“Eu
prefiro dançar a falar. Nasci no Benin e cresci no Senegal. Essas duas
identidades, das quais sou muito orgulhosa, são a base da minha técnica. Deixei
meu país de origem aos 7 anos e, na escola, durante o intervalo, as meninas não
falavam a mesma língua que eu. Quando dançava no meio delas, nas brincadeiras
infantis, via as árvores dançarem e sugeria movimentos semelhantes. Elas me
chamavam de Doff bi [‘louca’, em wolof, língua falada na África
Ocidental], mas vinham procurar pela louca que dançava e tentavam me
imitar”.