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“Mariana Muniz"

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Crítica

Amor e fuga

22.4.2021  |  por Valmir Santos

Na Segunda Guerra Mundial, quase um milhão de mulheres russas lutaram nas fileiras do Exército Vermelho. Esse feito acabou ofuscado pelo ponto de vista masculino, prevalente, até a jornalista e escritora Svetlana Aleksiévitch ir a campo e apurar as narrativas dessas cidadãs alinhavadas em A guerra não tem rosto de mulher (Companhia das Letras, 2016). Guardadas as proporções, o dramaturgo paulista Thiago Sogayar Bechara rende senso de equilíbrio dos mais dignos na peça Sônia – Um ato por Tolstói, em que reconstitui, com fontes históricas, como os diários dela, e possivelmente alguma margem de ficção, a perspectiva da viúva que foi casada por 48 anos, mãe de 13 filhos e interlocutora decisiva na vida e na obra do autor de Anna Karenina, apesar do intelectual apartá-la da reverência pública, como se vê no monólogo interpretado por Mariana Muniz e dirigido por Elias Andreato.

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Artigo

Maria Coragem

4.6.2020  |  por Valmir Santos

Na sessão de estreia de Mãe coragem e seus filhos no 11º Festival de Curitiba, em 22 de março de 2002, Maria Alice Vergueiro tropeçou no tablado e caiu na cena final. Era o momento em que a personagem puxa a carroça cenográfica, dessa vez sozinha, pois perdeu os três filhos para a guerra, sendo a caçula morta havia poucos minutos. Pragmática, Anna Fierling segue no encalço do próximo regimento para exercer o seu comércio ambulante de comida e bebida junto aos soldados. Assim que as cortinas do Teatro Guairinha se fecharam, a atriz foi acolhida por pessoas do elenco e da equipe que a acompanharam a um hospital. “Até que ficou bem a Coragem caída naquele momento”, brincou no trajeto. Ela deslocou o ombro direito, sentiu dores, mas não recuou do compromisso da apresentação na noite seguinte.

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Crítica

Ao celebrar seus 40 anos de existência, o Tapa – uma das mais longevas companhias brasileiras – escolheu montar O jardim das cerejeiras. Para um grupo que alcançou a maioridade levando ao palco justamente a primeira obra de Anton Tchekhov, Ivanov, em 1998, é significativo que a comemoração seja marcada por essa que é a última e mais brilhante das peças do autor russo. Leia mais