19.10.2006 | por Valmir Santos
São Paulo, terça-feira, 19 de setembro de 2006
TEATRO
Companhia exibe fusão de teatro, dança e circo de hoje até o fim do mês na 2ª Mostra de Repertórios Contemporâneos
“Cidade dos Sonhos”, o infantil “Os Artistas” e a aula-espetáculo “O Físico e o Simbólico” serão encenados no Centro Cultural São Paulo
VALMIR SANTOS
Da Reportagem Local
Prestes a completar 14 anos, em outubro, a Companhia Cênica Nau de Ícaros, conhecida pela fusão de teatro, dança e circo, ocupa sua vez na 2ª Mostra de Repertórios Contemporâneos, no CCSP (Centro Cultural São Paulo).
De hoje ao final do mês, serão apresentadas duas peças recentes do repertório, “Cidade dos Sonhos” (2003) e o infantil “Os Artistas” (2002). Também é possível acompanhar, em forma da aula-espetáculo, “De Um Espaço Vazio: o Físico e o Simbólico”, o processo da criação do novo trabalho do grupo.
Segundo Marco Vettore, ator e diretor da Nau de Ícaros, trata-se de estudo coreográfico sobre o corpo e o movimento das danças e manifestações populares brasileiras. A aula-espetáculo, que quer valorizar espaços sociais e históricos, tem apoio do Prêmio Estímulo de Dança da Secretaria de Estado da Cultura. “O Físico e o Simbólico” terá sessões às terças e quartas, às 21h.
Em paralelo, o grupo prevê outra meta até o primeiro semestre de 2007: realizar um espetáculo inspirado no universo literário do paraibano Ariano Suassuna, conforme projeto selecionado no programa municipal de fomento ao teatro.
De quinta a sábado, às 21h, e aos domingos, às 20h, será apresentado o espetáculo “Cidade dos Sonhos”, que Vettore define como uma “ópera bufa circense”. Com dramaturgia de Fabio Malavoglia e co-direção de Leopoldo Pacheco e Vettore, a história resgata o milenar mito de São Saruê, fabulosa terra da prosperidade e da abundância, onde não há dor, suor, velhice ou morte.
Aos sábados e domingos, às 16h, a Nau de Ícaros apresenta “Os Artistas”, de autoria de Paulo Rogério Lopes e direção de Vettore. Dois ajudantes de um suposto Grande Circo ocupam o espaço, montam picadeiro, preparam equipamentos etc. Na hora de iniciar o espetáculo, eles se dão conta de que falta “um pequeno detalhe”: e os artistas?