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“Teatro Popular de Ilhéus"

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Artigo

Antessala da desmontagem

14.12.2021  |  por Valmir Santos

Uma das artérias do Festival Latino-Americano de Teatro da Bahia desde a gênese do FILTE, em 2008, o encontro do Núcleo de Laboratórios Teatrais do Nordeste, o Nortea, transcorreu de modo virtual em 2021, como toda a programação artística, reflexiva e formativa do evento realizado de 22 a 28 de novembro. Nas primeiras duas tardes, cinco grupos trocaram práticas, criações e pensamentos por plataforma de videochamada aberta ao público. A pauta que principiou orientada pelo conceito de desmontagem resultou contextualizada a partir da constatação, praticamente consensual, de que os vídeos apresentados ficam aquém da exposição rememorativa de uma obra, suas prospecções, tentativas, acasos, descobertas, enfim, e constituem criações autônomas na imbricação das linguagens da cena e do vídeo, a maioria gerada no período da pandemia.

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Crítica

As três mulheres de IntimIDADES escalam distancias e proximidades em suas gerações. Duas delas, Tânia Barbosa, de 52 anos, e Iara Colina, 42 anos, elegeram a profissão de atriz, por mais instável que seja exercê-la na sociedade brasileira, sobretudo quando se vive no interior do país, no caso, Ilhéus. Já Hilsa Rodrigues Pereira dos Santos, no candomblé Mãe Ilza Mukalê, de 87 anos, 45 deles à frente do Terreiro Matamba Tombency Neto, experimentou o teatro amador junto a um artista expoente do teatro negro, o ator e diretor Mário Gusmão (1928-1996), quando ele viveu na cidade do litoral sul baiano nos anos 1980.

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Crítica

Quando a historiografia oficial encontra ou impõe dificuldades para ler as letras sulcadas na folha de papel, o que dirá de imagens, pensamentos e atitudes inscritos na memória ancestral da fala e do corpo do indivíduo e da coletividade? O Teatro Popular de Ilhéus percebe o silogismo em 1789, uma lupa sobre os registros de sua cidade-certidão a desvelar uma daquelas tomadas de consciência pública das quais se faz vistas grossas no retrovisor: a sublevação de centenas de escravos do Engenho de Santana no século XVIII, atual distrito Rio do Engenho, na mesma zona rural. Leia mais

contracena

oinspetor1vale

“O homem não teme nada quando ri!”

Púchkin

Por Valmir Santos

Na falta de tramas palacianas matriciais na sua literatura dramática – à maneira de um Shakespeare, por exemplo –, cabe ao teatro brasileiro vasculhar o chão da senzala, os cômodos da casa-grande, os corredores e os gabinetes da administração para colocar o poder em xeque diante dos ritos e vícios públicos e privados. Afinal, nossa modernidade nos palcos conta pouco mais de 60 anos, um piscar de olhos se comparada às tradições seculares das artes cênicas em certos cantos do mundo. Leia mais