16.5.2014 | por Michele Rolim
O interesse de contar uma história sobre um filho que esquarteja o pai é o mesmo de escutá-la? O sadismo tão presente em filmes – como dos diretores Quentin Tarantino e dos irmãos Coen – é o mesmo que provoca o espectador na peça Cine-monstro. A montagem, traduzida por Bárbara Duvivier e pelo diretor Enrique Diaz do original Monster (1998), do canadense Daniel MacIvor, ocorre neste sábado, às 21h, e domingo, às 18h, no Theatro São Pedro, em Porto Alegre. Leia mais
O resultado da 26ª edição do Prêmio Shell no Rio de Janeiro – revelado na noite da última terça-feira, no Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico – evidenciou a soberania de alguns trabalhos da cena teatral carioca de 2013: Laila Garin, intérprete de Elis Regina em Elis – a musical, Aurora dos Campos, cenógrafa de Conselho de classe, Thanara Schönardie, figurinista de A importância de ser perfeito, e Tomás Ribas, iluminador de Moi lui, também saíram vencedores da primeira edição do Prêmio Cesgranrio.
Mas houve muitas diferenças em relação aos dois resultados, a começar pelo fato de o júri do Shell não ter privilegiado um espetáculo, ao contrário do júri do Cesgranrio, que consagrou Conselho de classe.
Melhor diretor por Incêndios, Aderbal Freire-Filho lembrou de sua luta pela recuperação da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (Sbat). Aderbal, inclusive, foi indicado por essa batalha na categoria Inovação, que ficou, porém, com o diretor Marcus Vinicius Faustini, idealizador do projeto Home theatre, que consistiu na realização de cenas nas casas de moradores de partes distintas do Rio de Janeiro. Ainda concorrendo nessa categoria, integrantes do movimento Reage, artista distribuíram aos convidados um folheto no qual sintetizam suas ações no primeiro ano de atividades e estenderam uma grande faixa onde estava escrito “Lei da Cultura Rio já”.
Em cerimônia apresentada sem qualquer excesso pela atriz Renata Sorrah, o Shell homenageou a aderecista, cenógrafa e figurinista Marie Louise Nery.
Premiados:
Autor – Julia Spadaccini por A porta da frente
Direção – Aderbal Freire-Filho por Incêndios
Ator – Enrique Diaz por Cine_monstro
Atriz – Laila Garin por “Elis, a musical”
Cenário – Aurora dos Campos por Conselho de classe
Figurino – Thanara Schönardie por A importância de ser perfeito
Iluminação – Tomás Ribas por Moi lui
Música – Gabriel Moura por Cabaré Dulcina
Inovação – Marcus Vinícius Faustini, pelo conceito e proposta do Festival Home theatre
6.1.2014 | por Maria Eugênia de Menezes
O teatro de grupo legou os melhores espetáculos das temporadas recentes. Nos últimos anos, também é insuspeito o protagonismo da cidade no que diz respeito às artes cênicas nacionais. Em 2013, a qualidade da cena local permanece indissociável do trabalho dos coletivos. Mas, por alguma razão, invertendo-se a ordem até então estabelecida, várias das melhores criações vistas por aqui foram produzidas e gestadas em outros Estados do País. Leia mais
25.11.2013 | por Maria Eugênia de Menezes
Em seus filmes, Quentin Tarantino convida o público a rir da violência, a deleitar-se com ela. É dessa mesma espécie de gozo perverso que se alimenta Cine monstro, espetáculo solo de Enrique Diaz.
A obra marca a terceira incursão do criador sobre o universo do autor canadense, Daniel MacIvor. Antes, vieram In on it – trabalho de 2010 que lhe rendeu o Prêmio Shell de melhor direção – e, mais recentemente, A primeira vista. Leia mais