Crítica Militante
Mineiro de Belo Horizonte que se mudou para o Rio de Janeiro em 1948, radicado em São Paulo desde 1953, jornalista, professor, autor de 18 livros, o crítico e historiador de teatro Sábato Magaldi (1927-2016) morreu a 14 de julho, aos 89 anos. Importa delinear sua figura, situando-a na paisagem das ideias. Mas devemos evitar o tom melancólico: trata-se de uma vida plenamente realizada. Há pessoas que a morte não dobra, e Sábato acha-se nesse caso.
Ele inaugura a moderna historiografia no país já em seu primeiro livro, Panorama do teatro brasileiro, de 1962, volume precedido por um longo artigo de Décio de Almeida Prado, Evolução da literatura dramática (1955). De um solitário José de Anchieta, ainda no século XVI, a Nelson Rodrigues, Dias Gomes, Ariano Suassuna e Gianfrancesco Guarnieri, Sábato empreendeu o primeiro balanço em livro, na segunda metade do século passado, do teatro nacional.[i] A ênfase recaiu sobre os dramaturgos, mas com lugar para figuras como a de João Caetano, considerado o maior ator dramático do século XIX, em período de formação de autores, elencos e público.
Podemos ligar os artigos acerca de Brecht à recepção dada a ‘Black-tie’, gestos correspondentes a dois fenômenos complementares no final da década de 1950: a voga dos autores nacionais e a chegada do teatro brechtiano ao Brasil
Sábato começou a escrever em 1950, no Diário Carioca, época na qual os jornais eram muitos. Continuariam numerosos na década seguinte, minguando aos poucos nas fases posteriores no que se refere à quantidade de veículos (não necessariamente no que toca às tiragens). Em artigo de 1985, Henrique Oscar lembrava que o Círculo Independente de Críticos Teatrais, fundado em 1958, “chegou a reunir 17 críticos atuantes e militantes!…”. Esses dados vêm para sugerir o ambiente em que aparecia o jovem jornalista; o tempo era de mudanças.
Sua geração brigou com a anterior – ou com certa atitude anterior, a de conferir ao jornalismo teatral o caráter de mera divulgação ou mesmo de propaganda velada dos espetáculos. Podiam rolar uns mimos, discretas propinas para que se promovessem artistas e companhias. No Rio, a turma de Sábato Magaldi, Barbara Heliodora e Paulo Francis, precedida em alguns anos, em São Paulo, por Décio de Almeida Prado e amigos da revista Clima (1941-1944), procurou dar sentido ético e estético, isenção e rigor aos comentários.
E é justamente na capital paulista que vamos revê-lo em 1956, a colaborar com o recém-criado Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo. Nesse ano e no início do seguinte, tem publicados, no Suplemento, três artigos sobre Bertolt Brecht, autor então pouco conhecido no Brasil; mesmo na Europa a notoriedade do dramaturgo era recente, devido ao exílio de 1933 a 1948.
As linhas fundamentais das peças e ideias brechtianas foram então assimiladas; houve empatia, embora não adesão irrestrita. A mescla do dramático e do épico expunha-se nesses artigos, depois reunidos em O texto no teatro (1989) sob o título A concepção épica de Brecht. O escritor alemão conta histórias movimentadas e cria grandes personagens (Mãe Coragem, Galileu), um pouco à maneira clássica, mas alarga espaço e tempo de modo a abranger contextos amplos, além de providenciar elementos narrativos (como cartazes e canções) que esfriam a ação para que o espectador possa refletir sobre ela.
A dramaturgia do Teatro de Arena afirma-se naquela fase, com o realismo temperado por passagens líricas e a linguagem coloquialíssima de Eles não usam black-tie, de Guarnieri, texto encenado por José Renato. Eugênio Kusnet integrava o elenco no papel de Otávio, operário que participa de uma greve por melhores salários; Lélia Abramo fazia a valente Romana, sua mulher. A novidade é captada por Sábato: o crítico prevê, falando a Renato, que a obra irá “revolucionar a dramaturgia brasileira”.
Podemos ligar os artigos acerca de Brecht à recepção dada a Black-tie, gestos correspondentes a dois fenômenos complementares naquele momento: a voga dos autores nacionais – aparecem a seguir Vianinha, Augusto Boal, Chico de Assis – e a chegada do teatro brechtiano ao Brasil. Black-tie e A alma boa de Setsuan, primeira montagem profissional de Brecht no país (com o Teatro Popular de Arte, de Maria Della Costa), partilham o clima de época em 1958. A cena se politiza, e o autor alemão, escolado na resistência antifascista, nos empresta instrumentos artísticos e ideológicos para isso.[ii]
A dramaturgia nativa, que o Teatro Brasileiro de Comédia, criado em 1948, negligenciara, desenvolve-se a partir das sugestões de Black-tie, por sua vez inspirada nos filmes neorrealistas italianos, conforme declarou o próprio Guarnieri.[iii] Seguem-se Chapetuba Futebol Clube, de Oduvaldo Vianna Filho, em 1959, e Revolução na América do Sul, de Boal, em 1960. Os traços realistas das duas primeiras obras alteram-se na última, tornando-se farsescos e incorporando canções. Revolução na América do Sul prenuncia a fase dos musicais do Teatro de Arena (entre eles Zumbi e Tiradentes, em 1965 e 1967), bem como a série de musicais políticos feitos ao longo das décadas de 1960 e 1970, por artistas vários.[iv]
Mencionemos, nesse campo, Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come, de Vianinha e Ferreira Gullar, com o Grupo Opinião (1966), em que a caricatura dos coronéis se faz em versos inspirados no repente e no cordel, e O rei da vela, de Oswald de Andrade, transformado em musical pelo Teatro Oficina (1967). Na década seguinte, viria Rasga coração, de Vianinha, escrito em 1974 mas só encenado em 1979, depois de dificuldades com a censura. Sábato Magaldi foi um dos principais cronistas desses textos e espetáculos, tendo escrito sobre eles desde a primeira hora, como se constata em seu último livro, o monumental Amor ao teatro, de 2014 (organizado por Edla van Steen), que registra em 1.200 páginas seu trabalho no Jornal da Tarde, de 1966 a 1988.
A respeito daquele período iniciado em 1958, ele falou em entrevista à Folha de S.Paulo na ocasião de seus 80 anos:[v]
O nosso teatro, em geral, naquela época era muito encaminhado para a comédia de costumes. O Nelson [Rodrigues] era uma exceção nisso, isso não se afinava com a visão dele do mundo. Eu senti que Black-tie era uma peça que colocava o problema social na dramaturgia brasileira. Essa peça acabou criando toda uma nova corrente, que o Guarnieri aprofundou, o Boal participou dela, o Vianinha participou dela; [tratava-se] de dar um colorido social muito mais coerente e sério para os dramaturgos. Passou a ser um problema marcante para essa geração e, desse ponto de vista, a influência de Brecht foi grande. Todo mundo começou a se interessar por ele, e o Brasil estava num momento de ebulição política, então isso funcionou muito. A posição do Arena era nitidamente uma posição de esquerda, contrária à simples brincadeira. Esse grupo deu uma dimensão social ao teatro brasileiro, que continua.
Outra vertente encarna-se em Nelson Rodrigues. O poeta Lêdo Ivo disse em discurso de recepção a Sábato Magaldi na Academia Brasileira de Letras, em 1995: “Sois um dos inventores de Nelson Rodrigues”. Nelson foi o autor de si próprio, claro, mas é inegável a importância que a organização, por Sábato, do Teatro completo rodriguiano teve para a revalorização da obra, incluídos os prefácios em que analisa as 17 peças e a reunião de ampla fortuna crítica.
Outro inventor de Nelson terá sido Antunes Filho, com as montagens dirigidas nos anos 1980 e 1990. Em 1991, durante entrevista ao Correio Braziliense, Antunes, que trazia a Brasília o espetáculo Paraíso, zona norte (com A falecida e Os sete gatinhos), ao ser lembrado de um artigo de Sábato Magaldi então recém-publicado, exclamou: “Esperei dez anos por esse artigo!”. O diretor garantiu (cito de memória) que “em São Paulo ninguém mais chama o Nelson de pornógrafo”. Essa era a imagem que muitos faziam do dramaturgo, imagem que seus espetáculos tratavam de reconstruir. Depois de possíveis comentários reticentes, Sábato afinal endossava o trabalho. Outro inventor foi ainda Ruy Castro, com a biografia O anjo pornográfico, de 1992, que humanizou a figura de Nelson e dissipou as lendas que o cercavam.
Já em 1987, Sábato Magaldi publicava Nelson Rodrigues: dramaturgia e encenações, sua tese de livre-docência na Universidade de São Paulo, na qual recenseava, como o título informa, as relações da obra com a cena. Desde as primeiras páginas, o ensaísta prepara a conclusão de que se trata do “maior autor da História do Teatro Brasileiro”. É instrutivo o quadro com os espetáculos que estiveram em cartaz no Rio em 1941 e 1942, quando Nelson começou a escrever para teatro; suas peças soavam novas, filiando-se a muito pouco do que se fazia.
Certa vez perguntei ao crítico se acreditava de fato que houvesse nomes maiores ou menores em arte, dada, nesse caso, a existência de Dias Gomes, Jorge Andrade, Guarnieri, Vianinha, Plínio Marcos… Sábato estava de acordo quanto ao mérito de todos esses autores (que ressaltou em diversas ocasiões) e, portanto, quanto à relativa temeridade das afirmações desse tipo. Mas achava que Nelson, ao revirar os desvãos de amor e morte e ao renovar a linguagem dramática, teria sido o “mais revolucionário” deles. Seja como for, a alternância de presente, memória e imaginação, mobilizada em Vestido de noiva (1943), influirá sobre peças como A moratória, de Jorge Andrade, Rasga coração e De braços abertos, esta de Maria Adelaide Amaral, escritas entre 1955 e 1984.
Já a crueza das falas e situações em Nelson reaparecerá na dramaturgia de Plínio Marcos, que o autor de Perdoa-me por me traíres considerava seu continuador. A esse respeito, o crítico afirmou em entrevista ao Correio Braziliense, quando lançava Moderna dramaturgia brasileira, em 1998:
Nelson adquiriu uma liberdade para tratar os assuntos, ele ia ao fundo das questões, e de uma maneira tão incômoda que, através disso, ‘bateu’ no Plínio. E o Nelson reconhecia nele um discípulo dileto, ele achava que o Plínio era o continuador dele, e o Plínio nunca recusou essa paternidade do Nelson. É toda uma liberdade de tratar os assuntos, de desmascarar a realidade. O Nelson faz e o Plínio faz. À maneira dele.
Há quase 20 anos, ao escrever sobre a trajetória de Sábato Magaldi quando ele completava 70 de idade, apontei o que me parecia ser uma qualidade do ensaísta, mas também de alguns outros grandes críticos de sua geração.[vi] Falo da pouca reverência para com a teoria enquanto âncora ou escora para a análise dos trabalhos artísticos. Sábato procede pelo estudo laborioso, extensivo, da obra em pauta; recorre à bibliografia que a ela se refere, sim, mas sem o dever de esgotar as fontes. Eventualmente encontra apoio nos livros sobre o tema ou o autor em análise, porém quase sempre o enfrenta com os instrumentos de sua argúcia e de sua disciplina.
Sábato Magaldi se faz, desse modo, autor no sentido pleno do termo, alguém que, sem timidez, se permite opinar à revelia de que, na corrente contrária, estejam nomes do prestígio de um Freud ou de um Esslin.[vii] O que se verifica tanto no exame de autores brasileiros quanto ao falar dos estrangeiros. Figuras como Sábato, Décio ou Yan Michalski citam pouco porque leram muito, repertório que os qualifica para a opinião responsável e independente. Se é verdade que os veículos para pensar o mundo que se consagraram no país foram a literatura e a crítica literária, mais do que a filosofia ou a sociologia (estas permanecem importantes, evidentemente), podemos estender a constatação à dramaturgia e à crítica dos textos e espetáculos teatrais.
Um exemplo eloquente nesse sentido é o artigo Revisão de Vereda, que aborda Vereda da salvação, peça de Jorge Andrade encenada por Antunes Filho, com estreia problemática em 1964, atacada à direita e à esquerda. Seu tema é a luta pela posse da terra, com o choque das classes e mentalidades. A peça combina, diz Sábato, “pesquisas sociais e sondagens ontológicas”, ou seja, o político e o existencial, espécie de ideal ético-estético implicitamente recomendado pelo ensaísta, segundo se lê em Teatro sempre, livro de 2006.
Outros dois estudos breves me impressionaram especialmente, ambos reproduzidos em O texto no teatro: o primeiro deles chama-se Woyzeck, Büchner e a condição humana, em que a figura do desvalido, condensada na personagem-título da obra de 1836, leva o crítico a dizer com simplicidade em 1963: “Admiramos muitas peças e muitas personagens. Reconhecemos intelectualmente a genialidade de muitas obras. A Woyzeck, ama-se, como a um semelhante”.
Lembro ainda Beckett e Godot, que examina as criaturas inventadas por Samuel Beckett:
O que fica na peça não é o pontapé que Estragon desfere por vingança em Lucky, e que aliás lhe dói mais que o machucado na vítima. Fica a ternura de Vladimir, tirando o paletó para agasalhar o sono de Estragon. Todas as tentativas de separar-se fracassam, em face da exigência que um tem do outro. Juntos, os dois podem esperar interminavelmente. O homem precisa do irmão, condenado que está a viver. E essa pungente fraternidade é a vitória sobre o nada.
Será fácil compreender a gratidão que tantos sentimos para com Sábato Magaldi. Ele ajudou decisivamente a organizar todo um campo do conhecimento, o dos estudos teatrais, e não se limitou à análise das peças, dedicando-se extensamente também ao comentário dos espetáculos – perícia e diligência confirmadas pelos diversos prêmios que recebeu. Nem sempre o acompanhamos em seus juízos; o crítico, assim como o artista, não está aí para que o sigam. Sua presença deve ser antes de estímulo, de convite ao debate. A morte de Sábato parece marcar a conclusão de um ciclo: estabeleceu-se a historiografia da arte teatral, sua crítica amadureceu e se emancipou. Salve, mestre.
.:. Escrito no contexto do projeto Crítica Militante, iniciativa do site Teatrojornal – Leituras de Cena contemplada no edital ProAC de “Publicação de Conteúdo Cultural”, da Secretaria do Estado de São Paulo.
Notas:
[i] Entre raros outros, há dois livros dedicados ao teatro brasileiro, publicados antes do trabalho de Sábato Magaldi, os dois com título idêntico. Têm características distintas das do Panorama. O theatro no Brasil (a grafia se explica pela fase em que foi editado, presumivelmente os anos 1930), de Mucio da Paixão, concluiu-se em 1917. Já O teatro no Brasil (1960), de J. Galante de Sousa, é obra de consulta que o próprio Sábato considerou “apoio permanente e indispensável” na elaboração de seu livro de estreia.
[ii] A polêmica havida entre Sábato (e Décio) e a pesquisadora Iná Camargo Costa, quanto à recepção crítica a Brecht e, sobretudo, quanto a certa hesitação, na peça de Guarnieri, entre assunto épico (amplo, coletivo, político: uma greve, por exemplo) e forma dramática (mais apta a lidar com os indivíduos e sua psicologia), permanece estimulante. Sábato e Décio achavam, em suma, que não existem temas épicos, mas tão somente tratamento épico, ou dramático, dos temas. A polêmica se deu a partir do livro A hora do teatro épico no Brasil, de Iná, publicado em 1996. A resposta de Sábato ao livro saiu na imprensa e foi reproduzida na coletânea de artigos Depois do espetáculo, de 2003. Se despirmos os argumentos da veemência original, teremos neles uma fonte de conhecimento, independentemente de aderir a qualquer dos lados.
[iii] O dramaturgo fez a afirmação em entrevista que nos concedeu, publicada no suplemento Cultura de O Estado de S. Paulo a 21/2/1998, nos 40 anos da peça.
[iv] Outra peça que se pode considerar precursora imediata dos musicais participantes é A mais-valia vai acabar, seu Edgar, de Vianinha, com canções de Carlos Lyra e Vianna. O espetáculo, realizado no Rio em 1960, teve direção de Chico de Assis, já fora do âmbito do Arena, companhia da qual Chico e Vianna tinham se desligado havia pouco. O sucesso de A mais-valia daria ensejo à criação do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (CPC da UNE), no ano seguinte.
[v] A entrevista que Sábato Magaldi nos concedeu chamou-se Brecht é o Shakespeare da nossa era, publicada no caderno Ilustrada, da Folha de S.Paulo, a 5/5/2007.
[vi] Artigo publicado no suplemento Cultura de O Estado de S. Paulo a 10/5/1997.
[vii] O crítico, roteirista e produtor Martin Esslin (1918-2002), húngaro formado na Áustria e radicado na Inglaterra, autor de nove livros dedicados principalmente ao teatro moderno, celebrizou-se por The Theatre of the Absurd (1961), em que analisa obras de Samuel Beckett, Eugène Ionesco, Jean Genet, Harold Pinter e outros dramaturgos da corrente do Absurdo, tendência a que seu livro emprestou o nome.
Sábato essencial:
Alguns dos principais títulos entre os 18 livros publicados pelo autor:
Panorama do teatro brasileiro. 3ª. edição revista e aumentada. São Paulo: Global, 1997.
Nelson Rodrigues: dramaturgia e encenações. 2ª. edição revista e ampliada. São Paulo: Perspectiva, 1992.
O texto no teatro. 3ª. edição. São Paulo: Perspectiva, 2012.
Moderna dramaturgia brasileira. São Paulo: Perspectiva, 1998.
Teatro da ruptura: Oswald de Andrade. São Paulo: Global, 2004.
Teatro da obsessão: Nelson Rodrigues. São Paulo: Global, 2004.
Teatro sempre. São Paulo: Perspectiva, 2006.
Teatro em foco. São Paulo: Perspectiva, 2008.
Amor ao teatro. Organização de Edla van Steen. São Paulo: Sesc São Paulo, 2014.
Sobre o autor:
Sábato Magaldi e as heresias do teatro, de Maria de Fátima da Silva Assunção. São Paulo: Perspectiva, 2012.
Professor do departamento de artes cênicas da Universidade de Brasília (UnB), na área de teoria teatral, escritor e compositor. Autor, entre outros, de ‘Zé: peça em um ato’ (adaptação do ‘Woyzeck’, de Georg Büchner); ‘Últimos: comédia musical’ (livro-CD); ‘Com os séculos nos olhos: teatro musical e político no Brasil dos anos 1960 e 1970’ e ‘A província dos diamantes: ensaios sobre teatro’. Também escreveu a comédia ‘A quatro’ (2008) e a comédia musical ‘Vivendo de brisa’ (2019), encenadas em Brasília.