4.10.2007 | por Valmir Santos
São Paulo, quinta-feira, 04 de outubro de 2007
TEATRO
Oitavo Riocenacontemporânea recebe atrações do Brasil, Itália, França e Inglaterra
São 70 produções nacionais e estrangeiras; Oficina e Teatro da Vertigem estão entre os grupos paulistas que participam do festival
VALMIR SANTOS
Da Reportagem Local
Um dos principais irrigadores das artes cênicas cariocas nos últimos dez anos, o festival Riocenacotemporânea olha para trás para fazer seu “inventário”, o eixo eleito. A oitava edição, que começa hoje, leva o Oficina Uzyna Uzona, do diretor José Celso Martinez Corrêa, ao mesmo cenário onde apresentou “As Bacantes” em 1996: a zona portuária, no Centro Cultural Ação da Cidade. Desta vez, é encenado “Os Sertões”, cuja primeira peça abre o festival hoje à noite.
Os dez dias de evento mexem ainda com outras memórias em cerca de 70 atrações nacionais e estrangeiras. Não são só espetáculos acabados. Há aqueles em processo, performances, instalações, leituras etc.
A participação de grupos paulistas inclui também o Teatro da Vertigem, do encenador Antônio Araújo, que remonta “BR 3” em trecho da baía de Guanabara, repetindo a aventura sobre o rio Tietê, no ano passado; e a companhia Livre, de Cibele Forjaz, que leva “Vemvai – O Caminho dos Mortos”.
Do Rio, acontecem as estréias de “Velatura – Estação Terminal”, com a companhia Ensaio Aberto; “Por uma Vida um Pouco Menos Ordinária”, de Gilberto Gawronski; e “Sutura”, por Felipe Vidal.
Entre os 14 projetos internacionais, está a montagem de “Hey Girl!”, da italiana Societas Raffaello Sanzio, dirigida por Romeo Castellucci. Graças à tecnologia, uma menina se multiplica como um prisma transparente e mostra várias as facetas ao mesmo tempo.
Do Reino Unido, vem o ator Tim Crouch, do Public Parts Theatre. Da França, o coreógrafo Josef Nadj. Da Espanha, a companhia La Carnicería Teatro, de Rodrigo García. Da Argentina, o grupo El Periférico de Objetos. De Portugal, uma mostra de espetáculos locais.