“É a história, senhoras e senhores jurados, de uma mulher fantasma. Uma mulher que ninguém vê, que ninguém conhece. É a história de um lento desaparecimento. Uma trágica descida ao inferno, no qual a mãe leva a filha. Esta mulher cometeu o pior: um infanticídio. Ela matou a filha, e reconhece. É insuportável para nós e ultrapassa o entendimento. Uma mãe que se autoriza a matar a própria cria, só podemos vê-la como sendo um monstro. E um monstro deve ser morto. Então, abram um código penal e a condenem. Mas, se o fizerem, senhoras e senhores, vocês terão feito um julgamento sem justiça. Vocês terão respondido apenas à questão mais fácil, e não a que sua responsabilidade de jurado o obriga a fazer. Se você não conseguir se fazer essa pergunta, ficará na praia atordoado com o horror do crime”.