4.8.2022 | por Valmir Santos
Contar a História do Brasil a partir do genocídio do povo preto é o que promete e realiza o ator, dramaturgo e diretor Clayton Nascimento em Macacos, da Cia. do Sal (SP).
Da metade da encenação em diante o ator-narrador resume mais de cinco séculos de extermínio e estigmatização de povos indígenas e negros escravizados, lançando mão de extraordinária capacidade intelectual e vocação para estabelecer dialogismo . “A gente não domina nossa história.”
Leia mais22.1.2022 | por Juarez Tadeu de Paula Xavier
Ele nasceu na cidade de Franca (SP), a 399,9 km da capital, em 14 de março de 1914.
Transdisciplinar, foi poeta, ator, escritor, dramaturgo, artista plástico, ativista político, panafricanista, professor universitário emérito (University at Buffalo – The State University of New York), Doutor honoris causa (Universidade Federal da Bahia, Universidade de Brasília, Universidade do Estado da Bahia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro e University Obafemi Awolowo), exilado político (1968-1978), deputado federal (1983-1987) e senador da República (1997-1999).
Leia mais17.2.2021 | por Valmir Santos
A rigor, desde a quinta série a poeta e ensaísta Leda Maria Martins aprendeu como a força bruta também se impõe por meio de ações, gestos, imagens, silenciamentos e outras formas pensantes. Alguns de seus professores foram “desaparecendo” da sala de aula à medida que expressavam consciência crítica sob o tacão da ditadura civil-militar. Como contraponto a essa e a outras opressões, combatidas vida adentro, a estudante de escola pública nascida no Rio de Janeiro e crescida em Belo Horizonte teve sua formação humanística forjada nas culturas do samba carioca e do reinado/congado mineiro, fontes primárias benzidas pela mãe, Alzira Germana Martins, coroada Rainha de Nossa Senhora das Mercês por iniciativa dos membros da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário do Jatobá.
Leia mais5.5.2014 | por Valmir Santos
As artes cênicas são, por natureza, gregárias. Sincronizam a respiração no ato ao vivo entre os artistas que ocupam palco, galpão, picadeiro ou espaço público e os espectadores instigados a embarcar nessa nau milenar. Nas tradições orientais e ocidentais, uma das bases da convivência no teatro e na dança diz respeito ao caráter coletivo por trás de cada criação. Em um monólogo dramático ou em um solo coreográfico haverá sempre a interlocução direta ou indireta de uma equipe ancorando as palavras, os gestos, os silêncios e as variantes sensoriais no coração da cena. Leia mais