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“Corpo Rastreado"

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“Corpo Rastreado"

Crítica

Contar a História do Brasil a partir do genocídio do povo preto é o que promete e realiza o ator, dramaturgo e diretor Clayton Nascimento em Macacos, da Cia. do Sal (SP).

Da metade da encenação em diante o ator-narrador resume mais de cinco séculos de extermínio e estigmatização de povos indígenas e negros escravizados, lançando mão de extraordinária capacidade intelectual e vocação para estabelecer dialogismo . “A gente não domina nossa história.”

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Reportagem

Circuito alternativo que nasceu em torno das atividades da MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, a FarOFFa sempre se colocou por entre as frestas. Seja pelo seu caráter de festival paralelo, seja por experimentar formatos diversos ou mesmo pelo singelo jogo de palavras no nome – essa mistura do tempero brasileiro com o off, a ideia de alternativo.

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Crítica

O estado de horror implantado pelo bolsonarismo leva artistas a se posicionaram, poeticamente, de forma ainda mais radical. Não poderia ser diferente em arte. E não faltam exemplos nas circunstâncias dos últimos 15 meses de pandemia sobrepostos à guerra cultural instalada desde a posse. Um governo incapaz de tecer uma linha sobre a morte de Nelson Sargento e outros mestres e mestras em diferentes expressões. Que desqualifica o pensamento crítico. Ataca sistematicamente a comunidade artística. Desestrutura instâncias-chave do extinto Ministério da Cultura (MinC). Cientes dessa realidade macabra, os 86 minutos do vídeo-manifesto Liberdade liberdade [revisitada] constituem mais um exemplo de exposição da dor e de seu contraponto, o empenho coletivo para denunciá-la bravamente, purgá-la, a despeito da política pública de extermínio.

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Crítica

Logo na primeira linha, o narrador de Elizabeth Costello pontua sobre “como nos levar de onde estamos, que é, por enquanto, lugar nenhum, para a margem de lá”. Aludir à imagem da construção de pontes serve como poderoso instrumento de navegação pelo romance de J.M. Coetzee, em que pesem as saborosas e por vezes mal-humoradas contendas da protagonista com familiares, intelectuais ou admiradores. A personagem-título, uma prestigiada escritora veterana, lida com ideias morais, filosóficas e estéticas sem perder de vista o substrato da vida. Sua inquietude figura nos traços de personalidade e de linguagem, como bem cultiva o monólogo de mesmo nome idealizado e atuado por Lavínia Pannunzio com adaptação e direção de Leonardo Ventura.

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Crítica

Numa situação hipotética, daqui a cem anos pesquisadores passarão a espátula no quadro da produção cênica desta segunda década do século 21 e chegarão às camadas constitutivas de Domínio público. À luz da ciência, resplandecerá um contra-argumento sutil à sordidez, ao falso moralismo, à cultura do linchamento, ao elogio da mediocridade como estratégia distorciva, vide a que culminou em obscurantismo no cenário do país.

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