Menu

Publicações com a tag:

“Festival de Teatro de Fortaleza"

Publicações com a tag:

“Festival de Teatro de Fortaleza"

Crítica

Estreada em Salvador a poucas semanas dos protestos de junho, A conferência exprime com argúcia o poder da arte em prenunciar becos e ser reticente quanto a saídas diretas – porque aí seriam outros quinhentos em termos de ativismo. Leia mais

Crítica

Há intimidades e intimidades. Em que medida desnudar-se é estar por inteiro diante do outro? A mão na face projeta poros da percepção da verdade que lentes de webcan não dão conta. O Grupo Bagaceira de Teatro compõe um realismo radical em todos os aspectos desse espetáculo, pode-se dizer, afluente da dramaturgia de Plínio Marcos (1935-1999) pelo talhe da carne e da alma. Veludos e Neusas Suelis são entreouvidos.

Leia mais

Crítica

O grupo Pavilhão da Magnólia coloca para si missão à altura de seus 11 anos de atuação na capital cearense: recriar no palco o romance infantojuvenil Luna Clara & Apolo Onze, de Adriana Falcão. Um núcleo de poucas ambições artísticas não se daria a esse trabalho. Leia mais

Crítica

Misturas factuais e ficcionais embasam algumas das experiências mais inquietantes da cena contemporânea. Um teatro do ‘eu’ vem a público para estilhaçar o cada um por si e suscitar individuações. O recém-criado Coletivo Casulo, com egressos da graduação de artes cênicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, o IFCE, recolhe feridas e cicatrizes biográficas para convertê-las em arte. Nada de novo nesse procedimento, mas como não atirar-se ao divã em público? Achados & perdidos escolhe a performance e a instalação como suportes de um inventário afetivo. Leia mais

Crítica

A forte identificação que o monólogo Aurora boreal estabelece com o espectador constitui seu paradoxo. O autor, diretor e ator Dionízio do Apodi, do grupo potiguar O Pessoal do Tarará, sediado em Mossoró há 11 anos, amarra de tal forma a empatia em torno do relato que chega a abri-lo à intervenção do público, instado a assumir em cena algum testemunho de coragem como aquele empreendido até ali pelo artista (colocando-se sob holofotes) e do personagem (narrando a superação de um dilema existencial). A interação é movediça. As concessões, idem. Leia mais

Crítica

As duas peças de Rafael Barbosa apresentadas na semana do Festival de Teatro de Fortaleza tocam em meandros dessa arte e dos seus fazedores. Metrópole, com a Companhia Inquieta de Teatro, e Ô, putaria, com o Grupo Teatro em Película, urdem os dilemas da produção da cidade e do próprio artista em construção. Em vez de ansiedade metalinguística, a profícua obra de juventude – ele tem 23 anos e pelo menos dez textos – é talhada pelo desejo de contar histórias dispondo muitas pedras metafísicas e tragicômicas no meio do caminho. Leia mais

Crítica

Os sujeitos de Metrópole antagonizam o ensimesmar-se e a extroversão. Eu e mundo. Afeto e dilaceração. Casa e cidade. Íntimo e urbano. Os movimentos da vida que há anos separaram os irmãos agora despontam invertidos. Caetano, o ressentido com o teatro, recebe em sua toca a visita de Charles, o jovem ator que o incita a obstinar como d’antes. Em vão? Leia mais

Crítica

Numa feira apinhada do Bom Jardim, na periferia de Fortaleza, a palhaça Nada puxa seu carrinho de bugigangas e disputa espaço com feirantes, fregueses, sacolas, bicicletas, motocicletas e outros carrinhos de mão improvisados como carreto. Nariz do tamanho de uma maça, peruca de fios encaracolados e macacão azul e amarelo não deixam dúvidas de que ela está na contramão do ambiente aparentemente informal, ao ar livre. Lugar de comprar, trocar e vender desde tempos medievais. Leia mais

Crítica

Travestir é verbo teatral por excelência. O ator, diretor e dramaturgo Silvero Pereira faz o prólogo com vestido vermelho e salto alto. Em seguida, despe-se do gênero, troca o calçado por botas e coloca roupa preta base. Camisa regata e calça. É com elas, mais o cabelão comum, que entrelaça sua condição à de outros travestis e transformistas com os quais comunga na estrada da vida. O figurino enlutado dá margem às dores físicas e imorais que rondam a narrativa assim como pode servir às exigências do desempenho corporal nos momentos solares. Leia mais