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“Evaldo Mocarzel"

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Artigo

A liberdade de criação e a memória das artes do corpo estão sendo ameaçadas pelo puritanismo que domina as plataformas digitais e as redes sociais.

De 2006 a 2018, fiz uma imersão profunda nos processos de criação colaborativa de diversos grupos de teatro de São Paulo, que gerou mais de 20 documentários, dezenas de registros de espetáculos, uma série televisiva com oito programas de 26 minutos cada um, para o Canal Brasil, intitulada Teatro sem fronteiras; a curadoria e a mediação de um ciclo de debates e uma mostra de filmes no Itaú Cultural sobre a efervescência e a vitalidade da cena paulistana contemporânea; e ainda uma tese de doutorado na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) acerca das novas dramaturgias das companhias teatrais, criadas em processo colaborativo e que eu chamo de “dramáticas fraturadas”, fissuradas por estratégias de linguagem engendradas como uma espécie de travessia a irrupções do inesperado que costumamos chamar de “real”.

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Reportagem

Assuntos polêmicos e conflitos violentos já foram muito bem retratados no cinema sob a ótica infantil, como no caso de O menino do pijama listrado, A culpa é do Fidel e A vida é bela. O diretor Nelson Baskerville busca este olhar através do teatro. Trata-se da peça As estrelas cadentes do meu céu são feitas de bombas do inimigo, que tem sessões quinta e sexta-feira, às 19h, no Teatro do Sesc (Alberto Bins, 665), dentro do Palco Giratório Sesc-RS. Leia mais

Folha de S.Paulo

São Paulo, quarta-feira, 11 de outubro de 2006

TEATRO
Evaldo Mocarzel, que acaba de receber prêmio por “Do Luto À Luta”, é o diretor

VALMIR SANTOS 
Da Reportagem Local

O espetáculo “BR-3”, do grupo Teatro da Vertigem, será materializado em película, para além da memória daqueles que o assistiram ao vivo. 

“BR-3”, o filme, virá com assinatura de Evaldo Mocarzel. Na verdade, serão dois registros: um, “fidelíssimo” à montagem, e outro, documentário propriamente dito, decomposição do processo de cerca de três anos, incluindo expedição do grupo por Brasília e Acre. 

Ocorreram apenas 50 apresentações em São Paulo, entre março e maio, num trecho do rio Tietê. A temporada foi interrompida por falta de recursos para uso de embarcações que conduzem público e elenco por leito, margens e pontes. Das cerca de 170 horas de gravação (boa parte delas captadas por nove câmaras), editou-se um clipe de dez minutos, em exibição até novembro na Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza. 

O mesmo é projetado hoje na programação do 7º riocenacontemporânea, o festival internacional de artes cênicas do Rio. “O espetáculo fez uma intervenção urbana. O rio é o espelho da cidade, e São Paulo tem dificuldade em se ver nesse espelho narciso, comatoso e pútrido”, diz Mocarzel, 46, que está em busca de recursos para finalização do projeto. 

“BR-3” obteve seis indicações ao Prêmio Shell 2006. Por enquanto, não há perspectiva de reestréia. O festival riocena estuda para 2007 apresentações da peça na baía de Guanabara (www.riocenacontemporanea.com.br).



O jornalista VALMIR SANTOS viajou a convite da organização do 7º riocenacontemporânea