25.1.2024 | por Teatrojornal
O Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo foi implantado há 22 anos. Pela primeira vez na capital paulista, e possivelmente no país, vigora, na forma de lei, uma política pública aprovada por câmara municipal e executada por prefeitura, através da Secretaria Municipal de Cultura, “com o objetivo de apoiar a manutenção e criação de projetos de trabalho continuado de pesquisa e produção teatral visando o desenvolvimento do teatro e o melhor acesso da população ao mesmo”.
Um balanço da Lei 13.279, de 8 de janeiro de 2002, porém, ecoa desvirtuamentos por entidades de caráter representativo na indicação de pessoas para as comissões julgadoras e acenos autocríticos por parte de núcleos artísticos, produtores e testemunhos do movimento Arte contra a Barbárie, cujas reuniões no final dos anos 1990, em espaços teatrais, foram propulsoras da elaboração do projeto de lei e do poder de convencimento na articulação junto a vereadores.
Leia mais12.3.2021 | por Valmir Santos
Em junho de 2020, coletivo de artistas independentes associados à Cooperativa Paulista de Teatro (CPT) reuniu personalidades da arte e da cultura, a partir de suas casas e celulares, para compor o curta-metragem Viver é urgente!. Um chamado à consciência crítica sobre as desigualdades sociais e a lógica do capitalismo que torna os efeitos da pandemia ainda mais perversos entre os brasileiros, somados à imoralidade do bolsonarismo e seu culto à morte. Oito meses depois, uma segunda criação, Viver é mais que urgente!, nascida sob o mesmo espírito colaborativo, incorpora médicos infectologistas, pneumologistas e sanitaristas para reafirmar, sem vaticínio, o papel da vacina neste momento da história mundial. No primeiro videoclipe, ela sequer era mencionada e o país ultrapassava 51 mil mortos em consequência do novo coronavírus. Ontem, eram 273 mil óbitos por Covid-19, e apenas 2,3% da população havia tomado a segunda dose. Especialistas estimam um teto de 60% a 70% para começar a controlar o microrganismo SARS-CoV-2 e cortar a transmissão.
Leia mais6.3.2020 | por Valmir Santos
A reatividade como mecanismo de defesa vem dando lugar ao ato criador por essência em tempos de guerra anticultural no Brasil. Artistas, produtores, estudantes, pedagogos, gestores e demais sujeitos em diferentes áreas de expressão articulam modos mais horizontais, inventivos e politicamente perspicazes de confrontar o autoritarismo de Estado.
Mobilizações ocorridas em São Paulo desde o final de 2019, ao ar livre ou em espaços culturais, sinalizaram procedimentos mais inspiradores na hora de pensar, organizar e articular poeticamente ações e discursos contra o estado de coisas. Afinal, quem atua junto às ciências humanas possivelmente tem amigos ou familiares com transtornos de somatização diante das medidas desse governo doentio que mina os direitos sociais e põe a democracia em risco. Daí redobrar resistências físicas e psicológicas para ir à luta.
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