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Crítica

O horário é pouco provável para uma sessão de teatro adulto, quatro da tarde em uma quinta-feira. Na entrada do teatro, a fila impressiona. Cabelos brancos são comuns. Bolachas e chás são oferecidos enquanto o saguão do Teatro Frei Caneca, em São Paulo, lota. Essa cena tem se repetido desde a estreia de A última sessão, texto e direção de Odilon Wagner, com um elenco muito particular. Leia mais

Nota

Após mais um ano de pesquisa, a Companhia Estelar Teatro deve estrear em São Paulo no próximo mês de maio a obra Frida Kahlo – calor e frio. Antes, nos dias 7 e 8 de fevereiro, o trabalho, ainda em processo, teve duas sessões especiais na Casa Azul, onde Frida Kahlo viveu na Cidade do México. Frida Kahlo – calor e frio conta fragmentos da vida da pintora mexicana e de seus ilustres companheiros (Diego Rivera, León Trotsky, Antonin Artaud, Serguei Eisenstein, entre outros). A dramaturgia é da atriz Viviane Dias e a direção de Ismar Rachmann, que também atuam no espetáculo.

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Peça foi encenada no México

Crítica

Na esteira das produções que homenageiam os grandes nomes da música brasileira, Gonzagão – A lenda destaca-se por remeter mais ao imaginário popular nordestino que aos conflitos pessoais ou às curiosidades da indústria de entretenimento. Talvez seja esse, justamente, o segredo da longevidade do espetáculo que estreou no Rio de Janeiro em 2012, ano do centenário do nascimento de Luiz Gonzaga, depois fez temporada em São Paulo e em Salvador, regressou para o Rio e agora se encontra em turnê por Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia e Sergipe. Leia mais

Crítica

Para o bem e para o mal, Memória roubada é um espetáculo contemporâneo, híbrido e globalizado. Em cartaz na Sala Jardel Filho do Centro Cultural São Paulo, trata-se de uma coprodução que reúne os grupos brasileiros Linhas Aéreas e Solas de Vento com o diretor australiano Mark Bromilow e os atores canadenses Michel Robidoux e Yves Dubé (da Companhia Les Deux Mondes, de Montreal). A princípio, chama a atenção pelo impacto das imagens e pela forma singela que trata temas densos como a velhice e a perseguição política. Parte da trama se passa em Bali, outras em um quarto de hospital, um circo e uma sala de tortura da ditadura militar no Brasil (1964-1985). Leia mais

Crítica

O público desce a escada do Teatro Pequeno Ato, antigo Ivo 60, na região central de São Paulo, e Andrei (Jones de Abreu) recebe as pessoas como se fossem seus convidados. Nessa cena inicial da peça Eros impuro, de Sérgio Maggio, ele é um artista plástico esperando um garoto de programa que será modelo para sua pintura. No caso, a própria plateia faz as vezes de objeto a ser retratado. Esse procedimento lembra outros, de artistas que colocaram o espectador como parte da obra. É o caso do espanhol Diego Velázquez com o quadros Las meninas (1656),  do holandês Rembrant com O sindicato dos alfaiates (1662) ou do francês Claude Manet em Um bar no folies-Bergère (1882). Leia mais

Crítica

Grover’s Corners não existe, mas está bem ali perto de você. A cidade fictícia criada por Thornton Wilder é a representação imaginária de um paraíso onde a lua encanta, os filhos obedecem aos pais e os vizinhos se preocupam genuinamente uns com os outros. É a mesma imagem das famílias felizes dos anúncios publicitários e das revistas de celebridades. Os problemas, quando surgem, são facilmente resolvidos. O organista da igreja é alcoólatra, mas tudo bem, as pessoas entendem. “Sabemos as dificuldades por que passou”, diz a esposa do médico da cidade, “a única coisa que nos cabe é fazer de conta que não notamos”. Leia mais

Crítica

A história do teatro brasileiro é repleta de parcerias artístico-amorosas que impulsionaram a modernização das linguagens, a experimentação estética e a profissionalização das atividades cênicas: Cacilda Becker e Walmor Chagas, Maria Della Costa e Sandro Polônio, Sérgio Cardoso e Nydia Licia, Nicette Bruno e Paulo Goulart. Não por acaso, o casamento entre Paulo Autran e Karin Rodrigues foi lembrado por André Acioli, gerente do Teatro Eva Herz, em São Paulo, na estreia da peça Duas mulheres que dançam. Leia mais

Crítica

Há quase 70 anos, no dia 28 de dezembro de 1943, o grupo Os Comediantes estreava no Teatro Municipal do Rio de Janeiro a segunda peça escrita por Nelson Rodrigues, Vestido de noiva. No elenco estavam Evangelina Guinle (Alaíde), Auristela Araújo (Madame Clessi), Stella Perry (Lúcia) e Carlos Perry (Pedro). Erigido posteriormente como ponto zero do teatro moderno no Brasil, o espetáculo foi resultado da confluência de múltiplos fatores e iniciativas. A começar, pelo esgotamento do sistema teatral vigente até então, focado em comédias e revistas que não atendiam às demandas de jovens artistas e de intelectuais ávidos por renovações cênicas em curso desde a virada do século, mas inéditas no país. A originalidade do texto somou-se à direção precisa de um polonês que veio para o Brasil fugindo da II Guerra – e terminou por ser nosso primeiro encenador – Zbigniew Ziembinski. E ainda a inventividade de um paraibano – também considerado nosso primeiro cenógrafo moderno – Tomás Santa Rosa. Leia mais

Reportagem

Depois de dois encontros incendiários, com a presença de representantes de diversas manifestações culturais da cidade de São Paulo, o movimento Cultura Atravessa busca a definição de rumos em meio à pluralidade e a consolidação de propostas efetivas de mudança no cenário atual pós-manifestações. Essas questões foram a tônica do terceiro e do quarto encontros, realizados respectivamente nos dias 7 e 16 de setembro no Teatro Oficina, em São Paulo. Leia mais

Crítica

O teatro é feito da falta e sua correspondente melancolia. É o que costuma dizer o diretor argentino Daniel Veronese, como na entrevista ao site Alternativa Teatral em 2005. Talvez seja por conta dessa concepção que dois dos seus espetáculos atualmente em cartaz em Buenos Aires falem de perdas irreparáveis, ausências que a vida não dará conta de preencher. Leia mais