9.10.2013 | por Ferdinando Martins
Há quase 70 anos, no dia 28 de dezembro de 1943, o grupo Os Comediantes estreava no Teatro Municipal do Rio de Janeiro a segunda peça escrita por Nelson Rodrigues, Vestido de noiva. No elenco estavam Evangelina Guinle (Alaíde), Auristela Araújo (Madame Clessi), Stella Perry (Lúcia) e Carlos Perry (Pedro). Erigido posteriormente como ponto zero do teatro moderno no Brasil, o espetáculo foi resultado da confluência de múltiplos fatores e iniciativas. A começar, pelo esgotamento do sistema teatral vigente até então, focado em comédias e revistas que não atendiam às demandas de jovens artistas e de intelectuais ávidos por renovações cênicas em curso desde a virada do século, mas inéditas no país. A originalidade do texto somou-se à direção precisa de um polonês que veio para o Brasil fugindo da II Guerra – e terminou por ser nosso primeiro encenador – Zbigniew Ziembinski. E ainda a inventividade de um paraibano – também considerado nosso primeiro cenógrafo moderno – Tomás Santa Rosa. Leia mais