º de dezembro de 1955; atitude virou símbolo da luta antirracismo quando vigiam leis de segregação racial no país

Ficha técnica

Texto: Tania de Montaigne

Adaptação e concepção: Pierre-Alain Giraud e Stéphane Foenkinos

Claudette Colvin: Rebecca Naluyange

Martin Luther King: Keril Daniel Elombe

Rosa Parks: Vicky

Policiais: Jona Kraft e Sergei Laev

Fred Gray: Mbongiseni Kunene

Motorista do ônibus: Craig Thomas Crawford

Juiz: John Harve Jackson

Designer de iluminação: Philippe Berthomé

Designers de som: Nicolas Becker e Valgeir Sigurðsson

Assistentes de criação de som: Rose Genermont, Thalisa Jagt e Tristan Leroy

Música: Valgeir Sigurðsson

Engenheiro de som: Nikolai Aleksandrov

Cenografia: Laurence Fontaine

Produção associada: Emanuela Righi, Novaya e Pierre-Alain Giraud,

Coprodução Taiwan: Flash Forward Entertainment e Patrick Mao Huang

Artista 3D: Louis Moreau

Maquiadora 2D: Violeta Cuadra Brito

Gerente de Produção Taiwan: Christa Chen

Diretor de elenco Taiwan: Abba Tong

Assista a trechos da instalação em realidade aumentada Negra, a vida desconhecida de Claudette Colvin:

Jornalista e escritora brasileira radicada na França, tem contribuições em projetos artísticos e socioculturais a partir de atuações em ONGs, revistas, rádio, televisão, fotografia, assessoria de imprensa e produçāo de eventos. É autora da biografia Esumbaú, Pombas Urbanas! 20 anos de uma prática de teatro e vida (2009) e uma das criadoras do Orgulho Crespo, movimento independente de valorização do cabelo afro iniciado em 2015 com a 1ª Marcha do Orgulho Crespo SP. A iniciativa integra o calendário oficial do Estado de São Paulo com o #DiaDoOrgulhoCrespo, celebrado todo 26 de julho por meio da Lei 16.682/2018.

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