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Crítica

Os 450 anos de William Shakespeare quase passaram despercebidos pela cena teatral pernambucana, no tangente a grandes apostas de montagens. Quase passou, não fossem duas versões pontuais de Rei Lear, encenadas neste ano. A primeira, com dramaturgismo e coadaptação de Luís Reis e direção de Marianne Consentino, foi uma adaptação para a estética mambembe do clássico, apresentada no início do ano. A segunda, um experimento do carioca Moacir Chaves, que estreou no Recife em novembro. Dona de uma estética de desconstrução afiadíssima, a montagem explora as ferramentas visuais e sonoras do teatro para construir um trabalho pautado no olhar característico do diretor, que utiliza a voz do ator como eixo central da interpretação. Leia mais

Nota

O pesquisador Cassiano Sydow Quilici aborda “A contemplação reconsiderada: artes performativas e a questão da percepção” em palestra que acontece sábado (6/12/), das 10h às 12h30, no Espaço Sergipe, em São Paulo. O encontro tratará de ações artísticas recentes que dialogam com práticas e tradições contemplativas para problematizar modos de percepção predominantes na sociedade contemporânea. Serão comentados trabalhos do vídeo-artista norte-americano Bill Viola e o processo de criação da performance A casa vazia do viajante, concebida pelo palestrante. Leia mais

Crítica

Deuses e fantasmas do teatro rondam o espetáculo Viagem aos campos de alfenim. Em sua primeira incursão pela dramaturgia, o diretor João Marcelino pede a bênção a Luigi Pirandello e a Fellini, para ficar em dois mestres das epifanias cênica e cinematográfica, ao revolver aspectos etéreos e divinos dos bastidores do teatro. A criação da Cia. A Máscara de Teatro, de Mossoró (RN), fala da perseverança ancestral dos artistas em sonhar e fazer por onde independente das tempestades emocionais, econômicas e existenciais que enfrentam para trazer à luz as “histórias que insistem em ser contadas”. Leia mais

Crítica

Os quatro amigos escudeiros do cachaceiro-pai da ralé assumem o leme do narrador da novela A morte e a morte de Quincas berro d´água, de Jorge Amado, esgarçando ainda mais as contradições entre o homem de passado burguês e aquele que gozava a malandragem em grande estilo. Adaptado e dirigido por Daniel Porpino, o espetáculo Quincas (2012), do Grupo de Teatro Osfodidário, de João Pessoa, emerge aspectos arquetípicos do subúrbio soteropolitano e receptivos no imaginário nacional. Leia mais

Crítica

O teatro de rua se alimenta da cultura popular para expor as vísceras e contradições de um Brasil, geralmente a partir do Nordeste. Na visão dessa dramaturgia, o nordestino é essencialmente um pobre coitado e ingênuo que sobrevive do que o destino lhe reserva, levando em conta a querência de um Deus que castiga. A bravura e a resistência surgem invariavelmente como contrapontos sustentados, na literatura, pelo pensamento euclidiano que funciona quase que como uma sentença: “o sertanejo é, antes de tudo, um forte”. Na esteira dessa peleja do homem contra seu destino, o humor apimenta o maniqueísmo de um bem e um mal retratados de forma alegórica. E o espetáculo apresenta seu juízo final a partir da consciência de seus protagonistas. Leia mais

Nota

Reunidos ontem à noite (1º/12) na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, as comissões da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) consolidou os seguintes premiados de 2014 nas expressões cênicas. A cerimônia de entrega será no primeiro trimestre do ano que vem.

Teatro
Grande Prêmio da Crítica: Laura Cardoso
Espetáculo: O homem de la Mancha e Pessoas perfeitas
Diretor: Marco Antonio Pâmio, por Assim é (se lhe parece)
Dramaturgia: Newton Moreno e Alessandro Toller, por O grande circo místico
Ator: Cleto Bacci, por O homem de la Mancha
Atriz: Laila Garin, por Elis, a musical
Prêmio Especial: MITsp (Mostra Internacional de Teatro de São Paulo) Leia mais

Reportagem

Uma mãe poderia não reconhecer seu filho? O franco-argelino Albert Camus (1913-1960) – ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 1957 – é o autor da peça O mal entendido, cuja primeira montagem ocorreu em 1944. Exatamente 70 anos depois, seu texto tem ressonância na vida contemporânea. Na história, um homem volta a seu país de origem, depois de viver mais de 20 anos em terras estrangeiras. Sua mãe e sua irmã, que trabalham em uma hospedaria, não o reconhecem. Ele aluga um quarto para passar uma noite na esperança de que elas possam vir a identificá-lo, e em consequência de um mal-entendido, uma tragédia ocorre. Leia mais

Nota

Ao longo desta primeira quinzena de dezembro o Projeto Fauzi Arap ocupa o Teatro Popular do Sesi e o Espaço Mezanino, ambos no Centro Cultural Fiesp, em São Paulo, com montagens e leituras de peças do dramaturgo e diretor morto em 5 de dezembro de 2013, aos 75 anos. Leia mais

Nota

Cerca de 7 mil pessoas acompanharam os 25 espetáculos e as atividades formativas e reflexivas do 21º Fentepp, o Festival Nacional de Teatro de Presidente Prudente, que terminou no sábado (29/11) após nove dias de programação. A região do oeste paulista recebeu núcleos artísticos de ponta da capital e do país, como a Cia. Oficina Uzyna Uzona, dirigida por José Celso Martinez Correa), e a conjunção Centro de Pesquisa Teatral (CPT) e Grupo de Teatro Macunaíma, respectivamente coordenado e dirigido por Antunes Filho, e a Cia. dos Atores, do Rio. Leia mais

Nota

As transformações nos modos de produzir, de criar e de pesquisar em teatro de grupo sob parâmetros inéditos de políticas públicas são flagrantes na vigência do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo (Lei nº 13.279, de 8 de janeiro de 2002). Percepção refletida ao longo de nove textos e uma cartografia no livro Fomento ao Teatro: 12 anos (Imprensa Oficial do Estado). O lançamento acontece na segunda-feira (1º/12), às 19h, na Praça das Artes, região central, com direito a distribuição gratuita de exemplares e apresentação da banda da Companhia do Tijolo (do espetáculo Cantata para um bastidor de utopias). Leia mais