25.1.2016 | por Valmir Santos
O que deveria ser impensável, inimaginável – a mulher como saco de pancadas – ganha feição por meio de estatísticas, relatos, corpos e muita indignidade na performance Para aquelas que não mais estão, uma resposta à violência de gênero, chaga naturalizada na casa, no trabalho, na escola, na rua. Parceria da atriz mexicana Violeta Luna com as brasileiras Stela Fischer e Leticia Olivares, do Coletivo Rubro Obsceno, de São Paulo, o trabalho dá nome e rosto a algumas das milhares de vítimas assassinadas nos últimos anos. Leia mais
14.1.2016 | por Valmir Santos
“O futuro dos museus está dentro de nossas próprias casas”, prognostica o escritor Orhan Pamuk, autor de O museu da inocência (2008). O romancista turco reivindica a escala humana para as instituições fixadas em narrativas nacionais, de Estado, em detrimento das experiências dos indivíduos que efetivamente a viveram. Ao escrever e dirigir o espetáculo Família museu (Familia museo, 2013), resultado de formação universitária em Buenos Aires, Ariel Zagarese fez uma delicada aproximação da premissa daquele Nobel de Literatura Leia mais
30.12.2015 | por Valmir Santos
A dramaturga, atriz e pesquisadora Nina Caetano dispensa a função de porta-voz que fala pelo outro, em geral um sujeito institucionalizado, e transforma a mudez em ato ressonante. Misto de denúncia e metáfora, a performance O espaço do silêncio prioriza a leitura em vez da palavra falada. Não é ela quem lê, mas os outros Leia mais
7.12.2015 | por Daniele Avila Small
Em São Paulo
Projeto 85 – A dívida em três episódios é o resultado do projeto idealizado pelo grupo [pH2]: estado de teatro, de São Paulo, com a companhia La Maldita Vanidad, da Colômbia, e o Lagartijas Tiradas al Sol, do México. O espetáculo apresentado no Tusp, por ocasião da II Bienal de Teatro da USP, se divide em três partes: um filme e duas peças. Leia mais
1.12.2015 | por Daniele Avila Small
Em São Paulo
A tarefa a cumprir neste breve texto é fazer uma crítica de Stereo Franz, peça do grupo [pH2]: estado de teatro, que está na programação da II Bienal de Teatro da USP. A peça parte de Woyzeck, de Georg Büchner, texto muito usado no teatro por grupos ou encenadores que desejam trabalhar com poéticas da fragmentação e/ou com recursos da encenação contemporânea. Leia mais
30.11.2015 | por Daniele Avila Small
Em São Paulo
Em cartaz na SP Escola de Teatro e integrando a programação da II Bienal de Teatro da USP, Anatomia do fauno do Teatro da Pombagira – Coletivo de Criadores apresenta uma dramaturgia de estados com imagens da vida sexual homoafetiva na solidão da vida na cidade. Leia mais
5.3.2014 | por Valmir Santos
Faz 40 anos que a cidade de São Paulo abriga, com intermitência, encontros internacionais de teatro na acepção moderna que esses certames adquiriram no mapa-múndi após a Segunda Guerra (1939-1945). Vide os dois festivais estabelecidos em 1947 e tão paradigmáticos como diversos em seus formatos: o de Avignon, na França, e o de Edimburgo, na Escócia. Popularizar a arte teatral, interagir com outras manifestações-irmãs como a dança, a ópera, a música e as artes plásticas e abrir-se à cultura de outros países e continentes são algumas das premissas instigadoras. As mesmas que, em certa medida, moveram a atriz e empresária Ruth Escobar a promover, em 1974, o pioneiro Festival Internacional de Teatro em São Paulo, dois anos após Paris fixar o seu no calendário cultural, o Festival de Outono. Eram incomensuráveis os desafios de Escobar no país subdesenvolvido, de “terceiro mundo” e às voltas com o décimo aniversário da ditadura militar. Leia mais