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“Flávio Império"

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Artigo

Maria Coragem

4.6.2020  |  por Valmir Santos

Na sessão de estreia de Mãe coragem e seus filhos no 11º Festival de Curitiba, em 22 de março de 2002, Maria Alice Vergueiro tropeçou no tablado e caiu na cena final. Era o momento em que a personagem puxa a carroça cenográfica, dessa vez sozinha, pois perdeu os três filhos para a guerra, sendo a caçula morta havia poucos minutos. Pragmática, Anna Fierling segue no encalço do próximo regimento para exercer o seu comércio ambulante de comida e bebida junto aos soldados. Assim que as cortinas do Teatro Guairinha se fecharam, a atriz foi acolhida por pessoas do elenco e da equipe que a acompanharam a um hospital. “Até que ficou bem a Coragem caída naquele momento”, brincou no trajeto. Ela deslocou o ombro direito, sentiu dores, mas não recuou do compromisso da apresentação na noite seguinte.

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Reportagem

O paulista Flávio Império (1935-1985) é um marco na cenografia dos palcos brasileiros. Rompeu com estruturas preestabelecidas, somando-se ao fazer teatral provocativo e extremamente ousado que nasceu no País na década de 1960. Está na ficha técnica dos principais espetáculos nacionais e também na arquitetura de importantes edificações erguidas por aqui. Leia mais

Resenha

Em artigo publicado no catálogo de uma exposição voltada à obra do paulistano Flávio Império (1935-1985), no final da década de 1990, o milanês Gianni Ratto (1916-2005) prospectava como seria interessante escrever uma história do teatro brasileiro analisada sob a ótica de seus cenógrafos. Radicado no país desde 1954, ele questionava até que ponto a “grafia da cena” influenciou os processos criativos como a dramaturgia o fez na evolução da nossa modernidade dos palcos – e da qual ele foi um dos protagonistas. Cioso do texto como epicentro, legado de sua geração na Europa, não escondia o ceticismo da falta de correspondência qualitativa no caso brasileiro porque “muitas vezes a dramaturgia teria sido muito melhor servida se seus textos tivessem sido apresentados vestidos somente da esplêndida nudez de suas palavras”. Leia mais

Crítica

O solo Eu não dava praquilo se sobressai ao historiar a vida de Myrian Muniz (1931-2004) e, com ela, rememorar personalidades e situações indicativas da modernização do teatro brasileiro em seu período essencial de consolidação nas décadas 1960 e 1970.

Cassio Scapin, na atuação e coautoria do roteiro, e Elias Andreato, na direção, evitam os tons saudosista ou didático. Vão direto ao ponto: simplesmente dão passagem ao pensamento humanista e à arte que a atriz paulista tomava por sagrada. Leia mais