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“Teatro Máquina"

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Artigo

Antessala da desmontagem

14.12.2021  |  por Valmir Santos

Uma das artérias do Festival Latino-Americano de Teatro da Bahia desde a gênese do FILTE, em 2008, o encontro do Núcleo de Laboratórios Teatrais do Nordeste, o Nortea, transcorreu de modo virtual em 2021, como toda a programação artística, reflexiva e formativa do evento realizado de 22 a 28 de novembro. Nas primeiras duas tardes, cinco grupos trocaram práticas, criações e pensamentos por plataforma de videochamada aberta ao público. A pauta que principiou orientada pelo conceito de desmontagem resultou contextualizada a partir da constatação, praticamente consensual, de que os vídeos apresentados ficam aquém da exposição rememorativa de uma obra, suas prospecções, tentativas, acasos, descobertas, enfim, e constituem criações autônomas na imbricação das linguagens da cena e do vídeo, a maioria gerada no período da pandemia.

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Crítica

O mito grego de Antígona orienta a criação do oitavo espetáculo do grupo Teatro Máquina com dez anos de atuação em Fortaleza. Com estreia e curta temporada no Sesc Pompeia, em São Paulo, Nossos mortos modula a tragédia de Sófocles, escrita no século V, com dados históricos de um dos massacres ordenados pelo Estado brasileiro contra movimentos populares sociorreligiosos que despontaram no Nordeste, entre os séculos XIX e XX. Leia mais

Reportagem

O projeto Palco Giratório virou paradigma de difusão e intercâmbio de artes cênicas em território brasileiro. Amadurecido ao longo de 19 edições – desde 1998 –, o formato idealizado pelo Serviço Social do Comércio expõe consistência artística, contextualização regional e, principalmente, dimensão formativa do espectador e aperfeiçoamento dos artistas locais com apresentações e atividades gratuitas ou sob ingressos acessíveis, entre R$ 6 e R$ 20. É o que o público do Estado de São Paulo confere a partir desta semana, e até 28/8, por meio das propostas de 20 grupos ou criadores  Leia mais

Reportagem

Quando um escritor estimado deixa algum texto inacabado, pode ter certeza de que muita gente irá se concentrar nele. A curiosidade em torno do que aquilo poderia ter sido estimula adaptações, como acontece com a peça sem desfecho conhecida como Material Fatzer, escrita em fragmentos entre 1926 e 1931 por Bertolt Brecht. Entre outros, o conceituado dramaturgo Heiner Müeller fez uma versão que completa a obra, que ele chamou de O declínio do egoísta Johann Fatzer. Leia mais

Crítica

Nem é necessário ir até Fortaleza para saber o quanto a capital cearense tornou-se um celeiro incrivelmente fértil de humoristas de tônus popular. Tantos, mas tantos profissionais assim, que muitos transbordaram do extenso mercado local dedicado ao humor para os palcos do país afora. Também prosperou por lá, sobretudo ao longo da última década, um teatro menos circunscrito ao riso. Fenômeno semelhante se registrou em outras grandes cidades nordestinas, onde jovens artistas se estabeleceram em grupos e buscaram viver do que fazem. Exemplos do Piollim, de João Pessoa; do Clowns de Shakespeare, de Natal; do Bagaceira, também de Fortaleza; e do Magiluth, de Recife. Leia mais

Nota

O grupo Teatro Máquina, de Fortaleza, faz curta temporada gratuita neste fim de semana no CIT-Ecum de São Paulo com o espetáculo Ivánov, de Anton Tchekhov (1860-1904). A peça escrita em 1897 conta a história de um homem ensimesmado com seus conflitos interiores. Exposto ao amor da esposa doente e à paixão fulminante por uma jovem, o protagonista, inerte e sem fé, se ocupa com descrições frias dos acontecimentos. Conversas vazias e diálogos sobrepostos criam o clima de não-comunicação e renúncia que deflagram a decadência da aristocracia rural e antecipam a atmosfera revolucionária russa da virada do século XIX. Leia mais

Crítica

Misturas factuais e ficcionais embasam algumas das experiências mais inquietantes da cena contemporânea. Um teatro do ‘eu’ vem a público para estilhaçar o cada um por si e suscitar individuações. O recém-criado Coletivo Casulo, com egressos da graduação de artes cênicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, o IFCE, recolhe feridas e cicatrizes biográficas para convertê-las em arte. Nada de novo nesse procedimento, mas como não atirar-se ao divã em público? Achados & perdidos escolhe a performance e a instalação como suportes de um inventário afetivo. Leia mais

Crítica

Ao arremedo de fábula que Georg Büchner (1813-1837) aplica em Leonce e Lena para desconstruir convenções românticas, políticas e sociais o Teatro Máquina deita seus próprios dispositivos espaciais, visuais e sonoros sem eclipsar o antienredo palaciano do autor alemão. Como ele, o grupo investe na comicidade crítica e, livre associação, contrapõe-se à voga do riso oco e autômato, uma pandemia do momento brasileiro. Leia mais