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“Mariano Pensotti"

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Crítica

Em seus intentos artísticos, políticos e reflexivos, a Mostra Internacional de Teatro, a MITsp, honrou os marcos lançados em sua primeira jornada de 11 dias e 11 espetáculos encerrada ontem. Restabeleceu o lugar de um evento desse porte na agenda cultural da cidade, fora da escala da indústria do entretenimento (em analogia ao Festival Internacional de Artes Cênicas, de Ruth Escobar, que cumpriu nove edições entre 1974 e 1999). Incitou o interesse do espectador pelo teatro de pesquisa. Sublinhou a mediação crítica em todos os quadrantes, por um espectador ativo. E abriu-se aos estudantes e docentes de artes cênicas na graduação e na pós, inclusive vindos de outras praças. Leia mais

Crítica

A certa altura do espetáculo Cineastas, a declaração de um dos personagens saltou aos ouvidos: “o cinema é o ser humano fazendo o tempo parar”. Enquanto no cinema o instante se deixa capturar e reproduzir pelo aparato tecnológico, no teatro há mais coerência em dizer que ele é experimentado em conjunto. Por isso mesmo, a característica da efemeridade mostra-se, como sabemos, uma das mais intrínsecas à atividade teatral. Atores e espectadores estão em busca de uma vivência compartilhada, da fruição de pulsões e desejos, que não se dão numa via de mão única: acontecem tanto do palco para a plateia quanto vice-versa, mas significam efetivamente tempo, acontecimento e, geralmente, espaço divididos. Leia mais

Reportagem

São Paulo não precisa de um festival. Há uma infinidade de espetáculos em cartaz. E as produções internacionais nunca estiveram tão presentes. Essa era a percepção de produtores e gestores culturais da cidade. Mas Antonio Araujo, diretor do Teatro da Vertigem, e Guilherme Marques, diretor do teatro CIT- Ecum, não pensavam assim. “Fala-se que a cidade é grande demais. Dispersiva demais para um festival. Essas desculpas nunca me convenceram”, diz Araujo. A MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo nasce dessa percepção. Leia mais

Nota

Anunciada em dezembro, até então com oito espetáculos confirmados, a Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, a MITsp, consolidou a lista de 11 obras que vão compor a programação da sua primeira edição, de 8 a 16 de março. As três que acabaram de ser fechadas elevam para quatro os núcleos artísticos baseados na América do Sul. Já se sabia de Cineastas, do argentino Mariano Pensotti. Bastante conhecido do circuito de festivais do país (Neva), o dramaturgo e diretor chileno Guillermo Calderón traz sua peça mais recente, Escola, de contundente abordagem política, como era de se esperar: na década de 1980, militantes de esquerda recebem treinamento paramilitar para resistir e derrubar a ditadura do general Pinochet. De Montevidéu, o grupo Pequeno Teatro de Morondanga apresenta  Bem-vindo à casa, encenação de Roberto Suárez considerada das mais inovadoras da temporada de 2012. Dividida em dois episódios, um por sessão, a peça é autodefinida como uma tragicomédia de humor negro em torno do destino “do incrível homem elefante”, aquele levado a público como aberração na Inglaterra vitoriana, drama histórico que David Lynch já abordou no cinema. A única criação brasileira na MITsp é assinada pelo coreógrafo, diretor e pesquisador Marcelo Evelin, cujo trabalho e a vida transitam há anos o Brasil e a Europa. De repente fica tudo preto de gente reúne cinco jovens performers vindos de Teresina, Kyoto, São Paulo, Ipatinga e Amsterdã. A ideia é investigar a massa como o pressuposto do comum numa multidão de singularidades. Uma das inspirações da sua companhia Demolition Inc. é o livro Massa e poder, do búlgaro naturalizado britânico Elias Canetti (1905-1994), que descreve a massa como fenômeno enigmático e universal. Nas próximas horas o site da MITsp detalhará a programação gratuita que ocupará oito espaços da cidade. Completando o menu: Sobre o conceito de rosto no filho de Deus (Romeo Castellucci/Societàs Raffaello Sanzio, Itália), Gólgota picnic (Rodrigo García/La Carnicería Teatro, Espanha), Hamlet (Oskaras  Koršunovas/OKT, Lituânia), Ali e Nós somos semelhantes a esses sapos (Compagnie Les Mains, les Pieds et la Tête Aussi/MPTA, França), Ubu e a comissão da verdade (William Kentridge/Handspring Puppet Company, África do Sul), Eu não sou bonita (Angélica Liddell/Atra Bilis Teatro, Espanha) e Anti-Prometheus (Sahika Tekand/Studio Oyunculan, Turquia).

Cena do espetáculo do diretor uruguaio Roberto Suárez