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Publicações com a tag:

“Rodrigo García"

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“Rodrigo García"

Crítica Militante

Elas vêm
outras e iguais
com cada um é outro e igual
com cada uma a ausência de amor é outra
com cada uma a ausência de amor é igual
Samuel Beckett

Em Santos

4, peça de Rodrigo García que abriu a quarta edição do Festival Mirada – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos em 8 de setembro, aproxima o início e o final dos tempos a tal ponto que ambos se confundem. Leia mais

Crítica

Em São Paulo

Em 1988, circulou no Brasil uma propaganda dos publicitários da conhecida agência W-Brasil (aquela da canção do Jorge Bem) para o jeans Staroup intitulada Passeata. Jovens vestindo calças jeans da referida marca fugiam da polícia que tentava dispersar uma passeata. Em câmara lenta, os policiais tentavam agarrar os jovens – sim, pelas calças. Leia mais

Crítica

Percorrer a obra do coletivo espanhol El Conde de Torrefiel tem a ver com mergulhar numa instalação sensorial. Sentado na arquibancada semiarena, o público nem precisa abandonar o assento – e tampouco o faz – para ser guindado pelo fluxo narrativo dessa lancinante plataforma multidisciplinar de escrituras literária, visual, sonora e coreográfica. O expediente da acumulação enverga o sujeito da contemporaneidade em seu labirinto em La chica de la agencia de viajes nos dijo que había piscina en el apartamento, projeto em que tudo é movimento, a começar pelo título. Leia mais

Crítica

O maior problema da MITsp foi o seu sucesso. Em sua primeira edição, a Mostra Internacional de Teatro de São Paulo surpreendeu a cidade e os organizadores com o imenso afluxo de público. Nos nove dias de programação, cerca de 14 mil pessoas acompanharam os espetáculos e as atividades paralelas. Mas um número muito maior do que esse acorreu às filas e ficou de fora. A espera por um espetáculo chegou a dez horas. E muitos não desistiam mesmo quando a chance de conseguir um lugar parecia ser mínima. Leia mais

Crítica

Em seus intentos artísticos, políticos e reflexivos, a Mostra Internacional de Teatro, a MITsp, honrou os marcos lançados em sua primeira jornada de 11 dias e 11 espetáculos encerrada ontem. Restabeleceu o lugar de um evento desse porte na agenda cultural da cidade, fora da escala da indústria do entretenimento (em analogia ao Festival Internacional de Artes Cênicas, de Ruth Escobar, que cumpriu nove edições entre 1974 e 1999). Incitou o interesse do espectador pelo teatro de pesquisa. Sublinhou a mediação crítica em todos os quadrantes, por um espectador ativo. E abriu-se aos estudantes e docentes de artes cênicas na graduação e na pós, inclusive vindos de outras praças. Leia mais

Crítica

Pão e tinta

16.3.2014  |  por admin

Gólgota Picnic, de Rodrigo García, oferece ao espectador um banquete, uma cornucópia de imagens e ideias, cuja abundância solapa qualquer possibilidade de síntese já nos primeiros vinte minutos de espetáculo. Tentar descrevê-lo ou resumi-lo em poucas palavras é correr um sério risco de chafurdar em platitudes, mas o esforço de tentar falar de algo de que não podemos dar conta é inevitável quando se pretende o exercício crítico. Leia mais

Crítica

Introdução.
É de tirar o fôlego, embrulhar o estômago, aflorar os nossos instintos de manifestante em tempos de passeatas midiáticas, quando juntamos tudo no mesmo bolo – gritamos contra a corrupção, pedimos por melhorias nos transportes e aproveitamos para falar de saúde, educação, sem nos esquecer de emitir opiniões pelo Facebook e postar a foto com filtro no Instagram. Enquanto um protesto fechava o trânsito na Avenida Paulista e ativistas subiam ao palco por conta do cavalo utilizado na performance Eu não sou bonita, de Angélica Liddell, a companhia La Carnicería Teatro apresentava Gólgota picnic no Sesc Vila Mariana, dentro da programação da MITsp. Leia mais

Nota

Anunciada em dezembro, até então com oito espetáculos confirmados, a Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, a MITsp, consolidou a lista de 11 obras que vão compor a programação da sua primeira edição, de 8 a 16 de março. As três que acabaram de ser fechadas elevam para quatro os núcleos artísticos baseados na América do Sul. Já se sabia de Cineastas, do argentino Mariano Pensotti. Bastante conhecido do circuito de festivais do país (Neva), o dramaturgo e diretor chileno Guillermo Calderón traz sua peça mais recente, Escola, de contundente abordagem política, como era de se esperar: na década de 1980, militantes de esquerda recebem treinamento paramilitar para resistir e derrubar a ditadura do general Pinochet. De Montevidéu, o grupo Pequeno Teatro de Morondanga apresenta  Bem-vindo à casa, encenação de Roberto Suárez considerada das mais inovadoras da temporada de 2012. Dividida em dois episódios, um por sessão, a peça é autodefinida como uma tragicomédia de humor negro em torno do destino “do incrível homem elefante”, aquele levado a público como aberração na Inglaterra vitoriana, drama histórico que David Lynch já abordou no cinema. A única criação brasileira na MITsp é assinada pelo coreógrafo, diretor e pesquisador Marcelo Evelin, cujo trabalho e a vida transitam há anos o Brasil e a Europa. De repente fica tudo preto de gente reúne cinco jovens performers vindos de Teresina, Kyoto, São Paulo, Ipatinga e Amsterdã. A ideia é investigar a massa como o pressuposto do comum numa multidão de singularidades. Uma das inspirações da sua companhia Demolition Inc. é o livro Massa e poder, do búlgaro naturalizado britânico Elias Canetti (1905-1994), que descreve a massa como fenômeno enigmático e universal. Nas próximas horas o site da MITsp detalhará a programação gratuita que ocupará oito espaços da cidade. Completando o menu: Sobre o conceito de rosto no filho de Deus (Romeo Castellucci/Societàs Raffaello Sanzio, Itália), Gólgota picnic (Rodrigo García/La Carnicería Teatro, Espanha), Hamlet (Oskaras  Koršunovas/OKT, Lituânia), Ali e Nós somos semelhantes a esses sapos (Compagnie Les Mains, les Pieds et la Tête Aussi/MPTA, França), Ubu e a comissão da verdade (William Kentridge/Handspring Puppet Company, África do Sul), Eu não sou bonita (Angélica Liddell/Atra Bilis Teatro, Espanha) e Anti-Prometheus (Sahika Tekand/Studio Oyunculan, Turquia).

Cena do espetáculo do diretor uruguaio Roberto Suárez