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Reportagem

Rever a volta e além

20.3.2023  |  por Teatrojornal

Foto de capa: Caio Oviedo

De quando em quando, é preciso parar e pensar mais detidamente a propósito do caminho pisado até aqui. No caso da realidade brasileira em tela, a tarefa da reflexão ativa é redobrada pela combinação da pandemia de Covid-19 (principiada em março de 2020 e ora arrefecida) com os anos Bolsonaro no poder (2019-2022). É sob o impacto de transformações na sociedade, inscritas na linha de tempo de duas décadas para cá, que a partir de segunda-feira (20) o TUSP – Teatro da Universidade de São Paulo, na região central da cidade, realiza o ciclo de debates Roda de memória do futuro, compreendendo nove noites semanais até maio.

Cada encontro gratuito apresenta um tema a ser examinado por três debatedores. São convidados artistas, pesquisadores, professores e gestores no campo das artes da presença. A maioria trabalha na capital paulista, como o diretor José Celso Martinez Corrêa, do grupo Oficina Uzyna Uzona; as dramaturgas Dione Carlos e Ave Terrena; a atriz, dramaturga e diretora Grace Passô; as atrizes e diretoras Lucélia Sérgio (Cia Os Crespos), Naruna Costa (Grupo Clariô), Janaina Leite (Grupo XIX); bem como vozes-corpos exteriores à cultura cênica, a exemplo do ambientalista, escritor e líder indígena Ailton Krenak (MG) e o psicanalista Tales Ab’Saber (SP), entre outros nomes.

A ‘Roda de memória do futuro’ é uma das ações que a coordenação do TUSP – Teatro da Universidade de São Paulo programou como tentativa de ‘responder ao momento histórico de restauração de políticas culturais mais consistentes, depois do período predatório da arte e da cultura nos últimos quatro anos’

Sabe-se que em três anos a pandemia já matou mais de 699 mil pessoas no país. É fato que a crise sanitária escalou na criminosa gestão da saúde no mandato anterior. Estudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) comprovaram o excesso de mortes por falta de planejamento do governo. Talvez a ponta do iceberg no cenário de terra arrasada em diferentes áreas.

A Roda de memória do futuro é uma das ações que a coordenação do TUSP programou como tentativa de “responder ao momento histórico de restauração de políticas culturais mais consistentes, depois do período predatório da arte e da cultura nos últimos quatro anos”, segundo o informativo de imprensa. “A ideia é que estes sirvam como disparadores de uma discussão que se pretende ampla e democrática, e que reverbere por toda a roda, colhendo opiniões e visões que colaborem e fundamentem uma nova política pública para o teatro brasileiro.”

A seguir, datas, temas e participantes do evento.

20 de março

Lei de fomento & novas impossibilidades: financiamento, produção e distribuição

Com: Rudifran Pompeu, presidente da Cooperativa Paulista de Teatro, ator, diretor, produtor e dramaturgo no Grupo Redimunho de Investigação Teatral; Aury Porto, ator e diretor na mundana companhia; e José Fernando Peixoto de Azevedo, dramaturgo, diretor e professor na Escola de Arte Dramática (EAD) da Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP).

27 de março

O cordão de ouro da periferia

Com: Dione Carlos, dramaturga; Lucélia Sérgio, atriz e diretora na Cia Os Crespos; e Naruna Costa, atriz e diretora no Grupo Clariô na cidade de Taboão da Serra, Grande São Paulo.

3 de abril

Teatro e política: dissidências e resistências

Com: Alexandre Dal Farra, dramaturgo e diretor no grupo Tablado de Arruar; Georgette Fadel, atriz e diretora na Cia São Jorge de Variedades e colaboradora em outros núcleos artísticos; e Ademir de Almeida, ator, diretor e dramaturgo na Brava Companhia.

10 de abril

Formação de Público, Escola do Espectador e Roda dos Espectadores

Com: Flávio Desgranges, pesquisador e professor na Universidade Estado de Santa Catarina (Udesc); Dagoberto Feliz, ator, palhaço, diretor e músico no grupo Folias d’Arte; e Andréia Caruso, pesquisadora e diretora geral no Theatro Municipal de São Paulo [substituída por Ana Lucia Lopes, gerente de formação, acervo e memória no Theatro Municipal de São Paulo].

17 de abril

Pesquisa continuada na universidade e no teatro: invenção e manutenção

Com: Biagio Pecorelli, pesquisador, ator e dramaturgo no grupo A Motosserra Perfumada; Thiago Vasconcelos, ator e diretor na Companhia Antropofágica de Teatro; e Miguel Rocha, diretor na Companhia de Teatro Heliópolis.

24 de abril

Escolas de formação & grupos formadores: forjar amadores ou formar profissionais?

Com: Christiane Paoli Quito, diretora na Cia. Nova Dança 4 e professora na EAD/ECA-USP; Antônio Januzeli, diretor, pesquisador e professor aposentado no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas na ECA-USP; e Ave Terrena, dramaturga, poeta, diretora, performer e docente na Escola Livre de Teatro (ELT) de Santo André (SP).

8 de maio

Cena expandida: cinema e TV, mídias e cenas virtuais.

Com: Grace Passô, atriz, dramaturga e diretora; Leonardo Moreira, diretor e dramaturgo na Cia. Hiato; e Evaldo Mocarzel, jornalista, cineasta, dramaturgo, pesquisador e professor de artes.

15 de maio

Trauma, cenas de ruptura e derivas libertárias.

Com: Tales Ab’Saber, psicanalista e professor na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); Luiz Päetow, ator, diretor, dramaturgo e tradutor; e Janaina Leite, atriz, diretora e dramaturga no Grupo XIX e colaboradora em diferentes coletivos.

22 de maio

A memória do futuro, os desastres no retrovisor e a utopia renitente

Com: José Celso Martinez Corrêa, ator, diretor e dramaturgo no Oficina Uzyna Uzona [o artista teve impedimento para participar]; Ailton Krenak, ambientalista, escritor e líder indígena junto ao povo Krenak, na região do vale do rio Doce (MG); e Cibele Forjaz, diretora e iluminadora na Cia. Livre e professora no Departamento de Artes Cênicas da ECA-USP.

Sesc Pompeia A atriz Naruna Costa, do Grupo Clariô de Teatro, participa do ciclo ‘Roda de memória do futuro’ na mesa ‘O cordão de ouro da periferia’, ao lado da dramaturga Dione Carlos e da atriz e diretora Lucélia Sérgio, da Cia Os Crespos

Odisseia

Dos participantes da atual Roda de memória do futuro, Zé Celso foi o único presente no ciclo Odisseia do teatro brasileiro, iniciativa do então Ágora – Centro de Desenvolvimento Teatral (CDT), hoje apenas Ágora Teatral, idealizado pelo ator Celso Frateschi e pelo diretor Roberto Lage. Os encontros ocorreram entre 14 e 26 de agosto de 2000 no referido espaço de apresentações, cursos e debates na rua Rui Barbosa, bairro do Bixiga.

As falas do diretor Gianni Ratto e do diretor e dramaturgo Fauzi Arap; dos dramaturgos Aimar Labaki e Gianfrancesco Guarnieri; do ator e pesquisador Fernando Peixoto e do diretor e dramaturgo Sérgio de Carvalho (Companhia do Latão); dos diretores Eduardo Tolentino de Araújo (Tapa), Enrique Diaz (Cia. dos Atores) e Antônio Araújo (Teatro da Vertigem); do diretor Aderbal Freire-Filho e do diretor, dramaturgo e ator João das Neves; do dramaturgo Márcio Souza e do ator, diretor e palhaço Luiz Carlos Vasconcelos; e do ator Paulo Autran, do diretor e dramaturgo Augusto Boal e do diretor Antunes Filho, enfim, todas essas vozes foram editadas no livro Odisseia do teatro brasileiro (Editora Senac, 2002), organizado pela diretora e professora Silvana Garcia, da EAD/ECA-USP.

A distância temporal entre Odisseia e Roda corresponde a pouco mais de duas décadas às quais a jornada reflexiva no TUSP se atém e assim acena às personalidades, como que convidadas a olharem no retrovisor e meditarem sobre o porvir com o pé no hoje. Na virada de milênio, parte do meio teatral, sobretudo os grupos, estava imersa em inquietudes e mobilizações que passaram por articulações junto à Câmara Municipal e dali a meses culminariam na aprovação do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo, lei vigente desde 2002.

Frateschi assim descreve a alusão ao poema épico atribuído ao grego Homero:

“Já haviam transcorrido duas décadas desde que Ulisses embarcara com os exércitos gregos para a campanha de Tróia. Em Ítaca reinavam o desmando e o desmanche material e moral, promovidos pelos pretendentes da rainha Penélope na tentativa de se apoderar da ilha afortunada. Foi preciso a interferência de Palas Atena, a deusa da inteligência e da sabedoria, para que Telêmaco, o filho de Ulisses e Penélope, estancasse a sangria que empobrecia seu país e reencontrasse o rumo que facilitaria a retomada de Ítaca por quem a ela tinha direito”, afirma.

“Como ‘Telêmacos’, buscaremos inspiração na deusa Palas Atena para refletir sobre a nossa história recente, na tentativa de ajudar a construir em pensamento teatral que seja útil na construção de um teatro contemporâneo em condição de contribuir para o desenvolvimento humano.”

Lilo Clareto/El País Aqui no subterrâneo da passarela do Teatro Oficina, Zé Celso vai encerrar o ciclo em maio com o tema ‘A memória do futuro, os desastres no retrovisor e a utopia renitente’, mesa da qual participam também o ambientalista, escritor e líder indígena Ailton Krenak e a diretora, iluminadora e professora Cibele Forjaz, da Cia. Livre

Pós-Trauma

Desde a semana passada a mesma sala do TUSP, na rua Maria Antônia, abriga a Mostra Teatro Pós-Trauma. Estão programadas as temporadas dos espetáculos oresteia.br, com a Prezada Companhia de Teatro e direção de José Fernando Peixoto de Azevedo; Um memorial para Antígona, com o comitê escondido e direção de Vicente Antunes Ramos; e Verdade, com o Tablado de Arruar, dramaturgia e direção de Alexandre Dal Farra.

Em cartaz até 9 de abril, oresteia.br resulta do processo de montagem no âmbito da Escola de Arte Dramática (EAD/ECA-USP), em 2022, com textos de Ésquilo, Eurípides e Pier Paolo Pasolini. Segundo Azevedo, o trabalho nasce da tentativa de elaborar algumas perguntas em meio a tanta perplexidade a nos tomar. “O que ainda podemos fazer juntos? Quem integra o coro? Qual o valor de uso da mentira? Como pronunciar palavras propícias? Ao texto de Ésquilo somamos trechos de Eurípides (Ifigênia em Áulis) e de Pasolini (Pílades), compondo um material que nos permite cravar na encruzilhada-Brasil nossos corpos em estado de combate.”

“Olhar no olho da tragédia”. Era assim que o dramaturgo Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha, esboçava os termos de um programa de trabalho (interrompido pela morte precoce em 1974), visando a compreensão daquilo que, à época, chamavam “vida nacional”.

É assim que, em 2023, o diretor-professor e alunos ou ex-alunos voltam à tragédia e, com os olhos do presente, lançam suas perguntas ao material. E o fazem no momento em que as práticas de extermínio confrontam as perspectivas democráticas. “Na contramão da visão trágica grega, a ‘nossa tragédia’ evidencia: o sofrimento nada ensina”, diz o informativo de divulgação.  

Para Azevedo, “resta-nos um pouco de uma certa consciência trágica: reconhecer a distância que separa aquilo que imaginamos ser daquilo que nos tornamos, e escolher seguir. Alguns ainda dão, a essa fratura, o nome de Brasil”.

A diretora musical Carmina Juarez define oresteia.br como “uma travessia de resistência pelas invocações: do prelúdio às bengaladas, do balbucio às vociferações”.

Em cena, desenvolve-se a saga dos Átridas, desde o sacrifício de Ifigênia, pelo pai, o rei Agamêmnon, como condição para a partida das frotas, até a destruição de Tróia e o resgate de Helena, sequestrada por Páris. Dez anos depois, em seu retorno, Agamêmnon é assassinado pela rainha Clitemnestra e seu amante Egisto, como vingança pela morte da filha. Tempos depois, o filho, Orestes, com a ajuda da irmã, Electra, vinga a morte do pai, assassinando a mãe, o que o leva a um julgamento no contexto de um novo tribunal, instaurado pela deusa Atena.

Próximas temporadas

De 20 de abril a 14 de maio, Um memorial para Antígona dá sequência à investigação cênica do coletivo interdisciplinar comitê escondido, em atividade desde 2017. A trama parte da construção ficcional da tragédia grega escrita por Sófocles para discutir sobre o pacto nacional que se estabeleceu no Brasil na transição entre a ditadura civil-militar (1964-1985) e o período democrático. Na encenação de Ramos, sobem à cena atores e atrizes que manipulam documentos sobre a criação da Lei da Anistia de 1979, mecanismo responsável por perdoar os crimes cometidos por agentes do Estado que tinham por alvo quem lutou contra o regime de exceção. Por meio de depoimentos de personagens gregas, conta-se o mito da Antígona com eco na história nacional.

E de 25 de maio a 18 de junho, Verdade parte de situações e personagens reais em momentos decisivos da história recente. O Tablado de Arruar e Dal Farra procuram rastrear, desde 2005, o papel do Exército Brasileiro nessas transformações. Refazem os caminhos da ascensão de um dos maiores exemplos mundiais da extrema direita contemporânea no poder, sob os quatro anos de Bolsonaro, imaginando situações que jamais teremos como acessar.

Otávio Dantas Clayton Mariano, à frente, e André Capuano e Gabriela Elias, ao fundo, contracenam em ‘Verdade’, texto e direção de Alexandre Dal Farra junto ao Tablado de Arruar; o espetáculo foi escalado para a Mostra Teatro Pós-Trauma e faz temporada entre maio e junho

Rádio

Na semana passada estreou Rádio TUSP, um espaço radiofônico e podcast das artes cênicas que vai ao ar todo sábado, às 18h, pela Rádio USP. O programa de 30 minutos conta com quadros variados sobre teatro brasileiro abordando dramaturgia, entrevistas, peças radiofônicas, memória do teatro universitário, música, debates e demais veredas.

O primeiro episódio trata da recepção do poeta e dramaturgo alemão Bertolt Brecht no Brasil e os 26 anos de existência da Companhia do Latão. Para tanto, entrevista o diretor e dramaturgo Sérgio de Carvalho, um de seus fundadores, também professor no Departamento de Artes Cênicas da ECA-USP.

Rádio TUSP vai ao ar pela Rádio USP de São Paulo (93,7 MHz) e de Ribeirão Preto (107,9 MHz), bem como está disponível no streaming da emissora no site do Jornal da USP, na área de podcasts. Apresentação da musicista, flautista, compositora e pesquisadora Cynthia Gusmão e do professor e pesquisador Luiz Fernando Ramos, do Departamento de Artes Cênicas da ECA-USP e atual diretor do TUSP.

Teatro estudantil

Ainda dentro da programação especial, no TUSP Butantã, dentro do Centro Cultural Camargo Guarnieri, no campus da Cidade Universitária, ocorrerá entre os dias 23 e 25 de março o encontro Pensar/fazer teatro universitário, reunindo especialistas, estudantes de graduação e pós-graduação em artes cênicas e grupos de teatro amadores da USP para discutir o teatro estudantil contemporaneamente. A iniciativa é do Grupo de Estudos em Curadoria das Artes Cênicas.

A cada dia acontecem debates sobre produção teatral na universidade, aulas especiais com nomes como Eleonora Fabião, artista que realiza ações performativas e professora na UFRJ. Ela versará sobre “O que eu aprendo com o outro? Territórios do afeto e do encontro”. Acontecem ainda atividades com Celso Frateschi, Janaina Leite, o ator e produtor Marcos Felipe (Cia. Mungunzá), a gestora Galiana Brasil (Itaú Cultural) e o ator, diretor e pesquisador Abílio Tavares (Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária). Haverá compartilhamentos de processos criativos de coletivos uspianos de teatro. O evento é gratuito.

Serviço:

Roda de memória do futuro

20 de março a 22 de maio

Segunda-feira, 20h

TUSP – Teatro da Universidade de São Paulo – Centro Universitário Maria Antônia (Rua Maria Antônia, 294, Vila Buarque, tel. 11 3123-5222).

Encontros gratuitos

*

Mostra Teatro Pós-Trauma

16 de março a 9 de abril | oresteia.br | Prezada Companhia de Teatro | direção José Fernando Peixoto de Azevedo

20 de abril a 14 de maio | Um memorial para Antígona | comitê escondido | direção Vicente Antunes Ramos

25 de maio a 18 de junho | Verdade | Tablado de Arruar | direção Alexandre Dal Farra

Caio Oviedo Artista da Prezada Companhia em cena de ‘oresteia.br’, em que textos de Ésquilo, Eurípides e Pier Paolo Pasolini subsidiam espaço de cena, dramaturgia e direção geral de José Fernando Peixoto de Azevedo

oresteia.br

Quinta, sexta e sábado, 19h; domingo, 17h. Até 9 de abril.

TUSP – Teatro da Universidade de São Paulo

R$ 40

4 horas de duração

16 anos

80 lugares

Ficha técnica:

oresteia.br

Textos: Ésquilo, Eurípides e Pier Paolo Pasolini

Espaço de cena, dramaturgia  e direção geral: José Fernando Peixoto de Azevedo

Com: Bruno Vaz, Caio Nogali, Daiane Gomes, Luisa Silva, Preto Vidal, Thai Muniz e Tricka Carvalho

Direção musical e práticas da voz:  Carmina Juarez

Piano: Arthur Caetano

Câmera em cena/Imagens: André Voulgaris

Desenho de luz e operação: Denilson Marques

Trilha sonora: José Fernando Peixoto de Azevedo, Carmina Juarez, Prezada Companhia

Edição de vídeo: Caio Nogali

Figurino: José Fernando Peixoto de Azevedo, Prezada Companhia e Silvana Carvalho

Confecção de figurino: Silvana Carvalho

Cenotécnica: Nilton Ruiz e Zito Rodrigues

Adereços/Objetos de cena: Paulo Basílio

Preparação corporal e assistência de direção (primeira fase): Fernando Vicente

Preparação corporal (segunda fase): Ana Maria A. Miranda

Trabalho com máscaras: Bete Dorgam

Estilização de máscaras: Thai Muniz

Consultoria teórica: Beatriz de Paoli, JAA Torrano, Milena Faria e Sandra Sproesser

Traduções: Oresteia, de Ésquilo –  Manuel de Oliveira Pulquério; JAA Torrano; Ifigênia, de Eurípides – JAA Torrano; Pílades, de Pier Paolo Pasolini – Alex Calheiros, Oresteia, o canto do bode – adaptação de Reinaldo Maia

Projeto gráfico: Dalua Criações

Fotografia: Caio Oviedo e Andréa Menegon

Colaboraram durante o processo (vídeo): Gabriel Siviero, Diego Oliveira, Igor Barreto e Rai do Sol

Produção: Corpo Rastreado, José Fernando Peixoto de Azevedo e Prezada Companhia

Apoio: Escola de Arte Dramática – EAD/ECA-USP

Espetáculo realizado originalmente no contexto da Escola de Arte Dramática.

Pela equipe do site Teatrojornal - Leituras de Cena.

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