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Nota

Shell do Rio não tem grande vencedor e pulveriza prêmios

12.3.2014  |  por Daniel Schenker

Foto de capa: divulgação

O resultado da 26ª edição do Prêmio Shell no Rio de Janeiro – revelado na noite da última terça-feira, no Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico – evidenciou a soberania de alguns trabalhos da cena teatral carioca de 2013: Laila Garin, intérprete de Elis Regina em Elis – a musical, Aurora dos Campos, cenógrafa de Conselho de classe, Thanara Schönardie, figurinista de A importância de ser perfeito, e Tomás Ribas, iluminador de Moi lui, também saíram vencedores da primeira edição do Prêmio Cesgranrio.

Mas houve muitas diferenças em relação aos dois resultados, a começar pelo fato de o júri do Shell não ter privilegiado um espetáculo, ao contrário do júri do Cesgranrio, que consagrou Conselho de classe.

Aderbal Freire-Filho foi consagrado pela direção de 'Incêndios' Leo Aversa

Aderbal Freire-Filho consagrado por ‘Incêndios’

Melhor diretor por Incêndios, Aderbal Freire-Filho lembrou de sua luta pela recuperação da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (Sbat). Aderbal, inclusive, foi indicado por essa batalha na categoria Inovação, que ficou, porém, com o diretor Marcus Vinicius Faustini, idealizador do projeto Home theatre, que consistiu na realização de cenas nas casas de moradores de partes distintas do Rio de Janeiro. Ainda concorrendo nessa categoria, integrantes do movimento Reage, artista distribuíram aos convidados um folheto no qual sintetizam suas ações no primeiro ano de atividades e estenderam uma grande faixa onde estava escrito “Lei da Cultura Rio já”.

Em cerimônia apresentada sem qualquer excesso pela atriz Renata Sorrah, o Shell homenageou a aderecista, cenógrafa e figurinista Marie Louise Nery.

Premiados:

Autor – Julia Spadaccini por A porta da frente
   
Direção – Aderbal Freire-Filho por Incêndios
 
Ator – Enrique Diaz por Cine_monstro
 
Atriz – Laila Garin por “Elis, a musical”
 
Cenário – Aurora dos Campos por Conselho de classe
 
Figurino – Thanara Schönardie por A importância de ser perfeito
 
Iluminação – Tomás Ribas por Moi lui
 
Música – Gabriel Moura por Cabaré Dulcina
 
Inovação – Marcus Vinícius Faustini, pelo conceito e proposta do Festival Home theatre

Bacharel em Comunicação Social pela Faculdade da Cidade. É doutor em artes cênicas pelo Programa de Pós Graduação em Artes Cênicas da UniRio. Trabalha como colaborador dos jornais O Globo e O Estado de S.Paulo e das revistas Preview e Revista de Cinema. Escreve para os sites Questão de Crítica (questaodecritica.com.br), Críticos (criticos.com.br) e para o blog danielschenker.wordpress.com. Membro do júri dos prêmios da Associação de Produtores de Teatro do Rio de Janeiro (APTR), Cesgranrio e Questão de Crítica.

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