A reatividade como mecanismo de defesa vem dando lugar ao ato criador por essência em tempos de guerra anticultural no Brasil. Artistas, produtores, estudantes, pedagogos, gestores e demais sujeitos em diferentes áreas de expressão articulam modos mais horizontais, inventivos e politicamente perspicazes de confrontar o autoritarismo de Estado.
Mobilizações
ocorridas em São Paulo desde o final de 2019, ao ar livre ou em
espaços culturais, sinalizaram procedimentos mais inspiradores na
hora de pensar, organizar e articular poeticamente ações e
discursos contra o estado de coisas. Afinal, quem atua junto às
ciências humanas possivelmente tem amigos ou familiares com
transtornos de somatização diante
das medidas desse governo doentio que mina os
direitos
sociais e põe a democracia em risco. Daí redobrar resistências
físicas e psicológicas para ir à luta.