Professor do departamento de artes cênicas da Universidade de Brasília (UnB), na área de teoria teatral, escritor e compositor. Autor, entre outros, de ‘Zé: peça em um ato’ (adaptação do ‘Woyzeck’, de Georg Büchner); ‘Últimos: comédia musical’ (livro-CD); ‘Com os séculos nos olhos: teatro musical e político no Brasil dos anos 1960 e 1970’ e ‘A província dos diamantes: ensaios sobre teatro’. Também escreveu a comédia ‘A quatro’ (2008) e a comédia musical ‘Vivendo de brisa’ (2019), encenadas em Brasília.
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21.2.2014 | por Fernando Marques
Se o presente reescreve constantemente o passado e com isso redireciona o futuro, os valores da história literária jamais estarão lançados de uma vez por todas. Esse gênero de operações, nas quais o acaso não deixa de jogar seu papel, envolveu a obra do escritor alemão Georg Büchner (1813-1837), morto aos 23 anos. Autor de repertório breve, mas seminal – composto por três peças teatrais, um panfleto político e uma novela –, Büchner teve a obra publicada na íntegra apenas em 1879, inspirando gerações de criadores desde então. Naturalistas e expressionistas viram no dramaturgo um precursor, tanto no plano dos temas, que ele tornou socialmente incisivos, quanto no plano das formas, alteradas para a expressão de novos conteúdos. O escritor nasceu há exatos 200 anos, que se completaram a 17 de outubro [de 2013]. Leia mais